"𝑆𝑒𝑢 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜"

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A morena continua dirigindo rapidamente em direção a cidade, onde estaciona o carro em frente a uma pequena loja de embalagens, adentrando o lugar, Irene começou a olhar tudo à procura de um envelope mais bonito para colocar a escritura das terras da viúva.

Olhando algumas opções, ela não sabia exatamente o que escolher, não queria algo que chamasse atenção demais para não estragar a surpresa, mas também nada muito simples.

Depois de algum tempo, adentrou em seu carro novamente e deu partida em direção a fazenda, iria preparar o jantar de surpresa do marido onde o presentearia com as terras tão sonhadas por Antônio.

Atravessando os portões do Grupo La Selva, Irene acelerou o veículo e logo estacionou o mesmo próximo da entrada principal, depois de retirar a chave, ela desceu e adentrou a sala.

- Angelina. Olhou ao redor à procura da governanta.

Em alguns minutos a mulher se aproxima.

- Pois não?

- Hoje eu quero um jantar mais requintado, faça o fígado que o Antônio tanto gosta, mesmo que eu detesto, minha salada de sempre, e não esquece da sobremesa... E champanhe da adega!

A mais baixa a olha surpresa, ergue a sobrancelha e cruza os braços.

- Alguma data especial hoje, Irene?

- Não é da sua conta, só faça o que eu mandei, quero tudo pronto até às oito horas.

Ela caminhou em direção as escadas e começou a subir os degraus devagar, sua cabeça começou a rodar de repente e ela precisou se segurar ao corrimão.

A dor que havia sentido na madrugada havia retornado em sua cabeça, porém com mais intensidade, ela suspira e cruza rapidamente o corredor para o quarto.

Adentrando o cômodo, ela deixou a bolsa junto ao envelope das escrituras sobre a cama e se sentou em sua poltrona abaixando a cabeça, passando os dedos sobre sua testa.

Segundos depois, se levantou e se dirigiu em direção ao banheiro, onde despiu-se lentamente e adentrou a ducha morna afim de tentar fazer a dor de cabeça passar.

A conversa com Vinícius havia a deixando mais tensa, sobre as exigências dele, e o que ele ganharia em troca, ela sabia o que estava fazendo e não iria deixar isso barato. Erguendo o rosto, ela sente o mesmo latejar ainda mais e suspira frustrada.

Saindo do banho enrolada em uma toalha, a morena suspirou pesadamente e se sentou na poltrona outra vez, tentando esperar alguns segundos até que a dor passe.

Porém, apenas o tempo passou, e ao pegar o celular se espantou ao ver que já se aproximava das 18:30 e ela permanecia de toalha, levantou-se e caminhou em direção ao closet procurar a roupa que usaria.

Passando alguns cabides começou a se lembrar que Antônio adorava ve-la de branco e assim o vez, escolhendo um conjunto onde a parte de cima tinha um decote quase em U e a parte da calça apertada até os joelhos e com a barra mais aberta.

Colocou um cinto Dourado por cima apenas para dar um charme a mais e sorriu com o resultado, arrumou os cabelos os deixando quase totalmente presos e uma maquiagem mais leve em seu rosto.

Depois de alguns minutos, ela desceu para o andar debaixo e adentrando a sala de jantar sentiu falta de algumas coisas, precisou respirar fundo e seguiu até a cozinha encontrando com Angelina de costas para o fogão enquanto guardava alguma coisa nos armários debaixo.

- Angelina, eu só vou perguntar uma vez, porque você não arrumou a mesa como eu mandei ?

- Ah... Mas eu arrumei os lugares como sempre, você o doutor Antônio, e a Petra.

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