𝐷𝑖𝑎𝑚𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

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O dia estava tranquilo, porém ameaçava chover pois haviam diversas nuvens sobre o céu o deixando nublado e cinzento.

Após sair do salão e adentrar em seu carro, Irene sente o coração apertado e lembrou-se automaticamente de seu filho Daniel, ela respirou fundo e olhou para o céu percebendo que iria chover.

Acelerando o carro em velocidade máxima, ela chegou a estrada que levaria diretamente para a fazenda dos La Selva.

Haviam se passado alguns minutos e a morena ultrapassa os portões do grupo da família, estaciona o carro de qualquer jeito em frente a entrada principal e desceu correndo do veículo nervosa.

Adentrando a sala principal da casa, Irene suspirou, antes de ir para algum lugar, um choro alto e estrindente se faz presente em todos os cantos do cômodo fazendo seu alerta piscar e olhar em direção as escadas.

Subindo rapidamente para o andar de cima, o choro se intensifica vindo diretamente do quarto de seu neto, seus olhos marejaram e ela correu até a porta, abrindo as mesmas devagar seu coração baqueou com a cena.

Gladys estava com Danielzinho em seus braços, ela segurava o menor pelo braço enquanto batia nas costas do pequeno com uma das mãos, o rosto da loira estava vermelho de raiva e o mais novo chorava em desespero e medo da avó.

O coração de Irene baqueou, seus olhos marejaram e uma raiva desconhecida lhe abraçou o corpo, ela correu ao encontro dele e o tomou em seus braços abraçando-o fortemente.

A esposa de Tadeu a olha assustada por não querer ser flagrada agredindo o neto, ela a olha com o rosto vermelho, e as mãos também por estar segurando o pequeno.

Os braços de Irene rodearam o corpo do neto tentando trazer acalento ao pequeno, sua voz morreu em sua garganta e ela não conseguia dizer nada contra a outra avó do bebê, a ira em seu corpo era tanta que saiu do quarto rapidamente sentindo-se sufocada com o perfume adocicado da esposa do presidente da cooperativa.

Caminhando pelo corredor em direção ao próprio quarto, a voz de Graça se faz presente por estar no alto da escadaria.

- ESSA CRIANÇA NÃO É SUA!

O corpo dela estava trêmulo, os lençóis ficaram molhados de suor, debatendo-se para os lados, sussurros baixos e agoniates saiam de sua boca.

- Danielzinho.... DANIELZINHO...

Ela acordou com o próprio grito, sentou-se na cama no mesmo momento que despertou do pesadelo que havia tido.

Antônio acordou junto com o grito da esposa, se sentou na cama assustado e a olha sem entender, sonolento o homem acendeu o abajur para olha-la melhor.

A morena estava com a mão no peito, assustada, ela respirava fundo diversas vezes tentando se convencer de que realmente era só um pesadelo, ela tentou sair³ da cama mas o braço de Antônio a segura a impedindo de sair.

- Que que foi? Cê tava gritando porque ?

Ela o olha assustada e nervosa, passou a mão sobre os cabelos e nada disse durante alguns minutos.

- Irene? Ele a chama outra vez.

- Hum... Eu... Eu tive um pesadelo.

- Com o bebê? Ele questiona. - Cê acordou gritando e chamando por ele.

Ela suspira pesadamente, voltou a se deitar na cama de frente para ele e nada disse, não queria contar o que havia sonhado para o marido para não preocupa-lo atoa, se aproximando do homem, ela apertou os olhos fechados deixando o sono chegar.

𝐷𝑒𝑠𝑡𝑖𝑛𝑜Onde histórias criam vida. Descubra agora