"𝐴𝑡𝑒́ 𝑎𝑚𝑎𝑛ℎ𝑎̃ 𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎"

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Ainda no andar debaixo da fazenda, Antônio permanecia chocado com todas as informações que havia tido naquela manhã.

Angelina estava ao lado dele, surpresa com tudo e olhava ao redor em busca de Agatha que também estava presente.

Ele suspira passando a mão no rosto e segue em direção ao escritório, sem olhar para trás, o homem cruzou o corredor e adentrou em sua sala.

Estava sozinho, seus olhos marejaram e ele começou a raciocinar a situação que havia acontecido, todas aquelas revelações tinham mexido com ele, por mais que não revelaçe, ele sentia o peso em seus ombros.

Antônio também rinha se apegado a Danielzinho, ele se sentou em sua cadeira e respirou fundo pensativo.

A casa estava silenciosa, e apenas se ouvia o balançar das cortinas com o vento que batia dentro da fazenda, chegando o horário do almoço, Angelina segue até o escritório.

- Da licença doutor Antônio, o almoço está pronto já. Disse abrindo a porta devagar.

- Hum... Eu tô sem fome, cadê a Irene? Já desceu? Ele se vira para ela.

- Não, a Irene subiu aquela hora que... A Graça saiu com o bebê e não desceu mais.

Ele a olha com preocupação em seus olhos e se levanta de seu lugar.

- Hum... Deixa que eu vou atrás dela.

A governanta da família somente concorda com a cabeça e saiu do cômodo.

Antônio suspira e seguiu para fora, ele caminhou lentamente até o andar de cima e se aproxima das portas de seu quarto, ainda no corredor, ele conseguiu ouvir um barulho de choro e seu coração se apertou por imaginar ser sua esposa.

Abrindo levemente a porta, ele adentrou o cômodo e a observou ainda atrás as prateleiras de vidro.

Irene estava encolhida na cama, agarrada com o cobertor do menino e com a cabeça apoiada em seu travesseiro, as lágrimas caiam por suas bochechas lentamente.

Ele se aproximou devagar de olhar baixo da esposa tentando não assustar a mulher.

Ao notar a presença dele, ela se virou de costas passando a mão sobre o rosto tentando esconder o choro preso em sua garganta.

- Irene... Ele se sentou na ponta da cama apoiando a mão sobre a perna dela.

- Oi... Ela Sussurrou se ajeitando melhor sobre a cama para olha-lo.

Ele observou sobre o colo dela um cobertor infantil, pegou a mão dela devagar e trás o olhar dela para cima junto ao dele e suspira pesadamente quando juntaram os olhares.

- É o cobertor dele?

Ela concorda com a cabeça enquanto o olhava.

- Antônio, trás dele de volta, por favor...

A voz dela era chorosa e embargada, ela se aproximou ainda mais do marido e jogou -se sobre os braços dele iniciando mais um choro compulsivo.

Ele ficou parado sem reação, a trazendo para mais perto de si, ele a abraçou devagar.

Irene deitou a cabeça sobre o ombro dele e o apertou contra si, deixando as lágrimas caírem por seu rosto e molharem o ombro dele.

Ele apenas a abraçou fortemente e ao se afastar devagar deixou um beijo sobre a testa dela.

- Vamos descer pra almoçar juntos, troca essa camisola.

Ela concordou apenas abaixando o olhar e limpando as lágrimas que caiam por seu rosto.

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