𝐽𝑢𝑛𝑡𝑜𝑠

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A morena estava com a respiração ofegante, ela olhou ao redor do cômodo que estava à procura do marido ou do bebê que havia sonhado.

Ao se levantar de sua cama, ela respirou fundo e caminhou pelo cômodo à procura de alguém, seu coração se acelerou por não encontrar ninguém em seu quarto.

Caminhou em direção as portas do cômodo e abriu rapidamente as mesmas, ao sair quase correndo, ela cruza o corredor até o fim e segue até às escadas.

Seus pés descem os degraus de forma apressada, chegando nos últimos, ela tropeçou mas conseguiu se segurar só corrimão.

Atorodada, Irene cruza o corredor à procura do marido e começou a ouvir as vozes dele e de outra mulher.

Seus passos se apressaram e observaram o homem conversando com a cozinheira da família.

Ambos pararam de falar quando Neide olhou para ela.

- Que bom que a senhora acordou dona Irene, eu fiz um bolinho de laranja, tá quentinho.

Antônio virou devagar o corpo e observou a esposa na porta, ele sorriu ao olhar para ela, mas seu sorriso se desfez quando percebeu que ela estava assustada.

O homem se aproximou lentamente da esposa enquanto a olhava.

Os olhos dela marejaram ao olhar para o marido e estendeu os braços se atirando sobre os dele.

- Que foi? Ele a olha sem entender.

A esposa o abraçou com força e ele retribuiu o abraço da morena que apoiou a cabeça sobre o ombro dele trêmula.

Ela ficou em silêncio enquanto abraça o homem que ama, ela respirou fundo algumas vezes e permaneceu daquele jeito com o mesmo até que se acalmasse por completo.

Neide olhou para Antônio e em seguida para Irene nos braços dele, ela apressou-se em buscar um copo com água para ela, com o copo em mãos ela estende a patroa receosa.

Ela se afasta devagar do marido e pegou o copo com a mão trêmula.

- Senta aqui, cê tá nervosa, tá tremendo toda aí.

Puxando a esposa pelo braço, o La Selva a auxiliou a se sentar em uma das cadeiras da mesa da cozinha.

Ao se sentar, ela bebeu o líquido praticamente de uma vez e observou o marido se sentar ao seu lado, Neide observava os dois confusa.

- A senhora quer mais água? A olha.

Ela estava calada enquanto encarava os próprios pés descalços.

- Irene, que cê tem? Ele apoia uma das mãos as pernas dela.

- Eu... Suspirou. - Eu tive um sonho, acordei e não tinha ninguém no quarto, achei que estava sozinha em casa...

- Sonho? Ele a olha. - Com o que?

- Danielzinho... Abaixou o olhar. - Estou com saudades dele.

Antônio se calou e levantou-se de onde estava sentado, porém antes que ela reclamasse que ele a deixaria sozinha, estendeu as mãos para ela.

Sorrindo, segurou as mãos do homem e caminharam juntos até a varanda ao lado da cozinha.

Neide observa os dois e começou a pegar as coisas para montar um café da tarde para o casal, ela sorria enquanto levava tudo para a mesa e de vez em quando observava os patrões juntos na porta.

Minutos depois, ela seguiu até eles avisando que a mesa estava posta.

Irene se surpreende com o que havia na mesa, bolo, geleias, pães, frios e alguns sucos que a própria havia feito.

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