𝐶𝑜𝑚𝑓𝑙𝑖𝑡𝑜𝑠

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A madrugada se arrastou lentamente e Irene é acordada por um choro alto de bebê, seus olhos se abrem e ela se remexeu na cama, mas sua atenção é voltada para o choro agudo que invade o ambiente do quarto do casal.

Antônio também havia acordado, mas sem entender nada, ele resmungou cobrindo a cabeça com um travesseiro que estava no meio da cama entre eles.

Passando a mão sobre o rosto, ela se senta na cama e se levanta na mesma hora recebendo um resmungo do marido que somente se aconchegou mais a cama.

Sonolenta, ela ignora pegar o hobby e calçar algum sapato, apenas seguiu para fora do quarto em passos apressados e rápidos, caminhou pelo corredor percebendo que a medida que se aproximava do quarto do neto a intensidade do choro aumentava.

Se aproximando as portas do quarto ela sorriu ao abrir as mesmas, mas se surpreende ao ver Angelina ali, a mais velha segurava o pequeno bebê em seus braços enquanto o balançava.

Irene sentiu um desconforto estranho por presenciar a cena, e não sabia de onde ele vinha, se aproximou ainda mais por ver o pequeno mexer os braços e as pernas de um jeito frenético.

- Angelina, o que você ta fazendo aqui? Ela Sussurrou ao se aproximar mais.

As mãozinhas do pequeno se esticam de forma automática para ela por ver a figura da avó presente.

Pegando-o em seus braços, Irene apoiou a cabeça do mais novo em seu ombro que deitou escondendo o rosto sobre a curva de seu pescoço.

- Eu ouvi ele chorar e vim ver o que era. Disse a mais velha segurando a mamadeira em mãos.

- Cadê a Graça? Questiona enquanto acariciava as costas do menor.

- Eu também não sei, ela saiu e não voltou ainda.

Ela nada disse, apenas deu passos pelo cômodo com o menor em seus braços, pegou a mamadeira das mãos dela e aproximou o bico da boca dele que vira o rosto.

- Eu já tentei, ele não quer mamar, acho que ele tá com cólica. Sussurrou.

- Tá tá bom, deixa que do meu neto cuido eu, pode ir Angelina....

Vendo -se sozinha com o bebê, ela sorriu o olhando, ele já não chorava mais, porém continuava agarrado a ela, talvez não seria cólica e sim um pesadelo que ele tivesse tido.

Sorrindo, sentou-se na poltrona e acariciou as bochechas do menor que começou a fechar os olhos devagar enquanto a olhava.

Murmurou um canto acalentador para ele e deu leves batidinhas em suas costas tentando acalmar o pequeno, Danielzinho desceu a mão do pescoço dela para o decote de sua camisola, alcançando seus seios.

Ela ficou surpresa com a atitude dele mas sorriu acariciando as bochechas do menos com um dos dedos, ela olhou para uma mesinha de apoio ao seu lado e pegou o ursinho em formato de dragão e estendeu para ele.

O pequeno abriu os olhos e um sorriso sonolento em seus lábios o que a faz sorrir.

- Ah era isso que você queria, meu amor. Sorrindo entregou a ele que agarrou o objeto em seus pequenos braços.

Passando alguns segundos, ele voltou a adormecer nós braços da avó que sorriu com a cena.

Antônio resmungou ao passar as mãos do outro lado da cama e não sentiu o corpo da esposa ao seu lado, ele suspirou e se levantou do colchão, caminhando em passos lentos em direção ao corredor.

As portas do quarto de seu neto estavam abertas e ele seguiu até lá, ao se aproximar das portas ele sorriu com a imagem.

Irene estava em pé enquanto ninava o pequeno Danielzinho em seus braços, ela caminhava em direção ao berço do mais novo enquanto dava leves tapinhas nas costas dele.

𝐷𝑒𝑠𝑡𝑖𝑛𝑜Onde histórias criam vida. Descubra agora