𝐴𝑚𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑖𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒

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Os minutos se passaram, e Irene caminhou lentamente pelas terras em direção a casa da viúva, sendo seguida pelo marido que estava atrás dela e ambos pararam em frente às portas de entrada.

- Aqui que aquela infeliz morava? Ele questiona apontando a pequena casa.

- Sim, ela, a mãe e o filho. Disse se aproximando da escada.

O homem a segue e ela segurou a maçaneta da porta, empurrando a mesma devagar, adentraram a sala principal da casa.

Os móveis não estavam ali, apenas o sofá vermelho, uma planta no chão e o hack onde estava apoiada a televisão e algumas fotos de família.

Ele correu os olhos pelo cômodo surpreso, andou até metade da sala, em seguida observa a esposa deixar a bolsa sobre a poltrona e suspirar pesadamente.

- Eu nunca estive aqui antes. Ele volta a olhar ao redor.

- Eu já! Afirmou.

- Quando eu não fiquei sabendo ? Ele cruza os braços.

- Já faz tempo, a última vez que eu vim foi após a morte do Daniel... Ela suspira olhando os poucos móveis que ali haviam dispostos.

- Por que nunca me disse isso ?

- Nunca vi que fosse necessário... Suspira.

- Você veio aqui pra que ? Ele deu um passo em direção a ela.

- Após a morte do Daniel, eu... Eu ameacei a Aline.

Ele a olha surpreso, ergue as sobrancelhas e suspirou passando a mão no rosto.

- Você o que ?

- Ameacei a Aline, disse que nada do que aconteceria em diante seria obra o acaso e sim proposital... Se virou para olha-lo. - E depois para ver o filho dela, o João.

- Aquele muleque menorzinho?

- Sim, o próprio, ele se apegou a mim e eu não queria deixar de vê-lo, mas a Aline me expulsou da casa dela...

Ela deu passos em direção a cozinha e olhou ao redor apoiando os braços sobre a bancada da pia que estava lá.

Antônio a segue surpreso com as palavras de sua esposa, ele suspira e parou em frente a ela olhando os detalhes da casa surpreso.

- Parece uma daquelas casinhas que a Petra tinha quando era pequena.

Ela sorriu olhando o marido que se aproxima dos móveis passando os dedos sobre os armários da cozinha.

- É sério, não ri não senhora, olha isso aqui.

- Eu sei que a nossa casa é mais que o triplo da antiga casa dela, mas pensa pelo lado bom, agora tudo isso aqui é nosso. Ela sorriu e deu passos em direção a ele.

- É... Suspirou.

Ele caminhou pelo corredor observando quatro portas, abrindo a primeira, percebeu que era o quarto do filho da viúva, era amarelo com alguns rabiscos pelas paredes.

Os minutos se passaram e Irene parou em frente às portas do quarto da viúva, Antônio a seguiu confuso e parou atrás de si, colocando a mão sobre seu ombros, os dois se olharam e riram diante da situação.

- Isso me lembra da época que eu te conheci, lá no bar da Candida. Ele adentrou o cômodo enquanto o analisava. - O seu quarto era quase igual a esse, com a diferença é que era de outra cor.

- As paredes de todos os quartos lá eram rosa com branco. Ela suspirou se aproximando.

Ele sorriu ao olha-la em sua frente, colocou a mão sobre a cintura da esposa a trazendo para mais perto de si.

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