𝑆𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎𝑠

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Os minutos se passaram, e Irene novamente abriu os olhos, mas não consegue mexer o corpo, ela respirou fundo sentindo o corpo pesado sobre a cama e um peso maior ainda sobre si mesma, ela suspira e olha ao redor confusa sobre o que estava acontecendo consigo mesma.

O cérebro mandou comandos para o corpo mexer-se, porém nada acontece, ela estava sem entender nada e drenada em relação as dores que sentia em seu corpo continuarem da mesma forma.

A respiração começou a ficar ofegante por entrar em leve desespero da situação de não conseguir mexer o corpo, abriu a boca para falar mas não consegue emitir nenhum som.

Olhando ao redor, teve a certeza que percebeu que um vulto passar correndo de um lado para o outro em seu quarto.

Seus lábios estavam trêmulos, a garganta trancada e sua voz morreu dentro de si não permitindo emitir nenhum tipo de ruído.

O desespero cresceu em seu corpo, ela sente o frio abraçar seu corpo, desceu os olhos por si mesma e observou seus pés, suas pernas e ao redor do quarto, a porta estava aberta e ao olhar as janelas, as cortinas também estavam abertas fazendo uma pouca claridade adentrar o ambiente.

Fechando os olhos novamente, a morena sentiu o lençol mexer-se abaixo de seu corpo, abrindo os olhos com dificuldade, olhou ao redor mas não encontra com nenhuma pessoa, sua visão estava turva e dificultava ela conseguir ver com clareza.

O movimentar das cortinas chama sua atenção e apenas um borrão escuro é visto com poucas cores, o bege dos tecidos fluidos balançavam conforme o vento batia.

Tentando novamente se movimentar na cama, os olhos dela tentaram ficar abertos, mas uma mão tocou a sua e ela não sabia quem era o dono ou a dona daquele toque frio e gelado.

Não conseguia ver quem era a pessoa sentada ao seu lado na cama, seus olhos custavam a ficar abertos, a morena abre os olhos mas fecha em seguida tendo apenas um borrão de uma figura feminina a sua frente.

- Irene.... Irene... Irene...

O sussurro a faz abrir os olhos lentamente, olhando o teto de seu quarto borrado, desceu o olhar lentamente para a voz a chamando e se assustou ver Agatha em sua frente.

Ela entreabre a boca para tentar falar, mas a mão da mulher foi sobre sua boca tampando-a.

- Não fala nada, descansa meu bem. Ela sorriu olhando-a.

- A-A-Agatha... Sussurrou com a voz falha.

- Diga meu amor. Ela sorriu retirando a mão de sua boca.

Deixou a xícara que estava em suas mãos apoiou a peça sobre a mesinha de cabeceira dela e sorriu.

- O... O que você... Faz aqui? Questiona tentando manter os olhos abertos.

- Fica calma, tranquila... Ela sorriu aproximando o rosto do seu.

O desespero cresceu ainda mais, sentia a respiração dela próxima de sua, seus olhos piscavam incontáveis vezes tentando se fixar sobre os dela.

A boca estava aberta mas não emitia nenhum som a deixando ainda mais desesperada.

Conseguia ver o sorriso no rosto de Agatha de satisfação, a mão da mulher estava apoiada em sua perna enquanto a olhava por completo, passou a acariciar seu braço.

- Eu... Eu não consigo... Ela Sussurrou fraca.

Ela sorriu ainda mais e levou uma das mãos ao rosto dela sentindo a temperatura de seu corpo.

- Tá fria... E não consegue falar também, ótimo, tá com sono né ? Ela sorriu.

Os olhos de Irene estavam pesados, ela custava a ficar acordada, mas o barulho da colher dentro da xícara batendo em suas bordas a deixavam em alerta.

𝐷𝑒𝑠𝑡𝑖𝑛𝑜Onde histórias criam vida. Descubra agora