𝑆𝑒𝑛𝑠𝑎𝑠𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠

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Depois de alguns segundos encarando o marido, ela queria ter certeza que o mesmo estava respirando. Após conseguir ter essa certeza, ela deixou um sorriso de alívio escapar de seus lábios e se levantou lentamente da cama.

Em passos lentos e sorrateiros, tentando não acordar Antônio, Irene segue lentamente até as portas da varanda, seus braços passaram ao redor de seu corpo, tentando fazer passar o frio que estava sentindo.

Olhando a lua pelas portas ainda fechadas, percebeu que ainda era cedo, a madrugada estava em seu auge, e seu coração apertado conforme pensava do que havia sonhado.

Será que esse sonho seria um aviso de algo que poderia acontecer?

Mesmo sabendo da morte do filho, pensava no marido, e se o tiro tivesse pego nele?

Seus olhos marejaram e ela ficou pensativa por bom tempo, ela só não sabia quanto tempo estava lá.

Antônio em sua cama, se remexeu devagar e virou para o lado da esposa, porém ao puxar o travesseiro para si e sente o mesmo quente porém vazio, ele abre os olhos sonolento, confuso e atordoado, ele olhou para o lado dela e procurou a mesma na penteadeira, no entanto, não a encontrou e resmungou.

Quando o homem iria se levantar da cama, ele se vira para as janelas e observou a morena em pé próximo das portas da varanda. A camisola que trajava aquela noite, marcava as curvas de seu corpo, a luz da lua iluminava a morena.

Ele sorriu sonolento com o que estava diante de seus olhos, ao se levantar da cama, o homem demorou alguns segundos para se firmar em pé pelo sono em seu corpo, em passos lentos, ele passou a mão sobre os olhos e se aproximou devagar.

Irene sorriu quando sentiu braços ao redor de seu corpo, e as mãos dele tocarem suas cintura e seus dedos quentes acariciaram a mesma a fazendo sorrir fraco.

As mãos dela se juntaram as dele e ela respirou fundo, aliviada por ver que o marido estava junto de si.

- O que te fez acordar? Ele sussurrou enquanto a olhava pelo vidro fechado.

Ela suspirou pesadamente, porém seus músculos estavam tensos e Antônio relatou nisso e a abraçou ainda mais.

- Tive um pesadelo. Os olhos dela se fecharam novamente.

- Quer me contar o que aconteceu? Questiona ele com a voz sonolenta e rouca.

O silêncio reinou entre eles pelos próximos segundos, até que a morena abre seus olhos e aperta as mãos dele.

- Estávamos aqui em casa, você, eu e o Daniel...

- E isso é ruim? Questiona. - Não entendi onde entra o pesadelo.

- A Agatha apareceu... A voz dela fraquejou e embargou pelo choro que se formava em sua garganta. - Ela estava acompanhada e com uma arma... E... Ficava brincando de roleta russa, entre você e ele.

Ele permaneceu em silêncio pelos próximos segundos, estava surpreso com o que a morena havia sonhado, e não sabia o que responder a ela.

Antônio apenas ficou quieto e continuou a abraçando pois não sabia quais palavras usar para confortar sua esposa.

Irene sente o coração apertado, o disparo da arma estava ecoando em sua cabeça, e assim que havia acordado, não pode saber em quem a bala da arma de Agatha havia pego, deixando seu coração ainda mais agoniado e inquieto.

Sentindo as mãos do marido ao redor de sua cintura, ela pode respirar aliviada por ter confirmação que foi apenas um sonho, porém, seu coração dizia que iria acontecer alguma coisa, ela só não sabia o que era...

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