𝐷𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑖̀𝑑𝑎

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Durante o caminho de Irene de volta para casa, a mesma estava pensativa sobre tudo o que tinha acontecido até aquele momento de sua vida.

A morte de seu filho já tinha sido exatamente difícil para ela, e achou que o concerto de seu coração seria a chegada de Danielzinho e realmente foi, o bebê estava sendo seu motivo para continuar segurando a dor e a vontade de viver se fez presente novamente.

Mas tudo se acabou quando Graça o levou para longe de seus braços. Irene não se importava que o bebê não era seu neto de verdade, porém, havia se apegado demais a criança e não estava pronta para tê-la arrancada de si.

Começou a dirigir um pouco mais devagar por conta de seus pensamentos bagunçados, ela respirou fundo enquanto seguia pela estrada de volta para casa.

Já estava na estrada de sua fazenda quando se sentiu mais aliviada, porém, seu alívio foi momentâneo, pois alguns trovões se fazem presente e o barulho alto ecoou em seus ouvidos por alguns minutos.

Acelerando o veículo um pouco mais do que o normal, ela sente o coração acelerar junto com o carro, pois não queria pegar chuva enquanto dirigia, desde que seu filho havia falecido em um acidente de carro a noite, ela desenvolveu um certo trauma de dirigir com chuva.

Estacionando em frente a entrada principal da casa, ela desceu fechando o carro e ao adentrar a sala a chuva começou a cair em uma garoa fina e fria.

Ela ficou alguns segundos encarando a chuva caindo parada na porta de entrada da fazenda, ela respirou fundo e colocou a mão em seu peito.

Angelina estava na cozinha e ouviu o barulho da chuva, ela suspirou e seguiu para a sala encontrando com Irene parada em frente as portas abertas do cômodo.

- Irene... Eu pensei que você não viesse para o almoço.

A morena se assustou com o chamado e se virou rapidamente para ela.

- Ah, oi, eu cheguei agora... Diz passando as mãos nos próprios braços.

- Eu vou mandar preparar o almoço, da licença...

Ela somente concordou fechando as portas e encarando a mais velha.

Se aproximando lentamente das janelas ela suspirou ao se sentir sozinha, na mesma hora seus pensamentos voltaram para Danielzinho, pois sabia que o bebê também tinha medo dos barulhos de trovões.

Depois de alguns segundos parada, a morena sobe rapidamente para seu quarto ignorando a presença de Angelina no corredor após descer.

Adentrando em seu quarto, Irene jogou a bolsa sobre a poltrona e se sentou na beirada da cama lentamente, o corpo escorregou pelo colchão e ela se deixou deitar por alguns segundos pela metade.

Após preparar a mesa do almoço, Angelina olha ao redor e não encontra Irene e sobe até o quarto da patroa.

- Irene, o almoço tá na mesa. Disse batendo na porta.

- Eu já vou. Diz sem olha-la.

Passando alguns minutos, a morena já se encontrava na sala de jantar, sentada em seu lugar, ela olhava ao redor sentindo -se sozinha.

Ela começou a brincar com aa folhas que estavam em seu prato de almoço junto a pequenas tiras de peixe assado que estavam junto.

Angelina a olha de longe e puxa o braço de Neide.

- Aí Angelina, que é mulher? A olha

- Olha lá, a Irene! Apontou.

- Que que tem? Olha ao redor.

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