𝐸𝑚 𝑠𝑒𝑢𝑠 𝑏𝑟𝑎𝑐̧𝑜𝑠

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Aquela voz ecoou em seus ouvidos e Irene imediatamente largou a caneta que estava em mãos sobre a mesa, continuou de olhar baixo por alguns segundos, custando a acreditar naquele chamado.

Seus olhos pousaram sobre o homem de chapéu, óculos escuros, jaqueta de couro e camisa azul, calças pretas e botas da mesma cor, uma sacolinha pequena branca em suas mãos.

Suas mãos começaram a tremer, seus olhos piscavam inúmeras vezes tentando entender que o homem que ama, o amor de sua vida havia retornado.

Se levantou lentamente e deu um passo para fora da mesa, ainda custando a Crer no que via.

Com Antônio era diferente, ele havia ouvido que ela estava no hospital, estava ferida, mas não, estava ali, tomando conta dos negócios da família ali, em sua cadeira, como sua substituta.

Ele abriu a boca para falar mas nada saia, sua voz travou quando a observou se aproximar.

𝐸̀ 𝑖𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎̃𝑜 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑜𝑢 𝑒𝑙𝑎 𝑒𝑠𝑡𝑎̀ 𝑎𝑖𝑛𝑑𝑎 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑏𝑜𝑛𝑖𝑡𝑎?

O corpo feminino começou a se aproximar dele devagar, ela tinha um sorriso enorme em seu rosto e os olhos brilhantes por conta das lágrimas que ela segurava.

Os dois se aproximaram lentamente um do outro, o homem sorriu quando a observou de cima a baixo, ela usava um conjunto azul e um sobretudo com algumas partes das mangas transparentes, seus cabelos semi presos e um sorriso enorme no rosto.

- Antônio....

- Irene....

Ambos disseram juntos, e ele rapidamente puxou-a pela cintura atracando em um beijo desesperado e cheio de saudade e preocupação do marido.

As cabeças de ambos viravam a medida que o beijo se aprofundava, as mãos dele desciam entre as costas e a cintura da esposa, até mesmo em seus cabelos de vez em quando.

Já a morena, agarrava o homem com força, segurava o rosto dele, acariciando a barba branca onde sentiu saudades durante todos esses dias longe dele.

Ao lado de fora, o casal é observado pela secretaria do homem, Cibele, assistia a cena de boa aberta, confusa e nervosa com o que presenciava.

O casal se afastou devagar, porém, eles mantiveram as testas juntas enquanto esperava as respirações se normalizarem aos poucos.

Antônio conseguiu fechar a porta da sala com a ponta de seus pés, sem tirar as mãos do corpo de sua esposa que sorria boba para ele.

- Você... Voltou. A voz dela quebra o silêncio e ela dirige o olhar até os olhos dele. - Senti tantas saudades suas...

- É... Eu também. Ele suspirou a olhando.

O homem puxou a mão da esposa até o sofá mais próximo, ele se sentou e a incentiva a se sentar ao lado dele.

O silêncio dominou novamente e ele passou a olhar para ela por completo, como se estivesse a procura de algum machucado no corpo dela.

- Eu... Soube o que aconteceu, me explica, que história é essa de estar no hospital, eu ouvi o italiano falar e fiquei louco de preocupação com você... Ele a olha e puxa as mãos dela para si mesmo.

As mãos dela estavam frias e ainda trêmulas pelo retorno repentino dele.

Ela respirou fundo e soltou um suspiro pesado ao abaixa o olhar, apertando as mãos do marido junto das suas, ela ergue a cabeça devagar o olhando.

- Bem... Ela inicia nervosa. - Eu fui ao cemitério para visitar o túmulo do Daniel como eu faço sempre... Os olhos dela baixaram. - E ouvi passos, quando perguntei quem estava me seguindo... Ela apareceu.

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