Capítulo 5 - A stroke of luck

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— Meu Deus, meu Deus — Gemeu com as mãos na cabeça, que latejava — O que foi que eu fiz...? — Fechou os olhos com força, as lembranças da noite passada condenando sua mente — Meu Deus do céu... — Resmungou, apertando seus olhos.

Era uma mulher racional, e se orgulhava disso. Mas tinha que confessar, ao menos a si mesmo, que vez ou outra, perdia completamente a razão.

E isso aconteceu na última noite, quando em uma saída casual, cruzou com Alfonso. Já tinha passado do seu limite na bebida, acreditando que seria apenas isso. Uma saída. Só as garotas, bebidas e conversa fiada. Apenas.

Mas o fim não foi bem assim.

Acabou cruzando com o homem que era responsável por ela estar ali. Era seu alvo de investigação, e não um flerte.

— Céus, o que foi que eu fiz — Massageou suas têmporas, arrependida.

Sentiu o corpo todo protestar ao tentar ficar de pé, era como se o efeito da bebida tivesse sido muito pior do que realmente foi.

Com muito custo, se colocou de pé ao ouvir batidas apressadas na porta de seu quarto. Os pés se arrastavam no chão, e tinha certeza de que tinha uma grande olheira em seu rosto.

— O que...? — A frase ficou presa em sua garganta ao ser abraçada inesperadamente.

— Ani! — Retribuiu o abraço, ainda sem reação — Que saudade que eu estava de você!

Anahí: O que faz aqui? — Olhou para o corredor vazio, puxando-a para dentro.

Annabelle: Henry disse que não era mais seguro continuar em Londres — Disse resumidamente, ouvindo a porta fechar em suas costas.

Anahí: E ele achou uma boa ideia que viesse a Liverpool? — Analisou a situação com uma sobrancelha arqueada.

Annabelle: Para Henry, o único lugar seguro agora, é ao seu lado — Anahí piscou, olhando-a — Eu realmente não sei o que ele quis dizer, mas da noite para o dia, ele apareceu em casa com uma passagem em mãos, e eu embarquei para cá.

Anahí: Eu preciso saber o que está acontecendo — Se sentou na cama, pegando o telefone em sua mesa de cabeceira — Isso está totalmente fora do combinado...

Annabelle: Ani — Se sentou ao lado da irmã, buscando pelo olhar dela — Eu estou te atrapalhando?

Anahí: Não é isso — Suspirou, colocando o telefone novamente no gancho — Você também não está segura aqui — Abaixou o tom, e levou a mão a têmpora, a cabeça voltando a latejar com força — Eu estou no meio... — Tentou manter o raciocínio, mesmo com a dor — De uma investigação. E isso nunca é seguro.

Annabelle: Eu estou com você agora — Deu de ombros — Estamos juntas, como sempre estivemos. E eu tenho certeza de que fará o possível para que fiquemos em segurança — A empurrou com seu ombro, sorrindo — Vamos, não estava com saudades da sua irmã? — Anahí se rendeu com meio sorriso, assentindo — Então! Eu posso até te ajudar com essa sua investigação. Não seria legal?

Anahí: Nem sonhe com isso — Negou de imediato, ficando de pé — Eu não quero você metida nisso.

Annabelle: Ah, qual é! Por que sempre me trata como se eu fosse uma criança?

Anahí: Porque você é! — Justificou, e Annabelle riu, negando com o rosto.

Annabelle: Anahí, por Deus — Bateu no braço da irmã — Nós temos um ano de diferença. Pare de ser louca — Anahí respirou fundo.

Crime e desejoOnde histórias criam vida. Descubra agora