Capítulo 9 - One step to paradise

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Enquanto Anahí dormia, Alfonso manteve-se fielmente sentado na poltrona, ao lado da lareira. Seus olhos raramente saiam daquela cama, onde fazia questão de observar com a devida atenção, que ela não se moveria mais do que o permitido, sem forçar seu ombro lesionado.

A aliança que tinha tomado dela, agora, estava na mesa de cabeceira, e hora ou outra atraia sua atenção.

Não sabia quem era Eric, mas desejou nunca estar na pele daquele homem, que muito em breve, se arrependeria de todas as vezes que tocou em Anahí com a intenção de machucá-la.

As horas foram passando, e Anahí se mantinha em um sono profundo. A tempestade do lado de fora, parecia que não encerraria tão cedo, e a forma confortável com que Anahí estava agarrada a um travesseiro, o fez se sentir confortável, a ponto de conseguir pegar no sono.

Sono esse que não lhe era permitido há tempos, sono esse que só vinha em momentos como aquele, quando sua alma parecia estar completamente em paz.

Já Anahí, sentia-se tão sonolenta e exausta, que mal abriu os olhos ao sentir sua mente despertar. Ainda os tinha semicerrados, e foi o suficiente para encontrá-lo ali, deitado do jeito que dava naquela poltrona.

Seus olhos abriram ainda mais ao notar que ele tinha os olhos fechados, a boca entreaberta e a respiração tranquila.

Sabia que nunca mais o veria desse jeito, e por isso, o observou por alguns minutos. Alfonso não era o tipo de homem que tinha paz, e vê-lo naquele momento tão confortável e tranquilo, dava a ela a sensação de que ele estava exatamente assim: completamente em paz.

Notou a forma majestosa com que aquele moletom cobria seu corpo, notando pela primeira vez os músculos que o contornavam.

Se livrou do lençol que cobria suas pernas, se aproximando mais da beirada da cama, para vê-lo com mais nitidez. A única luz presente no cômodo, era a da lareira ao lado dele, e isso fazia sua pele faiscar, como se brilhasse com a chama.

Engoliu a seco, seus olhos sendo atraídos para os lábios dele, que se moveram lentamente. Desceu seus olhos fixos pelo pescoço de Alfonso, até descer por todo seu peito, notando como aquele agasalho o moldava tão bem. Foi inevitável não passar os olhos pelo volume que tinha em sua calça, o que a fez morder o canto de seus lábios, como uma menina travessa, que observava algo totalmente proibido. E agora, era o seu corpo que parecia completamente em chamas.

— Consigo sentir o seu olhar queimando em minha pele — Anahí sobressaltou ao ser pega no flagra, e ele sorriu. Aquele maldito sorriso que a tirava do sério — Gosta do que vê? — Colocou a mão sobre o próprio peito, exibindo-o.

Anahí: Definitivamente, não há nada que eu não tenha visto melhor antes — Desdenhou, o que arrancou um riso rouco dele.

Alfonso: Ainda sente dor? — Se levantou, indo até a cama.

Anahí: Um pouco, mas está melhor que antes — Olhou para o braço, limitando seu movimento — Conseguiu descansar? O senhor parecia exausto.

Alfonso: Eu dormi o suficiente — Deu de ombros, apoiando um joelho na cama e se sentando sobre sua perna — Por que está corada? — Arqueou uma sobrancelha, o sorriso divertido brincando em seus lábios — Não sabia que era do tipo que tem vergonha do que sente — Insinuou.

Anahí: Isso deve ser coisa da sua cabeça — Abaixou o olhar para suas mãos, desviando dos olhos esverdeados que a olhavam como se fossem capazes de vê-la completamente nua.

Alfonso: Eu tenho certeza de que não é — Tocou o queixo dela, fazendo com que Anahí voltasse a olhá-lo — Você estava mesmo gostando do que via — Constatou com um riso, e ela bufou, revirando os olhos.

Crime e desejoOnde histórias criam vida. Descubra agora