Capítulo 6 - Touch my soul

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Dessa vez, Anahí tinha plena consciência da escolha feita e do passo dado em direção ao seu objetivo. Era um passo maior que suas pernas, um passo arriscado, mas sabia que era necessário. Estaria se expondo demais, mas haveria retorno.

Com a vinda de Colin para a cidade, as investigações precisaram tomar outros rumos. Anahí e Michael precisavam ser ainda mais cautelosos do que antes, pois a qualquer momento, poderiam colocar tudo a perder. E isso não poderia acontecer de forma nenhuma, pois correriam sérios riscos.

As cobranças de Henry por resultados estavam constantes, e era desgastante rodar no mesmo lugar, sem ter algo concreto para retornar.

O humor e a sanidade de Anahí estavam por um fio.

Por isso, aceitar a proposta de Alfonso e estar dentro das empresas e dos negócios dele, era uma estratégia fundamental, o ponto chave para acelerar sua investigação, e encontrar pela resposta que tanto é cobrada.

Olhou para a fachada do prédio, conferindo novamente o endereço anotado no cartão entregue por Alfonso. Respirou fundo, fechando brevemente seus olhos.

Era a hora.

Não era mulher de fazer nada pela metade, e o que assumia, fazia com muito louvor. Esse trabalho não seria diferente. Daria o seu melhor.

Ainda que custasse sua sanidade.

— Senhora Taylor — Anahí aceitou a mão que Alfonso lhe estendeu, recepcionando-a de forma cordial — Seja muito bem-vinda. É um prazer tê-la em nosso time.

Anahí: Obrigada — Sorriu apenas com os lábios — Você tem um belo prédio — Observou a recepção, enquanto ajeitava em seu ombro a alça da bolsa — Com ótimas instalações. São muito melhores do que eu esperava.

Alfonso: Fico feliz em receber um elogio da senhora — Retomou com o tom formal, sorrindo com cordialidade para a recepcionista que os observava de forma atenta — Por aqui — Apontou o caminho para ela, que ainda olhava com atenção os funcionários que passavam por ali — Como passou de ontem?

Anahí: Muito bem — Passou à frente de Alfonso ao entrarem em um corredor estreito — E o senhor?

Alfonso: Ah, poderia ter sido melhor — Disse sugestivo, com um sorriso de canto — Mas não tenho do que reclamar — Anahí parou, se virando de frente para ele.

Anahí: Não parece ter tido uma noite ruim — Notou as olheiras no rosto dele, onde passou o dedo de leve — Passou a noite em claro, Herrera?

Alfonso: Como todas as outras — Deu de ombros — Estava ansioso com esse momento — Anahí sorriu com ironia, negando com o rosto.

Anahí: Você não vale nada — Acusou, virando-se de costas para ele, seguindo o caminho do longo corredor.

Alfonso: Ei! Por que essa ofensa gratuita? — Questionou divertido, voltando a segui-la.

Anahí: Não vale a pena a conversa — Dispensou, desinteressada — Para onde estou indo? — Murmurou, ao se notar perdida por tomar a frente de um caminho que não conhecia — Herrera! — Se virou para ele, novamente tomada pela estranha irritação — Não era para o senhor estar me guiando e me apresentando esse prédio... velho?

Alfonso: Céus, você quem tomou a frente — Apontou, óbvio. A olhou com cautela — Aconteceu alguma coisa, Anahí? — Ela revirou os olhos ao ter seu nome pronunciado por ele — O seu humor mudou em questão de segundos!

Anahí: Eu não era senhora até esse momento, senhor Herrera? — Cruzou seus braços.

Alfonso: Ora, está se referindo a forma que te cumprimentei a pouco? — Apontou, e Anahí não o respondeu — Eu só a tratei com formalidade para que meus funcionários entendam que é para fazer o mesmo — Explicou — Eu não quero ninguém aqui achando que pode ter intimidade com você. Apenas isso — Finalizou, dando de ombros.

Crime e desejoOnde histórias criam vida. Descubra agora