tatiana

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Boa leitura ♥


Piso no acelerador vendo o ponteiro passar do cem e continuo pisando fundo

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Piso no acelerador vendo o ponteiro passar do cem e continuo pisando fundo. O sangue nas minhas veias borbulhando, como lava de um vulcão em erupção, apertei o volante com tanta força que as minhas juntas ficam brancas.

— Todos nós estamos no limite, porra! — Ecoa a voz de Roxy no viva voz do Bluetooth.

— Você não está entendendo, meu pai está sabendo. Ele me disse para limpar a minha merda, antes que eu me afundasse nela.

— Eu sei, meu anjo, por isso que já estou cuidando de limpar a sua linda bundinha. — Disse em um tom frio que fez meus pelos eriçarem. Porque ela não faz nada sem segundas e terceiras intenções.

Roxy é a minha madrinha, eu a amo, contudo, ela não é a pessoa mais confiável do mundo, não que eu também seja, entretanto não passo por cima das pessoas como um trator por diversão como ela faz. " Eu sou uma vadia, mas tenho uma razão para isso. "

— Do que está falando? — Acelerei ainda mais, fazendo o ronco do motor ecoar pela avenida.

— Dei uma pista falsa para Felipa para que ela elimine Giacomo da Camorra.

— Como você fez isso? Pelo que Irina me disse, ela está aposentada. — Pelo retrovisor observo um carro azul Royal me seguindo.

Soa um bip no meu celular, toco a tela e vejo a notificação de uma mensagem de texto de Sebastiã, o guarda sênior de nossa casa, avisando que estou sendo seguida.

— Ela está, entretanto, sei da sede de vingança da minha sobrinha, então dei algumas dicas sobre os culpados pela morte de Drogo e os Dragon… Foi o suficiente para ela fazer nosso trabalho sujo. — Ouço uma entonação irônica e satisfeita na voz dela.

Franzo as sobrancelhas em confusão.

— Como assim? Pelo que intendi, quem matou a equipe da tia Irina foi um esquadrão de assassinos liderado pelos principais chefes da Camorra e Outfit,  não foi? — Confusão operando com força total.

O som da sua risada ecoa.

— Não, é claro que não.

— Então quem foi?

— Adivinha? Te dou uma dica: começa com Ferrari, termina com Falcone. — fala gargalhando.

Meus lábios se abrem em forma de um "O", surpresa, choque e assombro, tudo ao mesmo tempo.

— Não fode! Está me dizendo que a família Ferrari e a Falcone são responsáveis pela morte da equipe da tia Irina? E que Felipa está casada com o possível assassino da sua família? —Não consigo esconder o choque em minha voz.

— Domenico não está envolvido, entretanto, sua família e a Cosa Nostra sim.

— Puta que pariu! — Então me lembro da conversa que escutei de Ricardo e Lucca. — Madrinha?

— Diga, Malen'kiy volk. — ecoa a voz da minha madrinha Roxy.

[Malen'kiy volk = lobinha]

Umedeço os lábios, ponderando se deveria ou não falar sobre o que escutei, não quero ser portadora de fofocas que não são da minha conta, contudo, Lucca sabe do meu segredo, ele sabe que sou o lobo e eu preciso igualar essa partida para que ele não dite as regras.

— Ouvi uma conversa entre o Falcone e Salvatore, onde ele dizia ser irmão da Felipa. Isso procede? — Minha atenção se fixa no retrovisor no carro que está um pouco atrás do meu.

Mudo de pista e no instante seguinte o motorista do carro azul faz o mesmo. Estico o braço até o porta luvas, abro a portinha e pego a arma carregada, deixando sobre o banco do passageiro.

A risada de Roxy ecoa do outro lado da linha, me deixando apreensiva e receosa.

— Então ele já está sabendo? — Sinto a  satisfação em sua voz.

— Foi o que pareceu. — Dou de ombros.

— Isso está cada vez melhor. Mas em resposta a sua pergunta é verdade, Felipa é irmã de Lucca e Matteo.

— Que loucura! Mas eles não são primos?

— Lucca e Matteo são filhos bastardos do dom, o pai de Felipa, o velho Falcone é o corno que não podia ser pai e criou com ódio os filhos do irmão. Isso foi revelado há pouco pelo antigo dom, muitas pessoas não sabem, mas eles são irmãos.

— Meu Deus!!

— É, lobinha, as coisas são mais sujas do que você imagina. Muitos segredos, mentiras, armadilhas… Por isso escute o que eu digo e fique longe desses putos, asquerosos.

Engulo a seco, decidindo desviar o foco da conversa .

— Madrinha... — digo com cautela — Alguma informação sobre Abigail e a minha irmã? — Meu tom é baixo.

— Descobri que Aby está com Ziven, entretanto nem sinal da sua gêmea.

Um suspiro escapa dos meus lábios.

— Vamos encontrá-la, querida. — soa a voz da madrinha. — Mas voltando aos desgraçados,  fique longe deles, tanto Falcone quanto Ferrari.

Engulo a seco pensando " tarde demais, madrinha, eu transei com ambos: Falcone e Ferrari. "

— Preciso que me ajude. — digo com os olhos no retrovisor, observando que o carro ainda está me seguindo.

— Com o quê?

Limpo a garganta e começo:

— Na noite passada me envolvi em uma situação crítica com Lucca, ele está me perseguindo, diz saber do meu segredinho sujo…

— Maldita Alice! O pen-drive… provavelmente tinha uma cópia, devia estar com o desgraçado Falcone também.

— Provavelmente, mas o que faço? — Questionei temerosa, sentindo uma sensação ruim queimar meu peito.

Entro na estrada de terra, rumo a ponte, desvio o olhar para o retrovisor observando o carro azul passar pelo meu em alta velocidade, afasto a possibilidade de estar me seguindo.

Meus instintos alertam o perigo me rondando. Foco meu olhar na imagem da santa morte ao lado do volante, engulo a seco sentindo uma sensação ruim, como se estivesse em perigo.

— Mate-o!

— Como é?! — Perguntei estupefata

— Mate Lucca Falcone! Se ele sabe, então é um perigo para você, para nós, para o cartel. Então mate-o!

— Roxy, não...

— É o único jeito, garota. Não é só seu lindo pescoço em risco! — ela diz em um tom ácido.

— Me dê um tempo, Roxy, que eu vou ver o que consigo com ele! Se ele quisesse me entregar já teria feito, mas Lucca me disse que conhece o meu segredo e não vai contar para ninguém, então, provavelmente terei que negociar seus termos...

— Sabe quais serão os termos dele? Sua doce boceta, querida afilhada. É só para isso que servimos para filhos da puta como o Falcone e o mesmo serve para o Ferrari, mas se você quer pagar o preço…

— Eu quero!

Ela estala a língua em reprovação e começa:

— Tem setenta e duas horas para lidar com ele, seja na cama ou como El Lobo. E se você não fizer vou mandar um esquadrão atrás dele.

— Madrinha…

— Tic-tac o relógio está correndo, lobinha! — Disse, em seguida, desligando a chamada.

— Porra!!! — Grito, socando o volante.

Meu pulso acelerado, sinto a fúria correr solta nas veias no lugar do meu sangue, apertei o volante com tanta força que meus dedos doem. Lembranças da noite passada voltam com força, consigo sentir o cheiro do nosso sexo, sentir o calor do seu corpo suado contra o meu, suas palavras sujas que me fizeram gozar dolorosamente em seus dedos.

Flash back:

—Sabe porque sou diferente dos outros? Porque eu não espero por sua decisão. Eu te empurro, roubo o seu controle e direito de escolha. Você pode negar, dizer que é uma boa garota, mas nós dois sabemos que você está tão deturpada quanto eu. E tudo bem, amor, tudo bem não ser normal! — Sussurrou em meus lábios.

— Lucca...

— Esse é o nosso segredinho, amor. Somos um par de fodidos, quebrados e deturpados, eu gosto de caçar e você gostou de ser caçada. E está tudo bem, esse é o nosso lance... E não precisa acabar aqui, podemos manter isso, será um segredo nosso, o que acha?

Balanço a cabeça afastando as lembranças.

Ele tem razão. Porra, ele tem razão, eu gostei de ser caçada por ele, gosto da sensação de liberdade que ele me dá.

— Eu não posso matá-lo! — Divago voltando minha atenção para a estrada.

Tudo passou muito rápido, meu pé está no acelerador, o ponteiro batendo mais de 180 km. Minhas mãos suadas, tremendo enquanto apertam o volante, minha vista escurece, pisco algumas vezes recobrando a lucidez e quando faço percebo o carro azul Royal de lado fechando o caminho.

— Caralho!! — Tiro o pé do acelerador, puxo o freio  de mão, pisando no freio, o ronco do motor é estrondoso, o som dos pneus patinando no asfalto e poeira levantando ao meu redor, mas a pancada vem e meu corpo é lançado para frente, me chocando violentamente contra o volante, em seguida empurrado para trás, minha cabeça bate com força no apoio do banco.

Tento me mexer, mas a forte pressão no meu crânio não me permite, sinto o amargo da bile.

A sensação de medo me invade, o desespero, pânico tudo ao mesmo tempo, meus olhos pesam, a dor na minha cabeça é tenebrosa, agonizante, sinto o cheiro metálico, um líquido quente escorre pela minha testa, tontura e a dor intensa cruza todo meu corpo, meus pelos se arrepiam, está frio aqui.

— Lucca…

Minhas pálpebras pesam, aos poucos meus olhos vão se fechando e perdendo lentamente a consciência e assim cai na escuridão.


— Lucca…
Minhas pálpebras pesam, aos poucos meus olhos vão se fechando e perdendo lentamente a consciência e assim cai na escuridão

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Aviso ⚠

Tem uma prévia do bônus do Luke no Instagram. Na última publicação corre lá para dar uma olhada, lembrando que aquele capítulo é exclusivo do telegram.

E quem quiser continuar lendo tem os capítulos adiantados e bônus exclusivo, tem a opção do telegram que está adiantado alguns capítulos.

Quem quiser

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