Capítulo Especial

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Comentem bastante no capítulo. E não esqueça de deixar a estrelinha.

Tatiana Genovese

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Tatiana Genovese

A sensação das algemas nos meus pulsos é um aperto frio e implacável, marcando a pele sensível. Minhas mãos estão apoiadas sobre a mesa de madeira de acabamento descuidado, aparência frágil, que parecem ameaçar ceder a qualquer instante.

Mordo os lábios na tentativa de reprimir uma gargalhada, contudo é em vão, ecoou o som do meu riso irrompendo o silêncio não como uma melodia, mas como uma nota discordante de escárnio, um som carregado de veneno e ironia.

Os olhos dos dois policiais e da subdelegada queimam sobre mim.

— Essa situação é engraçada pra você? — em rosnado ameaçador o policial Tyler indagou.

Sacudo a cabeça levemente, me recuperando do riso. Mas o sorriso zombeteiro permanece em meu rosto.

— Engraçado é saber que a doutora Leonor estudou mais de seis anos, graduação, pós-graduação, se esforçando para ser delegada, no entanto, recebe uma miséria que mal consegue pagar as contas do mês. — semicerrando os olhos, ela devolve.

— Está bem informada sobre mim, Tatiana — seu tom áspero me faz querer gargalhar novamente.

— É senhorita Genovese para você, Leonor — por uma fração de segundos seus olhos se arregalam — Não estamos no mesmo nível.

— Claro que não estão — intrometeu-se o investigador Tyler — Ela é uma delegada e você, a escória.

Um som estranho escapa dos meus lábios.

— Oh meu Deus, que fofo o investigador defendendo a amante — escarneço, assistindo atentamente à expressão de choque que se forma em suas faces.

— O que você acabou de dizer? — Soa a voz estridente do investidor, seu tom ameaçador me faz revirar os olhos.

— Não sente vergonha, doutora? — ignorando o stronzo, foco minha atenção em Leonor — Trair o seu marido com essa desova inútil que não respeita a esposa grávida?

Preciso disso? Não. Contudo, estou cansada, com fome, sede, dores nos pulsos por causa das algemas, e não vamos esquecer que minha bunda dói. Então, por que não causar o caos? Se meu dia está uma merda, o deles também ficará.

— Sua puttana! — Berra o homem baixo de aparência mediana, vindo em minha direção como um touro enfurecido, contudo é impedido pelo terceiro policial, o investigador chefe. Ele é alta patente.

— Saiam da sala — ordena em um tom irritadiço.

— Mas senhor…

— Eu mandei sair! — seu tom firme, deixando claro que não está aberto a discussão.

Meu sorriso vacila, direciono minha atenção ao investigador chefe da delegacia de homicídios de Roma. O nome dele é Pedro Giovanni, 48 anos aparentemente bem vividos. Ombros largos, braços cruzados frente ao peito dão um vislumbre de quão musculoso ele é. Queixo quadrado, maçãs do rosto angulosas, nariz ligeiramente arqueado, lábios carnudos e rosados, os fios grisalhos em um corte baixo dão um ar arrogante ao homem, não podendo esquecer de seus olhos azuis em um tom raro de se encontrar. Fitando um pouco mais, noto que eles estão vazios, desprovidos de emoções. Ele me analisa da mesma forma que faço com ele, quase imperceptível um canto da sua boca se eleva em um discreto sorriso. Algo que soa como uma ameaça velada.

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