Tatiana

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Levo o copo de vodka aos lábios enquanto assisto ao embate entre Falcone e Ferrari

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Levo o copo de vodka aos lábios enquanto assisto ao embate entre Falcone e Ferrari. A mão de Ricardo repousa na minha coxa, enquanto a minha está sobre a dele.

— Eu não quero me casar com uma desova Ferrari! — Amaldiçoa Lucca, acertando o punho sobre a mesa.

Seu peito sobe e desce rapidamente, a maçã do rosto está corada, o que leva a crer que ele está realmente nervoso. O que é novidade, já que Lucca Falcone interpreta muito bem o papel de bom moço da máfia.

Me questiono se ter me encontrado com Ricardo hoje mais cedo mexeu tanto com ele a esse ponto. Decido testar a teoria.

— Ai — um gemido de dor escapa dos meus lábios, apoio a mão no pescoço.

Todos os olhares se voltam para mim. Ricardo se vira para me olhar.

— Tudo bem, piccola? — Sua mão toca a minha que está no pescoço.

— Está tudo bem, só doeu um pouquinho — digo em forma de um sussurro.

— Meu amor, você deveria estar em casa se recuperando — diz Ricardo, envolvendo o braço ao redor do meu ombro e me aproximando do seu corpo. Apoio minha cabeça em seu ombro.

Meus olhos encontram os de Lucca, que me mira com um olhar assassino. Observo a veia do seu pescoço pulsando rapidamente, seus dentes cerrados e punhos fechados em cima da mesa.

Um sorriso brinca em meus lábios. Desvio a atenção para o velho Bellucci, que recomeça o seu discurso de merda.

— Muitos dos nossos estão morrendo, muitos recursos sendo desperdiçados em uma guerra estúpida por causa de uma mulher — afirmou o velho. — Somos mafiosos, caralho, vocês deveriam colocar a organização acima de tudo e não iniciar uma guerra por causa de uma mulher.

— Ele tem razão.—  Concordo. Todos os olhares se voltam para mim novamente.—  Vocês são homens da máfia, deveriam colocar suas organizações acima de qualquer coisa. — Meus olhos encontraram os de Domenico. — Como é o lema da Cosa Nostra? “Deve estar disponível a qualquer momento à Cosa Nostra, até mesmo se a mulher estiver para dar à luz”, não é? — Minha atenção cai sobre Lucca. — Como é que vocês da ‘ndrangheta falam? “Amare e onorare la mafia”, é isso?

— O que quer dizer? — Soou a voz rouca de Domenico. Observo um meio sorriso em seus lábios. Ele está convencido que somos aliados.

— Que os senhores estão causando problemas para as outras três famílias. — Me desvencilhando de Ricardo, me ajeito na cadeira. — Estão chamando atenção das autoridades para nossas operações, causando destruição em nossos territórios, o que dá vantagem aos nossos inimigos e nos coloca em uma situação perigosa.

— Faço minhas as palavras da minha filha — diz papai ao meu lado. — Recebi informações de fontes seguras de que Benito Di Paolo está na Itália investigando minha organização e minha família, isso após o acidente da minha filha. — Papai encara Marco com uma expressão assassina. — As merdas de vocês estão respingando nos meus negócios e no meu território… Então, se vocês não quiserem amanhecer com a garganta cortada, sugiro que encontrem uma solução para essa estúpida guerra.

— Eu não quero me casar — diz Lucca, seu tom goteja descontentamento.

— Veja isso como uma saída lucrativa para todos — argumenta o velho Michaelle.

— Por que não casa você com a prostituta da família Ferrari? — questionou Lucca.

— Como ousa falar assim da minha irmã? — diz Marco com aço em sua voz.

— Não se faça de rogado, Marco — diz Matteo, em um tom divertido. — É de conhecimento geral que sua irmã faz anal pra manter o hímen.

Mordo os lábios, reprimindo o som do meu riso, mas falho miseravelmente, atraindo a atenção de todos para mim.

— E como dizem: “A maçã nunca cai longe da árvore” — comentou Ricardo, em provocação.

— Tal mãe, tal filha — gracejou Luke.

— Filho de peixe, peixinho é — comentou Matteo.

Todos na sala estão rindo, menos os irmãos Ferrari e Lucca, que permanecem me encarando com os olhos furiosos.

[...]

Meus olhos passeiam pelo salão da Mansão dos Bellucci. Ricardo, papai, Domenico e Michelle estão em uma conversa interessante sobre territórios e uma possível caça ao desgraçado do Ziven.

Dou um último gole no copo de vodca e o deixo em cima da pequena mesa de madeira, levanto-me da cadeira e sigo em direção ao banheiro feminino. Não vi Isadora a noite toda e isso é um saco, preciso muito dela para a segunda parte do meu plano.

Sigo pelo corredor, giro a maçaneta e entro no banheiro, deixo a bolsa na pia enquanto vou para as torneiras lavar as mãos. Aperto o sensor e a água fria começa a cair. Coloco minhas mãos embaixo da água gelada e deixo-a lavar minhas mãos. Desde o sequestro, tenho TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo) e lavar as mãos é um alívio para minha tensão.

Meus olhos estão fechados. Respiro profundamente, acalmando meus pensamentos e me preparando para o show da noite.

Soa o som da porta de madeira batendo, passos pesados. Abro os olhos e encontro o olhar de Lucca pelo espelho.

— Está ocupado, não percebeu? — digo friamente.

Seus olhos brilham com intensidade, sua respiração pesada, peito subindo e descendo freneticamente. Reparo em suas pupilas dilatadas e percebo que o desgraçado está drogado novamente.

Meu coração aperta com a sensação que vê-lo assim me causa.

— Por que não atende as minhas chamadas? Por que está me ignorando? — Sua voz tem um timbre diferente, que causa um frio involuntário na barriga. Todas as células do meu corpo alertam para o perigo.

— Não sei do que está falando — digo, afastando-me da torneira e indo em busca de uma toalha de papel.

Pego a toalha e começo a secar minhas mãos com cuidado, sentindo seus passos se aproximando até que sinto seu corpo duro atrás de mim.

— Você está me deixando louco, garota. Estou completamente obcecado por você — sussurrou com a voz rouca.

Fecho os olhos, respirando seu cheiro inebriante de sândalo com um leve toque de begônia. Seu aroma faz com que meu coração bata mais rápido e meus pelos se arrepiem.

— Não percebe o que está fazendo comigo? — Seu nariz desliza pelo meu braço, ombro e pescoço, deixando um beijo por lá. — Não consigo tirar você dos meus pensamentos, é como se um maldito demônio possuísse cada minúscula célula do meu corpo e me torturasse, exigindo mais e mais de você, uma dose maior do que a anterior… Eu te quero tanto, farfalla.

Suas mãos deslizam pela minha cintura, prendendo meu corpo contra o dele, sua ereção esfregando-se contra minha bunda, suas mãos espalmadas em meu abdômen.

— Estou com ciúmes. Morrendo de ciúmes de vê-la próxima a outros homens… Você é minha! Tem que ser minha! Não posso e não aceito perdê-la!

Sua voz rouca, mãos quentes e trêmulas. Consigo sentir toda a carga emocional que ele está lidando e isso me alerta do perigo. Lucca está fora de si e isso pode ser perigoso para mim.

— Por que usou essa merda novamente? — Minhas mãos tocam as suas. Lucca me aperta contra seu peito de forma bruta, e deixo escapar um ruído dolorido.

— Culpa sua — seu nariz afunda nos meus cabelos, respirando profundamente meu cheiro — Eu disse, você está fodendo com a minha cabeça, eu te quero e penso em você todas as horas do meu dia… Eu acho que estou me...

— Não! — Digo friamente. — Não me jogue essas palavras se você não tiver certeza do que está falando.

— Tenho certeza — ele garante. — Penso em você o dia todo, você está em meus sonhos, me pego recordando das vezes que fizemos amor…

— Amor? — um riso histérico escapa dos meus lábios. — Pelo que me recordo, você disse que estava me fodendo — meu tom amargo.

— Era pra ser isso — Seu nariz pressionado contra minha pele sensível. — Eu queria te foder, te castigar porque viu através do meu disfarce, mas caí na minha própria armadilha… Agora eu realmente te quero, quero como minha! — Rosnou de forma possessiva.

— Você ama outra — Pisco algumas vezes, afastando a sensibilidade que tenta me agarrar.

— Mas estou apaixonado por você!

— Lucca? — Chamo, tentando afastar suas mãos do meu corpo.

Foi interessante e divertido, mas isso está começando a ficar perigoso demais. Não lutei dia e noite nos últimos anos para acabar morta no meio de um cabo de guerra estúpido entre Falcone, Salvatore e Ferrari.

Talvez a outra Tatiana se alegrasse com suas palavras, mas essa não. Sua confissão não me causa absolutamente nada. Minhas emoções estão desligadas, estou vazio, oco por dentro.

— Estou falando sério — murmurou rouco. — Estou apaixonado por você, farfalla travessa!

— Mas ainda ama outra.

— Me ensina a te amar? — fecho os olhos com força. — Permita que eu te ensine a se apaixonar por mim? Vamos dar uma chance a isso? A nós dois?

— Não tem “nós dois”, Lucca — digo francamente. — Nunca houve, e você sabe disso tão bem quanto eu.

— Não minta! — seu tom duro. — Sabe muito bem que não é só sexo, nunca foi. Você também se sente tão envolvida quanto eu, também ama a liberdade que só sente quando está comigo, porque sabe que somos iguais, a mesma sujeira por baixo do tapete, e juntos não precisamos fingir nem nos esconder, podemos ser livres.

— Lucca, você está drogado — digo, tentando me soltar.

— Conheço seu segredinho, e isso é o que a torna tão especial, tão insanamente desejável.

— Pare com isso — minhas mãos sobre as dele.

— Eu não quero uma menininha chorona como mulher — Ele rosna, sua mão grande desliza do meu abdômen até a fenda da minha coxa, seus dedos tocam minha pele quente — Eu quero você como minha mulher, minha esposa, uma mulher tão foda quanto eu e não a puttana da Isadora.

— Lucca — gemo sentindo seus dedos deslizando sobre minha calcinha.

— Casa comigo? — gemeu, afundando o dedo na minha boceta. Engasgo uma respiração ofegante, sentindo seu polegar escorregando sobre meu clitóris. — Casa comigo e juntos vamos buscar a vingança que você tanto quer?

— Porra! — Gemo, jogando a cabeça para trás, quando seus dedos me invadem.

— Casa comigo? E eu te prometo que trarei para você em uma bandeja de ouro a cabeça de todos os desgraçados que tocaram em você. Casa comigo que até o diabo se curvará perante a minha mulher.

— Para…

— Não, meu amor. — seus movimentos se tornam mais intensos, aperto as coxas prendendo seus dedos, seus lábios deslizam pelo meu pescoço selando beijos, sua mão livre aperta meu seio por cima do vestido. — Casa comigo?

— Você vai se casar com Isadora — murmuro com a voz falha.

Mordo os lábios reprimindo um gemido alto, luto para recuperar o controle do meu corpo, mas o modo como seu dedo bate contra meu clitóris me faz estremecer, derretendo de prazer.

— Eu vou dar um jeito nisso, me dá algum tempo e eu vou me livrar de tudo e aí seremos você e eu…

— Não!

— Farfalla?

— Isso é errado, Lucca. Você é o melhor amigo do Ricardo…

— Não fale o nome dele! — Seu tom é ácido e corrosivo, seus dedos batem forte dentro de mim de uma forma punitiva, mas é tão bom que afundo minhas unhas em suas mãos. — Você é minha, se não ficar comigo por bem, eu vou tê-la de qualquer forma, mesmo que seja à força. Ou será minha mulher, ou eu mato você!

Agarro sua mão, o impedindo de continuar. Estou queimando de raiva, fúria e uso isso como combustível. Nossos olhares estão fixos reciprocamente pelo espelho.

— Está me ameaçando? — murmurei.

— Estou colocando as cartas na mesa e lhe dando opções — disse, mantendo o contato visual.

Um sorriso pintou em meus lábios. Joguei a cabeça para frente, ganhando impulso, e voltei para trás com força, acertando a parte de trás da minha cabeça no rosto de Lucca, que soltou um grunhido alto. Acertei o cotovelo com violência em uma de suas costelas, obrigando-o a me soltar. Deslizei meu corpo para trás dele, acertando meu joelho na parte de trás da sua coxa, e, como esperado, Lucca caiu de joelhos no chão.

Deslizei a mão sobre a coxa esquerda, pegando minha lâmina afiada e pressionando-a contra seu pescoço.

Uma gargalhada estrondosa escapou do stronzo. Afundei ainda mais a lâmina em sua pele, dessa vez com força suficiente para cortar o local.

— Caralho! — gemeu Lucca.

Franzi a testa em confusão. Ele acabou de gemer? E não foi um gemido de dor, foi algo gutural, como de prazer...

— Puta que pariu! — amaldiçoei.

— Caralho! Assim você me faz gozar nas calças! — Gemeu, ofegante. Meus lábios se abrem, levanto as sobrancelhas em confusão.

— Mas que porra…?

— Per Dio farfalla — afasto a faca do pescoço de Lucca, dou alguns passos para trás colocando distância entre nós.

— Você é louco pra caralho! — assibilei — Eu vou deixá-la aqui antes que alguém apareça.

— Ainda não terminamos, farfalla. Não respondeu minha pergunta, mio amore. — diz me olhando por cima dos ombros.

— Eu não vou me casar com você, Lucca. E faz um favor para nós dois? Me esquece, ok?

Faço meu caminho em direção à porta. Destranco a porta, girando a maçaneta.

— Isso não vai acontecer. — diz em tom de promessa — Você é minha! Lutar contra isso só vai tornar tudo mais prazeroso.

— Psicopata do caralho! — abro a porta.

— O psicopata apaixonado! — Dou uma última olhada para ele antes de escorregar para fora.

Meu pulso dispara, meu coração batendo desfreado, engulo a seco sentindo o ar faltar nos pulmões.

— Marco?

gente deixa eu explicar paixão proibida está sendo reescrita, por tanto muitos fatos do livro de Domenico e Felipa vão acontecer nessa nova versão, as histórias estão sendo reescrita

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gente deixa eu explicar paixão proibida está sendo reescrita, por tanto muitos fatos do livro de Domenico e Felipa vão acontecer nessa nova versão, as histórias estão sendo reescrita. Novo enredo, novos personagens, novos fatos, então se vocês estiverem lendo baseado em laços da máfia, vão realmente ficar sem entender.

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