Tatiana

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Estou pensando em sortear um leitor para o canal vip, o que acha?

Samuel Genovese— Onde está minha filha? – Vocifero, agarrando o colarinho de um dos soldados no corredor

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Samuel Genovese

— Onde está minha filha? – Vocifero, agarrando o colarinho de um dos soldados no corredor.

Um dos malditos soldados que deveriam estar aqui para proteger minha filha, contudo, o fodido falhou miseravelmente.

— Eu... Eu não sei, chefe – Ele gagueja como uma garotinha assustada.

Uma das coisas que mais abomino são homens fracos. Meus soldados são fortes, forjados de aço e fogo, assim como eu. Assim como tenho feito com a minha menininha, não espero menos que isso dos que estão sob o meu comando.

— Não sabe? – Aumento meu aperto.

— Eu... Eu estava fumando... E quando voltei, a senhorita não estava mais aqui...

Um rosnado escapa dos meus lábios, fazendo o marica do meu soldado se encolher.

— E não foi atrás dela por quê? – Rosno na cara do fodido, que está suando com uma expressão de medo estampada na cara.

— Eu estava indo...

— Estava? — Busco a pistola no coldre, destravando a trava de segurança.

— Sim, senhor, eu já estou… — Ele se cala quando o cano da minha arma fica rente à sua testa — Chefe, eu…

Ecoa o estrondo do tiro. Escuto o grito histérico de Bárbara quando o sangue do fodido espirra em seu rosto, pescoço e colo. Olho por cima dos ombros, repudiando sua atitude estúpida. A mulher casou com um mafioso, vinda de uma família de assassinos, e ainda dá chilique por se sujar com um pouco de sangue.

— Patética!

Pela visão periférica, observei Alejandro, meu braço direito, se aproximar.

— Ela está no terraço. Vi pelas câmeras de segurança, mas precisamos ir agora — ele diz friamente, mas consigo ler nas entrelinhas “a merda vem grande”.

Faço menção de caminhar, sinto Bárbara vindo atrás, virei abruptamente, agarrando seu braço.

— Você fica — ordeno, sem dar-lhe espaço para resposta. Me viro e sigo até o terraço com meu braço direito.

A cada passo que dou, é como se sentisse o chão se abrir em meus pés. Senti que algo estava muito errado, que algo ruim estava por vir, mas, como o filho da puta que sou, ignorei os sinais.

Tatiana é tudo que tenho, tudo que posso chamar de meu, minha única filha, pois não sei se sua irmã ainda está viva e eu não quero, não posso e não vou perdê-la.

Porra, como eu odeio Abby! Odeio ela com todas as minhas forças. Ela não só me deixou, como abandonou nossa filha, abandonou uma e se perdeu no mundo com a outra.

Abby destruiu não só a mim, como nossa família, nossas crianças e, principalmente, nossa filha, que cresceu com a dor de ser abandonada em um canto qualquer para morrer.

Nunca consegui ser o pai que minha menina precisava. Eu estava afogado em minhas próprias mágoas, atormentado por meus próprios demônios. Não consegui protegê-la como deveria.

Corro pelo corredor rumo às escadas que levam ao telhado, sentindo o sangue correndo com força em minhas veias. Ouço meus próprios batimentos, a sensação angustiante de medo cresce a cada segundo que me demoro.

— Ela estava com Kate — diz Alejandro em um tom neutro, mas conheço o suficiente para entender que ele me recrimina por ainda não ter tomado uma atitude em relação a Kate.

— Entendi — digo, aumentando os passos.

— Você sabe que manter essa garota dentro da sua casa é um risco para a sua verdadeira filha, não sabe? — Seu tom é ácido. — E que ideia de merda foi essa de dar poder à bastarda? Nenhum dos seus homens vai obedecer aquela desova quando souberem da origem...

— Cala a porra da boca, seu fodido! — Vocifero.

— Como quiser, chefe — Ele dá de ombros — Mas você sabe que estou falando a verdade.

Diz, aumentando o passo. Passamos a correr escada acima para, enfim, conseguir enxergar a porta de aço já aberta.

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