Tatiana Genovese

6.8K 684 61
                                    

Não esqueça de comentar e deixar a estrelinha.

Tatiana Genovese 
— Estou bem, mãe — digo, tentando escapar dos braços de Bárbara, que me aperta em um abraço apertado

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Tatiana Genovese

— Estou bem, mãe — digo, tentando escapar dos braços de Bárbara, que me aperta em um abraço apertado.

— Está bem? Só pode ser piada, mocinha. Você sofreu um acidente, tomou chuva e ficou exposta ao frio de madrugada. Acha mesmo que vai me convencer com um "estou bem, mãe"? Nem pensar, senhorita. Vai ficar debaixo das minhas asas até se recuperar totalmente. Até lá, vai ter que me aguentar ao seu lado o tempo todo — diz Bárbara, selando um beijo na minha testa.
Sorri, retribuindo o abraço. Lembranças daquela noite invadem minha mente, ainda não tenho certeza se foi real ou fruto da minha imaginação. Mas decidi ficar de olho, alerta com tudo e todos. Pode ter sido como Kate disse, tudo foi obra da minha imaginação, mas que a verdade seja dita: fui drogada duas vezes seguidas. Quem quer que tenha feito isso fez para me prejudicar e se aconteceu duas vezes, podem tentar a terceira. E dessa vez estarei pronta, esperando para mandar o filho da puta para o inferno.

— Estou realmente bem, mamãe, não precisa se preocupar — digo, escapando dos seus braços e dando alguns passos para longe dela.

— Ainda assim, não vai se livrar de mim tão facilmente, mocinha — ela diz, com as mãos na cintura, me lançando um olhar preocupado.

— Estou realmente bem, juro — digo, levantando as mãos em forma de rendição. Bárbara me analisa por alguns instantes.

— Tá, mas você ainda precisa se alimentar direito e descansar. Seu corpo ainda não está cem por cento e precisa de repouso...

— Eu prometo — digo com firmeza. Ela me examina, ponderando minhas palavras, mas solta uma respiração pesada, concordando com a cabeça.

— Sem esforço, se hidrate a cada meia hora, coma uma fruta pelo menos de uma em uma hora para equilibrar o nível de açúcar no sangue. E o principal, tire alguns minutos para descansar — ela diz com uma expressão de preocupação estampada em suas feições — E o mais importante, me ligue se sentir qualquer coisa e não aceite remédios, água ou comida de estranhos... Filha, se cuida, Per Dio.

— Oh, meu amor — minhas mãos tocam seu rosto de forma carinhosa. — Vou cuidar de mim, prometo a você. Então, não se preocupe comigo, okay? — Dou um beijo estalado em sua bochecha, fazendo-a sorrir alegremente.

— Por mim, colocaria você em um potinho para protegê-la de toda a maldade do mundo, minha filha — disse Bárbara com os olhos marejados.

— Eu vou ficar bem, acredite em mim — dou um último beijo em sua testa e me afasto rumo às escadas que levam ao jardim.

— Filha — ela chama, fazendo-me olhar para trás. — Que Deus te proteja.
— Amém, mamãe!

Desço as escadas e encontro Alejandro me aguardando, suas mãos nos bolsos da calça, trajando um terno preto italiano feito sob medida para abraçar seu corpo forte e musculoso. Seus cabelos brancos e barba dão um charme ao homem de meia-idade.

— Hummm… Como ele se arrumou para vir me ver, até está usando perfume — provoco. — Está querendo me conquistar, Alejandro? — dou uma piscada para ele, que me encara com uma expressão de espanto, mas rapidamente limpa suas feições, ficando sério novamente.

— Garota abusada! — ele pragueja, me seguindo quando passo por ele rumo ao meu carro.

— Também te amo, dolcezza — piscando para ele, que balança a cabeça em negação.

— Hummmm… Alguém acordou de bom humor — diz, abrindo a porta do carro para eu entrar, fechando em seguida e dando a volta para sentar no banco do motorista.

— Então você é o meu novo motorista? Que maravilha — reviro os olhos com tamanha animação.

— Estou tão feliz quanto você. Mas tentaram te matar duas vezes, então até descobrirmos quem foi o desgraçado e matá-lo, preciso ser a porra da sua sombra. Então, sugiro que não faça nenhuma estupidez, se comporte, ou serei forçado a algemar você em uma cadeira…

O interrompi com um sorriso zombeteiro nos lábios.

— Sadomasoquismo? — Dou um tapinha em seu ombro — Sempre me perguntei o que Alejandro Giovanni, o braço direito del diablo, escondia… Cazzo, você é o quê? Dominador?

Sua expressão suaviza e um sorriso quase inexistente pinta em seus lábios. Não conseguindo me controlar, começo a gargalhar igual uma criança assistindo desenho animado.

— O quê? — Ele pergunta em tom descontraído — É demais para você, bebêzinha?

Bato com as mãos nas coxas, gargalhando igual uma louca, meus olhos lacrimejando enquanto dou risada. Dou risada até a barriga doer e, pouco a pouco, vou me recuperando.

— É bom vê-la assim — comentou Alejandro, encarando a estrada enquanto dirige.

— Assim como? — questionei, observando o homem enquanto ele dirige.

— Feliz — ele responde, dando um breve sorriso — Fazia muito tempo que não a via sorrindo assim.

— Fazia muito tempo que não me sentia assim — digo a verdade.

Há meses que escondo El lobo e isso tem me deixado paranoica, temendo ser descoberta a qualquer instante. E agora, sabendo que papai sabe e está me ajudando a encobrir minhas pistas, me deixa mais tranquila e posso voltar a respirar tranquilamente.

— Deveria sorrir mais, você fica linda quando o faz — diz Alejandro com um sorriso casto nos lábios.

— Não é que o velhote tem bom gosto — digo zombeteira e seu sorriso se alarga.

— Mas mudando de assunto — suas feições endurecem — Tem certeza do que está fazendo?

Balanço a cabeça fazendo bico.

— Tem certeza? Encontrar os irmãos Ferrari agora pode ser uma jogada arriscada.

— Está tudo sob controle...

Ele me corta e começa

— Não está sob controle. Você foi drogada e sofreu um acidente de carro, que, por sinal, foi provocado por um maledetto Ferrari. Seu tom áspero deixa claro o ódio que sente pelos Ferrari.

— Ele vai pagar por isso. Meus olhos encontraram os de Alejandro. Marco Ferrari vai lamentar por ter me usado! — Digo com certeza, como dois mais dois são quatro.

[...]

Aperto a campainha e, alguns instantes depois, a porta é aberta, revelando a silhueta imponente e o pórtico de Domenico Ferrari. O cara é um cuzão, mas é gostoso pra caralho. Contudo, não faz o meu tipo.

Respiro profundamente, entrando no personagem. Preciso focar e manter meus sentimentos longe, ou as coisas não sairão como planejado.

— Dom Ferrari — Sorrio timidamente. — Como está?

Meus olhos se encontram com os de Domenico. O encaro por três segundos e meus olhos caem sobre seus lábios, para em seguida voltarem para seus olhos azuis.

— Tatiana? — diz Marco em um tom tenso logo atrás de Domenico. Escuto sua voz, mas não o vejo, pois Domenico é alto e forte, e sua estrutura cobre meu campo de visão.

— É um prazer vê-la bem, bambina — diz Domenico com sua voz rouca.

— O prazer é todo meu — umedeço os lábios — Dom Ferrari.

Noto sua postura ficando tensa e sinto minhas bochechas corarem, o que me faz querer gargalhar, porque isso está sendo mais fácil do que imaginei.

— Deixe-a passar, Domenico — ordena Marco em tom rude.

— Que falta de modos da minha parte — diz Domenico, abrindo o espaço entre ele e a porta para eu passar. E assim faço, passando por ele e esbarrando suavemente nossos ombros.

— Oh, me desculpe — digo sem jeito.

— O erro foi meu — diz o don da Cosa Nostra com um sorriso nos lábios.

Meus olhos encontraram os de Marco, que me encara com uma expressão de dor, mas consigo ver sutilmente seu peito subir e descer mais rapidamente do que deveria. Ele está com raiva. Sorrio internamente porque isso será só o começo do que tenho para ele.

— Piccola — murmurou Marco, vindo na minha direção — Como você está? — Suas mãos tocaram meus ombros.

Seus olhos castanhos estão fixos nos meus. Enxergo por trás da sua fachada de homem íntegro, o subchefe justo e honrado que Marco pinta para o mundo. Por dentro, está tudo quebrado, em cacos, vazio. Vejo tristeza, solidão. Sinto uma fisgada no peito. Ninguém deveria ser assim, não é justo. Mas aí me lembro de suas palavras naquela manhã, nessa mesma casa, e toda compaixão se vai como em um passe de mágica.

Marco é tão miserável quanto eu, e quando terminar com ele, sua miséria será tão grande que ele vai desejar estar morto.

— Estou viva, subchefe Ferrari — digo, afastando suas mãos dos meus ombros.

Sua testa franze em confusão.

— Tentei de todas as formas vê-la no hospital, porém seu pai não me permitiu...

Preciso de muito autocontrole para não revirar os olhos para suas palavras.

— Me desculpe se vim em uma hora inoportuna — digo timidamente — Mas precisava de um instante para falar com o senhor — Digo me virando para Domenico, que abre um sorriso largo quando percebe que estou me referindo a ele e não a Marco.

— Como é? — questionou Marco, em um tom surpreso.

— Então você veio por mim? — questionou Domenico.

— Sim. — Meus olhos se fixam nos de Marco. — Estou aqui por você, dom Domenico. — Digo as palavras encarando Marco, que me fita com aquelas íris castanhas. Seu olhar queima sobre mim, mas rapidamente desvio minha atenção para Domenico. — Podemos conversar, ou vim em uma hora ruim? Posso ir embora…

Ele me corta e começa.

— Jamais lhe faria uma desfeita, dolcezza — Sua mão toca meu ombro. — Vamos ao meu escritório, onde teremos privacidade. — Diz Domenico com um sorriso zombeteiro nos lábios.

— Obrigado, Don Ferrari. — Digo sorrindo docemente para ele, que sorri olhando por cima dos meus ombros, provavelmente para o irmão.

Se for verdade o que Georgina disse, Domenico será um peão para derrubar Marco Aurélio Ferrari.

Me sinto mal por isso, mas ele é um maldito desova Ferrari e os Ferrari merecem sofrer.

Faço menção a caminhar com Domenico quando sinto a mão de Marco agarrar meu pulso.

— Está brincando comigo, não está?  — Questionou em um tom ácido.

— Solte a garota. Não seja rude com a nossa linda convidada...

— Que porra é essa? Linda? É assim que se refere a outra mulher quando sua esposa não está por perto?


— Que porra é essa? Linda? É assim que se refere a outra mulher quando sua esposa não está por perto?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O que achou do capítulo?

O que achou do capítulo?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
 PAIXÃO PROIBIDAOnde histórias criam vida. Descubra agora