Marco

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Boa leitura 📖


Marco Ferrari
— O que falei sobre ficar longe da vista de Samuel? —Questionou Domênico parado em pé na minha frente

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Marco Ferrari

— O que falei sobre ficar longe da vista de Samuel? —Questionou Domênico parado em pé na minha frente.

— Eu não queria deixá-la sozinha. — murmurei, colocando a bolsa de gelo no rosto.

— Você deveria ter me escutado, sua atitude só piorou as coisas. Olha o seu estado deplorável. E agradeça por Samuel Genovese não tê-lo matado.

— Ele bem que tentou. — meu olhar busca o de Domenico que me encara com uma expressão de poucos amigos.

— É compreensível, né? Você quase matou a filha dele.  — Meu irmão se senta ao meu lado — O que aconteceu que te deixou assim?

— Assim como? — Questionei quebrando o contato visual.

— Inconsequente. Essa atitude é mais o meu estilo do que o seu — ele diz de forma conhecedora.

— Lucca Falcone! — Domênico solta um rosnado só de ouvir o nome do seu rival — Ele está perseguindo ela. Eu fiquei com raiva e perdi a cabeça.

Enfeito pouco a verdade, ele não precisa saber que transei com ela e que na manhã seguinte ferrei com tudo e devido à minha idiotice ela bebeu, foi possivelmente drogada pelo maldito Falcone que transou com ela enquanto estava fora de si.


Eu confio em Domênico, contudo ele é traiçoeiro quando se trata de conseguir o que quer, ele prova cavaria isso é jogaria no ventilador só para prejudicar o Lucca, sem se importar como algo do tipo vai afetar a vida de Tatiana.

Domênico assim como Gabriel não sabe o que aconteceu no dia do sequestro da Genovese, Ana Bela e eu resolvemos guardar segredo sobre o que ocorreu naquele maledetto dia, então eles não entendem meus motivos para não lutar por ela.

Os reais motivos para não lutar por nada na minha vida, simplesmente existir em uma vida medíocre.

— O que quer dizer com isso? Como ele está perseguindo a filha de Samuel?

— Presenciei ele pressionando ela em Santorini. Ele está usando ela para esquecer Felipa…

Imediatamente me arrependo das palavras que escapam da minha boca, os olhos furiosos de Domênico me encaram como se mil punhais fossem disparados na minha direção.

— Muito cuidado com suas palavras. — ele rosna, meu irmão continua furioso, pois sabe que me declarei para sua esposa.

E ele tem razão, né?

— Vamos focar na situação atual — diz Gabriel, limpando a tensão entre nós.

— Tem razão — Concorda Domênico — O que aconteceu exatamente na estrada? Digo, como foi o acidente?

— Esperei ela sair de casa, segui até a estrada de terra que leva a Ostia, acelerei o carro passando por ela e fechei a ponte com o meu carro. — passo as mãos pelos cabelos puxando pela raiz — Eu juro que pensei que ela iria parar, ela é uma piloto e tanto… Ela deveria ter parado…

Fecho os olhos e a cena se repete várias vezes na minha mente, o carro vermelho em alta velocidade, o barulho dos pneus derrapando no asfalto, a poeira, o estrondo do carro batendo, o aroma que se mesclava no ar de sangue e gasolina, e por fim a explosão.

Meus dedos afundam ainda mais puxando meus cabelos com força, de forma punitiva, o erro foi meu, eu deveria estar naquela cama de hospital e não ela.

— Porra Marco! Que ideia estúpida! — Pragueja Domênico arremessando o copo que está em sua mão na parede — Estou a semanas negociando com Samuel, na tentativa de casar sua caçula com um Ferrari e você fode com tudo assim…

Sinto as veias latejarem de raiva, minhas mãos trêmulas, o suor escorrendo por minha testa, cerro os punhos.

— Então é isso? — me levanto em um rompante — É isso que tem para dizer? É isso? — Berro despejando toda minha fúria em Domênico.

— Marco se acalme. O que Domênico quer dizer é que…

— É que ele não se importa com porra nenhuma. — Minha atenção se volta para Gabriel — Nosso irmão só se preocupa com ele, com o que ele quer. Ele não se importa comigo, com Isadora ou com você, na verdade, Domênico só se preocupa com ele!

— Isso não é verdade. — Argumenta Domênico.

— Há, não é? — Estamos nos encarando fixamente — Então me diga Domênico, o que fez por mim ou por nossos irmãos? Nada! — seus olhos se apertam.

— Está sendo infantil, Marco! — Ele rosna.

— Infantil? A mulher que eu… — me calo buscando as palavras, entretanto elas não vêm. — Tatiana está no hospital, ela poderia ter morrido, mas você não consegue sentir empatia, compreensão e tão pouco entende o que estou sentindo. Desde que chegou só falou em território, aliança e os seus interesses, sempre seus interesses e tudo ao seu redor... Seu egocêntrico do caralho! Mas e os meus sentimentos? — Sussurro as últimas palavras com dor na alma.

— Seus sentimentos? — Ele dá risada — Você mal consegue dizer o que sente, isso é patético.

— Não é verdade, ele disse a sua esposa o que sentia. — comentou Gabriel zombando da situação e se virou para mim — Mas não disse que o demônio da Tasmânia foi só mais uma?

— Isso que me intriga, Marco, diz estar apaixonado por Felipa e agora fala de sentimentos por Tatiana. No fundo você não ama ninguém, não sabe a força desse sentimento. — Cospe as palavras Domênico, com uma expressão de repreensão.

Dói, né? Ouvir isso da pessoa que você dedicou a vida a cuidar, mas é isso, né? Sempre vem da pessoa que menos esperamos.

— Então é isso Domênico? — Berro segurando seu olhar.

— É exatamente isso, Marco. Não se pode ter tudo, ou você ama a Felipa, ou Tatiana… Fora que quem ama luta e até joga sujo para ter sua mulher. Eu fiz isso e não me arrependo…

O interrompo

— Esse é o ponto? Quer mesmo saber da verdade? Eu amo as duas! Estou apaixonado por Tatiana e por Felipa! É isso que você queria ouvir?

Meu corpo é lançado para trás, quando o punho de Domênico acerta minha carne, aperto os olhos sentindo a dor latejante no maxilar, o gosto metálico do sangue na minha língua. Jogo a cabeça para trás e uma gargalhada estrondosa escapa dos meus lábios.

— Você está muito louco da cabeça, Marco! — Ele balança a cabeça em negação — Não sei que merda essa menina tem na boceta pra você ter ficado assim, ou se essa porra está em você, só sei que não estou te reconhecendo mais. — diz Domênico saindo da sala.

Ele não está me reconhecendo? Eu não me reconheço há tanto tempo, nem me lembro mais como era o velho Marco, o Marco de antes de toda a merda. Porra, eu matei meu pai, a porra do meu próprio pai, tenho pesadelos com ele todas as noites, todas as maledetta noites nos últimos quatro anos.

Mas é claro, como Domênico iria perceber isso, se ele estava mais focado em foder tudo que usava saia, dentro e fora da máfia. Em momentos como esse me pergunto se valeu a pena fazer tudo que fiz por minha família? Por meus irmãos? Como eu posso amar, ou simplesmente admitir meus sentimentos quando não me sinto digno de amar e ser amado?
[...]

— Me deixe ao menos vê-la? — Peço a Samuel que rosna para mim, como se quisesse me partir ao meio com os dentes.

— Você é idiota? — Ele sonda — Acabei de dizer que não quero você e a sua maldita desova perto da minha filha! — Seu tom é mortal, seu olhar assassino está direcionado a mim.

— Não vou sair daqui sem vê-la. — digo me colocando de frente com Samuel Genovese, nossos olhares estão fixos reciprocamente.

Consigo sentir o ódio exalando dele, mas não recuo nem um passo, ele está com raiva? Foda-se eu também estou. Ele me odeia? Eu também me odeio. Ele mataria por ela? Eu também, então, que se foda.

— Domênico? — Samuel olha por cima do ombro para o meu irmão.

— Permita que Marco ao menos fale com sua filha antes de irmos? Só alguns instantes, você pode ter consideração…

— Posso. — Diz Samuel, cortando Domênico — Mas não vou. — Os olhos de Samuel voltam a se fixar em mim — Não quero sua maldita raça perto da minha filha!

— Foi um erro, Samuel, eu não pensei…

Ele me corta.

— Hoje foi uma fatalidade, mas em Santorini na minha casa?

— Caralho, ele viu. — amaldiçoou Gabriel.

Domênico franze as sobrancelhas notando que ele é o único que não sabe o que está acontecendo.

— O que aconteceu em Santorini? — Questionou Domênico em um tom duro.

Meu irmão odeia ser o último a saber de algo.

— Patético! — Samuel debocha — Que espécie de dom é você?

Domênico endurece me fitando esperando uma resposta e como permaneço em silêncio, Samuel começa.

— Ele quase atirou em Lucca Falcone, dentro da minha casa, enquanto ele estava junto da minha filha.

Os olhos de Domênico se arregalaram de choque, surpresa, ou sei lá o quê.

— Você fez o quê?! — Seu tom é ácido.

— Fiz o que você faria se estivesse na minha situação! — Digo firme — Lucca estava faltando com respeito com Tatiana, eu fiz o que qualquer um de vocês faria se estivessem em meu lugar!

— Tem um ponto — diz Samuel — Mas seu erro foi pensar em matá-lo na minha casa, com a minha filha na cena, esse foi seu erro Marco Ferrari, você foi dominado por seus impulsos, perdeu a porra da batalha mental e quem perde a luta com a própria mente é fraco. E eu não aceito fracos ao lado da minha filha, então seja inteligente e acate meu conselho, fique longe de Tatiana, ou…

— Ou? — Questionou Domênico com os braços cruzados na frente do peito, lançando um olhar severo a Samuel.

— Como eu disse a Lucca: Se algo acontecer com a minha filha, vou devolver três vezes mais forte — Os olhos de Samuel se voltam a Domênico — E será em uma ruiva adorável, conhece alguma?

Domênico solta um rosnado antes de começar.

— Deixe minha mulher fora disso!

— Isso depende de você Ferrari. Mantenha sua desova longe da minha filha e eu sigo meu caminho sem cruzar o seu, mas ignore o meu aviso e eu te farei ver o diabo como um santo comparado a mim!

— Samuel…

— Me conhece o suficiente para saber que não falo em vão. Viva a porra da sua vida de merda longe dos meus, cruze o meu caminho e farei lamentar o dia que nasceu!

Samuel ajeita o terno, nos lança um último olhar e sai caminhando como se fosse uma divindade maligna, imponente, pórtico, exalando poder.

— Marco…

Começa Domênico, porém o ignorei e segui atrás de Samuel. Ele estava na recepção, apertei os passos até alcançá-lo.

— Me permita casar com ela? — As palavras escapam da minha boca.

— Não. — Diz me olhando por cima do ombro.

Samuel volta andar, o que me causa uma sensação agonizante no peito.

— Eu faço qualquer coisa, porra! — Jogo todas as minhas fichas.

Ele parou e lentamente se vira para me encarar.

— Mesmo? — Um sorriso sádico pinta em seus lábios.

— Sim!

— Mate Felipa!

Meus lábios se abrem em forma de um O, franzo a sobrancelhas tentando entender o que está acontecendo aqui.

— Como é? — Meu tom saiu baixo.

— Mate Felipa, Natasha ou Evelyn… Não importa o nome dela, só preciso que esteja morta.

— Por quê? — Questionei temeroso, minhas mãos trêmulas, coração batendo descompassado.

— Importa? — permaneço em silêncio, então ele continua — Roxy se meteu com Tatiana, Felipa é sua sobrinha, então pensei em estragar seus planos e eliminar a ruiva.

— O que Tatiana tem a ver com Roxy? — Samuel me analisa por alguns instantes, antes de responder.

— Não importa. A questão aqui é: vai fazer o serviço ou não?

Permaneço em silêncio encarando o mafioso que balança a cabeça em negação, sua expressão deixa claro o asco que sente em me olhar.

— Foi o que imaginei. Você é fraco, Marco, por isso não é digno da minha filha! O homem que for casar com ela terá que vê-la como prioridade, será o homem que mataria a todos para mantê-la viva, você é um bom garoto, mas não é bom o suficiente para ser marido da minha filha!

— Mas…

— Não perca seu tempo, minha decisão está tomada. Então para a segurança da sua preciosa Felipa, fique longe da minha filha!

Samuel se vira e volta a caminhar me deixando parado na recepção assistindo sua silhueta desaparecer pelo corredor e com ele se vai toda minha esperança.

Minha mente parece perdida, confusa, enevoada, estou a beira de um colapso, forço meus pés a caminhar para sair desse maldito hospital.

Estou tão preso em meus pensamentos que mal notei o médico vindo em minha direção, só percebi sua presença quando seu ombro acerta no meu em um impacto poderoso que quase me joga para trás, mas rapidamente me recupero.

— Me desculpe! — Digo sem nem olhar para ele e me afasto.

[...]

Fecho os olhos sentindo meu mundo ruir e vir abaixo, a sensação angustiante de um nó se formando em minha garganta, o ar faltando nos pulmões, a dor que me atinge é como se mil punhais fossem cravados no meu peito, mas a morte não vem, só a dor agonizante dentro do meu coração, dilacerando lentamente.

Por que está doendo tanto? Eu já deveria estar acostumado, não é?
Mas aparentemente ainda não estou…

Ecoa o som do rádio, uma canção começa a tocar e eu sorri, mas não é de felicidade e sim sentindo-me frustrado pela ironia do universo.

Only love can hurt like this…

É a canção que toca na cafeteria do outro lado da rua.

— É, tem razão, só o amor pode machucar assim!

 — É, tem razão, só o amor pode machucar assim!

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