tatiana

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Sigo pelos corredores me sentindo tonta, muitas emoções em uma só noite, muitas dores de cabeça no mesmo salão

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Sigo pelos corredores me sentindo tonta, muitas emoções em uma só noite, muitas dores de cabeça no mesmo salão. É isso que dá querer assobiar e chupar cana ao mesmo tempo.

— Senhorita Genovese? — Olho por cima dos ombros encontrando o soldado que estava no apartamento de Marco no outro dia. Qual o nome? Lucius, Lucian, Luciano, Lúcifer... Não importa. Quem liga para um soldadinho da Cosa Nostra?

Rapidamente me viro para encará-lo. Meus pelos se eriçam, um calafrio percorre minha espinha e uma sensação angustiante me toma.

— O que foi? – Pergunto séria, tentando esconder meu desconforto.

— Podemos conversar? — Questiona, se aproximando. Faço um esforço do caralho para não me afastar e demonstrar que ele me afeta e assusta.

— Não temos nada o que falar, soldado! — Devolvo firme, colocando-o no devido lugar.

— É do seu interesse, senhorita Tatiana, é sobre o subchefe Ferrari e o Dom Domênico e o que eles pretendem contra a senhora.

[...]

Desço para o salão, varro o lugar até encontrar Isadora, sorrio internamente e me aproximo lentamente, como um lobo prestes a devorar o cordeiro inocente.
Me aproximo da sua mesa, me inclino cumprimentando todas as moças que estão em sua companhia.

— Olá! Como estão? — Questionei, colocando meu melhor sorriso nos lábios.

— Estamos bem e você? Notícias da Kate? Ainda estou chocada com o que aconteceu — Questionou Ana Bela, sorrindo falsamente.

— Está melhor do que a gente, acredite — digo, lembrando do presente que mandei para ela.

Me aproximo de Isadora fingindo um abraço e sussurro próximo ao seu ouvido só para ela escutar.

— Eu sei o que você fez, vadia burra! — Me endireito, mantendo o sorriso.

Os olhos de Isadora estão arregalados, sua postura tensa, a expressão amedrontada em seu rosto é hilariante.

— Foi um prazer vê-las! — Digo, afastando-me da mesa e seguindo em direção ao banheiro. Dou uma última olhada para trás e percebo que Isadora se levantou e está vindo atrás.

Meus olhos varrem o lugar procurando Lucca, e o encontro encostado na parede com seu irmão Matteo, seus braços cruzados na frente do peito, seus olhos de águia queimam sobre mim de forma obsessiva.

— O que sabe sobre mim, garota insuportável? — Questiona Isadora, agarrando meu braço. Meus olhos permanecem cativos nos de Lucca, percebo sua tensão ao ver Isadora me segurando.

— Nossa, Isa, assim me magoa. Está com medo? — Questiono, focando minha atenção na garota.

— Responda a minha pergunta, cazzo — ordena em um tom duro.

— Aqui? — puxo meu braço, forçando-a a me soltar — Onde todos podem ouvir?

— Está blefando! — diz, duvidando de suas próprias palavras.

— Pense o que quiser. Vai pagar para ver? — Volto a caminhar — Mas seria interessante ver a reação dos seus irmãos quando descobrirem que tipo de vadia barata você é.

Sigo até o banheiro, ouvindo os passos ruidosos de Isadora logo atrás. Antes de alcançar a porta, sinto sua mão segurando meu braço novamente.

— Hummmm, toquei em um ponto sensível — provoco, me virando e encontrando sua cara de vadia mal comida. — A vontade de gargalhar é surreal.

— O que você sabe? — Sua voz falha, mas ela se esforça para se mostrar fria.

— Sei que o seu noivo é um gostoso! — Umedeço os lábios, um gemido escapa deles — Você não tem noção de como foi prazeroso transar com ele. Insaciável e incansável. Tá de parabéns!

— Vagabunda! — Ela esbraveja.

— E o Ricardo? — Faço uma expressão de prazer. — Tem noção de como eu gritei enquanto ele me fodia com a língua? Mulher, que boca gostosa ele tem — solto um suspiro pesado para irritá-la. — Na cama, no meu closet, no banheiro… Nossa! — Sorrio satisfeita. — Ele me fez gozar três vezes seguidas!

— Sua piranha! — Suas unhas afundando na minha carne.

— Eu ainda transei com seu irmão Marco — me aproximo dela. — E vou fazer o mesmo com Domenico, Gabriel... O Alexo deixo para você dividir com a puta da Kate.

Meu rosto vira bruscamente, uma queimação na bochecha, abri os lábios em forma de um “O”, surpresa pela audácia da aprendiz de piranha.

Meus dedos tocam o local da bofetada e um sorriso pinta meus lábios.

— E sabe o melhor? Vou continuar transando com o Lucca mesmo depois do seu casamento, isso se houver casamento, porque hoje ele se declarou para mim e disse... — me calo abruptamente sentindo o impacto de outra bofetada.

Isso está melhor do que eu esperava.

— Desgraçada! — Ela berra. — Todos vão saber que você é uma puta que está fodendo com Ricardo, meu irmão Marco e o meu noivo Lucca! — Ela grita alto a plenos pulmões.

Uma gargalhada contagiante escapa dos meus lábios, sem o meu controle. Está saindo melhor do que o esperado.

— Acha engraçado? — Ela rosna, ameaçando me bater novamente.

— Sim, e vai ficar ainda mais. Quer ver?

— O que…?

Puxo meu braço com força, fazendo suas unhas cortarem minha pele, manchando-a com sangue. Levo as mãos aos cabelos, os bagunçando, passo minhas próprias unhas no colo e pescoço deixando uma trilha de arranhões e, para fechar com chave de ouro, rasgo a frente do meu vestido, revelando a belíssima peça de um meia-taça da última coleção.

— O que está fazendo? — Ela grita. — Pare com isso agora!

— Pare! – Grito, me jogando para trás, meu corpo batendo de encontro com o chão duro — Pare, Isadora, pare! — Grito, choramingando.

— Pare com isso, agora! — Ela ordena.

— Pode me chamar de sócia, ou prefere cunhada? — Provoquei, observando a expressão de Isadora escurecer e ela pulou sobre mim com fúria.

Bingo, a rata caiu na armadilha.

— Eu vou te matar, desgraçada! — Ela berra, agarrando meus cabelos.

— Isadora! — Ecoa a voz de Domenico, e em seguida a garota é arrancada de cima de mim. — Qual é a porra do seu problema?

— Foi ela — se defende, se debatendo nos braços do irmão.

Dos meus olhos escorrem lágrimas grossas, um soluço rompeu meu silêncio.

— Foi minha culpa, Dom Ferrari! — Murmurei. — Eu quis ajudar na questão do casamento, mas ela tem razão, não é da minha conta.

Os braços de Domenico se envolvem na minha cintura, me tirando do chão. Rapidamente me viro, abraçando ele como uma garotinha assustada e ao invés de me afastar ele retribui o gesto.

— Eu só quis ajudar, mas ela… — meu choro ecoa pelo corredor.

— Ela está mentindo! — Esbraveja Isadora. — Ela que começou...

— Não minta, Isadora! — diz em tom duro. — Olha o estado da garota, ela está arranhada, roupa rasgada, cabelo bagunçado. Cazzo, não bastava a merda do Marco? A Ragazza mal saiu do hospital, agora você, Isadora?

— A culpa foi minha, don Domênico. — Sua mão espalmada nas minhas costas e a outra acariciando meus cabelos.

— O que você fez? — questionou Domênico.

— Eu disse que ela deveria se casar com dom Lucca, que seria bom para sua organização e assim, com a paz, talvez papai considere uma aliança entre Ferrari e Genovese — me aperto contra o peito de Domenico. E ele me aceita de bom grado e retribui.

— Dome, não foi isso que aconteceu…

Corto ela e continuo:

— Isadora está equivocada, ela pensa que estou… — um soluço escapou dos meus lábios. — Ela acha que estou interessada no senhor, mas eu sei que está casado e respeito isso…

— Está interessada em mim? — Seu tom rouco próximo ao meu ouvido.

— O senhor é um homem comprometido, eu jamais...

— Mentirosa! — grita Isadora.

— Eu sinto muito, Dom Domenico. Eu só tentei ajudar para facilitar as alianças entre nossas famílias, mas Isadora me odeia. Ela acha que sou amante do noivo dela e que quero o mesmo com o senhor, mas eu juro que não.

— Tudo bem, piccola, não é culpa sua — diz Domenico, acariciando meus cabelos gentilmente.

— Mas que porra está acontecendo? — escuto a voz de Marco.

— Cazzo! E Domenico Ferrari ataca novamente — Agora quem fala é Gabriel.

Ouve-se passos, passos pesados e furiosos, e em seguida sou arrancada dos braços de Domenico com violência. Tropeço nos meus próprios pés e quase caio, mas sou amparada por braços fortes.

Bato de frente com um corpo duro. Assim que meu rosto bate contra seu peito, o aroma de sândalo mesclado com begônia invade minhas narinas. Ele me aperta de modo possessivo e protetor.

Nem preciso olhar para saber que é Lucca.

— Quem caralhos fez isso com você? — questionou entre dentes, me afastando e examinando meu corpo.

— Foi culpa minha — murmurei entre lágrimas.

Lucca se afasta um pouco, retira o blazer e o coloca sobre o meu corpo, cobrindo a renda do meu sutiã.

— Não respondeu à minha pergunta. Quem fez isso com você? — Seu tom é puro aço.

— Deixa para lá — minhas palavras engasgam — A culpa foi minha de qualquer forma.

— Está vendo, Domenico? — Ecoa o som dos saltos de Isadora — Eles estão tendo um caso…

— Cale a boca, Isadora! — Ordena Marco. — Já chega!

— Gabriel, leve Isadora e Ana Bela para casa. Lidarei com ela depois — Ecoa a voz de Domenico.

Me desvencilho de Lucca e viro rapidamente para Domenico.

— Não brigue com ela — peço, dando um passo em sua direção, mas Lucca me segura, prendendo-me no lugar — Ela está com ciúmes, ou confusa... Eu é que devo me desculpar. Quis ajudar e causei todo esse caos.

— Isadora fez isso com você? — Questionou Lucca em um tom assassino.

Me viro para ele, seus olhos felinos analisam meu colo, pescoço, fixando-se em meu rosto.

— Seus lábios — seu dedo toca levemente meu lábio inferior — estão cortados.

Meus lábios tremem, lágrimas escorrem dos meus olhos, soluços escapam.

— Isso não vai ficar assim — diz entre dentes, olhando por cima dos meus ombros.

— Tatiana? — Ecoa a voz de papai. Olho por cima dos ombros de Lucca, vendo papai e Ricardo se aproximando lado a lado.

— Papai? — Chamo, afastando-me de Lucca e correndo para os braços de papai.

— O que aconteceu, querida?

— Me leva pra casa — digo, afastando-me. Meus olhos encontram os de Ricardo.

Seus olhos semicerrados e furiosos, maxilar trincado, em ângulos assassinos. Ele abre os braços e, sem pensar duas vezes, mergulho neles. Ricardo me envolve em um abraço apertado, apoio minha cabeça em seu peito e ouço seu coração batendo desenfreado

Envolvo meus braços ao redor da sua cintura, mergulhando na sensação única de proteção que sinto unicamente quando estou em seus braços.

— Minha pequena, o que aconteceu? — murmurou rouco.

— Leve minha filha para casa, Ricardo. Preciso lidar com essas desovas definitivamente — disse Samuel em tom rude.

— Papai, não…

— Vá com seu noivo, Tatiana! — ordenou papai.

— Noivo? — murmurei em choque.

— Noivo? — ecoaram em uníssono as vozes de Lucca, Marco e Domenico.

Sinto o suor frio escorrendo por minhas costas, ouço claramente as batidas do meu próprio coração, meus lábios estão secos, o ar parece escasso, sinto uma náusea me tomando e de repente tudo escurecendo. Minhas pernas fraquejam, tudo ao redor começa a girar…

 Minhas pernas fraquejam, tudo ao redor começa a girar…

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