marco

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Meus dedos se fecham ao redor do seu pulso com mais força do que gostaria

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Meus dedos se fecham ao redor do seu pulso com mais força do que gostaria.
Minha respiração ofegante. Poderia facilmente dizer que corri um km no último minuto, mas, na realidade, é fruto da raiva insana que sinto ao vê-la me ignorando, ao vê-la sorrindo para outro homem e esse homem não ser eu.

— Por que está fazendo isso? — Questionei seriamente.

— Fazendo o que? — Questionou, franzindo as sobrancelhas em confusão.

— Não brinca comigo. — Rosnei entre dentes. — Tem noção do inferno que tenho vivido desde a manhã que saiu por essa porta sem me dar chance de explicação? — Cerrando os dentes com força. — Você, por acaso, tem noção do inferno que tem sido saber que estava ferida e não ter permissão para vê-la? — Digo, sentindo toda a onda de emoções dos últimos dias voltando com força.

— Estou aqui para falar com Dom Ferrari e não para discutir coisas sem importância — diz em um tom neutro.

— Sem importância? — repito exasperado — Você quase morreu em meus braços, passei os últimos dias em um tormento sem fim por não saber como você estava — explico enfurecido.

Os lábios de Tatiana tremem, observo sua garganta se contrair suavemente, criando uma ondulação descendente ao engolir em seco. Meus olhos se fixam nos dela, e os encontro tristes... E isso me atinge com tanta força que sinto o ar faltando nos pulmões.

Porra, ela está sofrendo, está magoada, e a culpa é toda minha.

— Como vê, subchefe Ferrari, eu estou bem — Ela puxa o pulso me obrigando a soltá-la — Obrigado pela preocupação — Seu tom é ácido e corrosivo, e ela nem se dá o trabalho de disfarçar.

— Me chame de Marco, principessa — ela me encara como se tivesse acabado de ofendê-la ao chamá-la de princesa.

Meus olhos caem sobre o seu corpo, examinando cada pequena parte para ter certeza, por mim mesmo, de que ela está bem.

— Eu tentei te visitar — digo, dando um passo em sua direção, mas ela se afasta, indo para trás e esbarrando novamente em Domênico.

Aperto meus olhos, observando quando Domenico coloca suas mãos sujas nos ombros de Tatiana. Quem ele pensa que é para tocá-la?

Meu peito sobe e desce rapidamente, coração batendo descompassado, como se a qualquer instante pudesse explodir na minha caixa torácica, o gosto amargo do ciúme impregnado na minha boca, me causando náuseas.

— Vamos para o meu quarto? Podemos conversar e eu explicarei todo o mal entendido daquela manhã — digo, estendendo a mão para que ela segure.

— Não! — Diz firme, se afastando ainda mais de mim, como se eu fosse portador de alguma doença contagiosa.

Sinto um frio involuntário puxar meu ventre, quando me dou conta de que o movimento que ela fez a colocou contra o peito duro do meu irmão.

Meus olhos se encontram com Tatiana, que me lança um olhar acusatório, e seguem para Domenico, que parece estar com a mente longe, encarando fixamente a menina à sua frente. Sua mandíbula está travada e seu peito sutilmente sobe e desce mais rapidamente. Observo-o respirando o ar, inalando seu perfume.

Domenico, desde criança, sempre teve o hábito de pegar o que era meu: meus brinquedos, meus gibis, tudo que se intitulava meu, Domenico tinha o prazer de tomar para si. Mas ela não, ele já tem Felipa. Não vou permitir que ele roube Tatiana de mim.

— Domenico Ferrari ataca novamente, senhoras e senhores… — murmurou Gabriel, em tom de humor.

A fúria vem em minha direção com tanta força que, sem pensar duas vezes, avanço sobre eles, pronto para tirá-la dos braços do stronzo do meu irmão, que a segura de uma forma que faz minhas entranhas se retorcerem. Sinto o gosto amargo da bile, o ódio correndo com força por minhas veias.

— Me escuta? — Rosnei, agarrando seus braços com força e afastando-a do toque do fodido Domenico. Seu corpo magro bate contra o meu peito, minhas mãos deslizam dos seus braços e vão para suas costas, apertando-a contra o meu corpo. — Me escuta, por favor, eu te imploro.

— Marco, me solta! — Suas mãos pequenas empurram meus ombros para que eu a liberte, contudo é em vão, pois aumentei meu aperto.

— Não! — Meus olhos encontram os de Domenico, que me fita com uma expressão assassina. — Saiam! — Ordeno aos meus irmãos.

— Me solte, Marco... Me solta, cazzo! — Ela esbraveja e se debate em meus braços.

— Solte a menina, Marco! — Proferiu Domenico. — É uma ordem!

— Eu mandei saírem, porra! — Rosno, ignorando suas palavras.

Gabriel se aproxima de Domenico, fazendo sinal para que saiam, mas Domenico permanece parado, me fuzilando com os olhos, com os punhos cerrados.

— Eu mandei soltá-la...

— Eu disse para saírem! — Berro, e por fim, Domênico se vira e sai da sala, rosnando alguns palavrões, e Gabriel o segue.

Meus braços permanecem ao redor da garota, apertando seu corpo contra o meu. Amaldiçoo o fato de estar vestido e não poder sentir o calor da sua pele contra a minha.

O cheiro de pêssego, com um leve toque de belladonna, invade minhas narinas, atingindo diretamente todas as barreiras da minha mente.

Engulo a seco, sentindo meu autocontrole desaparecer. Tento respirar e buscar algo para me agarrar, mas tudo que vem é a sensação incrivelmente insana que sinto todas as vezes que a tenho em meus braços.

O som do coração é amplificado, ecoando no peito como um tambor frenético. O ritmo está completamente descompassado, batendo de forma errática e caótica. Cada batida é um suspiro acelerado, como se estivesse tentando acompanhar um ritmo impossível de seguir.

A mente fica nublada, incapaz de focar em algo além da sensação pulsante no peito, como se estivesse lutando para se libertar de alguma prisão invisível. É a expressão máxima de intensidade dos meus sentimentos, que faz com que meu corpo se renda à emoção e o ritmo cardíaco perca totalmente o controle. E sem conseguir conter a fera no meu peito, as palavras simplesmente escapam dos meus lábios sem se importar quais serão as consequências.

— Eu tô apaixonado por você, cazzo! — Rosnei, encostando minha testa contra a dela, que permanece imóvel.

— Está louco? — Questionou incrédula

— Eu estou completamente apaixonado por você! — As palavras saem e com elas sinto como se um peso fosse arrancado dos meus ombros e uma sensação de alívio me toma.

— Está? — murmurou suavemente.

— Estou, amor — afasto nossas testas, nossos olhares se encontram cativos.

Seus lindos olhinhos castanhos estão marejados, seus lábios tremendo. Permanecemos nos encarando em silêncio por um longo minuto, até que por fim sua expressão suave começa a se transformar em um sorriso sarcástico. Ela sorri, mas o sorriso não chega aos seus olhos.

— Nossa! Isso foi bom, eu quase acreditei! — Sua sobrancelha arqueada, dando a ela feições duras, o que vai contra a garota doce que é.

— Eu falei sério — digo a verdade.

Um riso histérico escapa de sua garganta. Franzo o cenho em confusão.

— Ai, Marco, não precisa mentir — seu sorriso morre, dando lugar a uma expressão de repulsa — Há poucos dias, nesta mesma sala, ouvi suas palavras, lembra?

— Tati, eu...

— Você dizendo que eu era só mais uma boceta, dentre tantas outras — seu tom goteja veneno — Mas tudo bem, a culpa foi minha — um sorriso triste pinta em seus lábios — Eu te admirava, via em você algo especial, alguém especial — observo o movimento da sua garganta quando ela engole a seco — Eu via em você o príncipe que me salvou do inferno...

— Eu ainda sou...

— Aquele Marco só existiu na minha mente. — nossos olhos permanecem fixos, consigo ver por dentro, o que ele costumava esconder, mas que agora não se dá ao trabalho de disfarçar.

— Mia principessa...

— Não me chame assim! — Ela esbraveja — Eu não sou a sua fodida princesa!

— Eu sei que está chateada porque escutaste as mentiras que disse a Gabriel aquela manhã, mas só me escuta um instante e eu prometo que tudo fará sentido, por favor? — Peço em forma de súplica.

— Não precisa explicar nada, tudo o que precisava ser dito foi dito, é isso que importa — devolveu cortante.

— Foda-se, você vai me ouvir de qualquer forma — aperto-a contra o meu corpo enquanto ela tenta me afastar — Nada do que disse naquela manhã foi verdade. A noite que tivemos foi a porra da melhor noite da minha vida. Eu amei cada segundo que estive ao seu lado... Acordei aquela manhã para fazer café para tomarmos juntos e passarmos o dia abraçados naquela cama. Contudo, quando cheguei na cozinha, me deparei com Gabriel, que me perguntou como foi a noite que tivemos juntos e eu... Eu fiquei fodido de ciúmes com a ideia do meu irmão pensar em você de forma íntima... Por isso, disse o que disse, mas eu juro por Zeus e pela Cosa Nostra que nada, nenhuma palavra foi real. Tati, eu juro por tudo que é mais sagrado na minha vida que nada do que disse foi real.

Aperto-a em meus braços como se nossas vidas dependessem disso. Ela parou de lutar, mas não retribui meu abraço. Suas mãos estão ao lado do corpo enquanto eu a abraço como se ela fosse a coisa mais importante do mundo.

— Sabe por que escolhi você? — Murmurou suavemente.

— Por quê?

— Porque, entre todos os outros, você era o único que eu considerava especial. Especial de verdade para ser o primeiro homem a fazer sexo comigo por minha escolha — sua voz falha.

Aperto os meus olhos, minhas mãos tremem, sinto como se uma lâmina afiada estivesse dilacerando meu peito.

— Eu...

— Você está apaixonado pela sua cunhada e me usou... — Sinto dor em sua voz — Foi apenas mais uma transa para você, mas era especial para mim, pois naquela noite, quando escolhi me entregar a você, eu quebrei um ciclo de dor, me libertei de um trauma. Eu fui apenas um objeto para você, enquanto você foi importante para mim...

— Você não foi apenas uma boceta — afastei nossos corpos, minhas mãos deslizaram das suas costas até o seu rosto, segurando suas bochechas entre meus dedos — Você foi importante, foi especial, você é especial… Estou completamente apaixonado por você! — Murmurei com os olhos fixos nos dela.

Ela sorri, mas seu sorriso não alcança os olhos.

— Como eu gostaria de acreditar em você — sussurrou em um tom triste.

— Então acredite, porque tudo que estou te dizendo é a mais pura verdade.

Nossos olhares cativos, seus olhos marejados, seu peito sobe e desce freneticamente. Se ela soubesse o quanto me dói vê-la assim, frágil, vulnerável. É como se uma faca cega estivesse me rasgando lentamente e dolorosamente.

— Eu sempre estive apaixonado por você, Marco — um sorriso brinca em seus lábios, seu olhar distante. — Mas o Marco por quem me apaixonei não é real, foi uma criação da minha mente...

Minhas mãos deslizam por seu rosto até sua nuca, seguro seus cabelos entre meus dedos.

— Ainda sou o mesmo que te salvou naquela noite, ainda sou o mesmo principessa, ainda sou o seu Marco, mia piccola tentazione — sussurrei.

Seus olhos castanhos estão presos aos meus, assisto uma lágrima solitária escorrer dos seus olhos, deslizando por suas bochechas.

— Eu ainda sou o mesmo, mia principessa, sou o seu Marco, amore mio.

Engulo em seco, sentindo meu corpo entrar em combustão. Eu a quero, eu preciso dela com todas as minhas forças. Preciso dela.

Dou um passo para frente, me aproximando, avançando sobre ela. Meus lábios colidem com os dela, deslizo a língua sobre eles, provando seu sabor antes de escorregar minha língua para dentro de sua boca.

 Meus lábios colidem com os dela, deslizo a língua sobre eles, provando seu sabor antes de escorregar minha língua para dentro de sua boca

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