Ricardo

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Ricardo Salvatore

— Faça alguma coisa, Ricardo — murmura Bárbara, andando de um lado para o outro na sala de estar.

Com os olhos fechados, massageei as têmporas, tentando aliviar a tensão. Tatiana está desaparecida, não há nenhuma pista, nem um sinal, mas sei que ela está viva e vou encontrá-la e trazê-la de volta.

Respiro profundamente, limpando minha mente. Preciso estar lúcido.

— Está me escutando, Ricardo? — Ecoa o som da voz irritante de Bárbara. Abro os olhos e encontro sua atenção em mim. Solto um rosnado antes de começar.

— O que você quer agora? — Meu tom áspero a faz olhar para baixo, seus olhos castanhos marejados, mãos trêmulas, olhando melhor, noto seus cabelos bagunçados. Ela está um lixo.

— Aquela mulher está na minha casa… — Bárbara se aproxima — Aquela prostituta maledetta está na minha casa, com o meu marido…

— Cuidado com o que fala. — Soa o tom ameaçador de Luke do outro lado da sala. Nem me dou o trabalho de olhar para ele, pois sei que está me fuzilando com os olhos.

— Eles estão apenas conversando, Bárbara, apenas isso — digo sem dar muita importância em pensar no que estão fazendo ou deixando de fazer. Isso não é da minha conta. Não me preocupo com quem Samuel se relaciona. Se minha irmã quer ficar com o marido, que ela mesma lide com essa situação, pois meu objetivo é Tatiana.

— Ah, por Deus, Ricardo — resmunga — Aquela mulher imunda, devassa, pecadora, veio para minha casa para disseminar a imoralidade…

Escuta-se o estalar de língua seguido por passos pesados. Ergo minha cabeça para ver Luke em pé na frente da minha irmã com uma expressão assassina.

— Eu disse para tomar cuidado com suas palavras — grunhe, entre dentes.

— O que eu falei de errado? Hein? — devolve Bárbara, me colocando em alerta — Sua mãe é amante do Ziven, o homem que estuprou e engravidou sua irmã…

— Sua vagabunda! — Grita Luke, cerrando o punho e avançando em direção à minha irmã, permito que acerte o primeiro tapa. Rapidamente me levanto e me coloco na frente dela.

Sorrio internamente, era o que eu precisava para dar uma surra nesse frangote de merda.

— O que? — Indago — Acha mesmo que vai levantar sua mão para a minha irmã e ficar por isso mesmo? Seu merdinha covarde que, no primeiro problema, corre para baixo da saia da mamãe.

— Vai defender a irmãzinha? — gracejou — Duas escórias. A piranha religiosa e o tio pedófilo.

Minha respiração está ofegante, sinto a ira crescendo no meu sistema. Era isso que eu precisava, porra, adrenalina correndo pelo meu cérebro.

Preciso me sentir vivo, pois desde que a minha garota foi levada, sinto como se um buraco negro tivesse sido aberto no meu peito. Tudo está vazio, sombrio, sem vida.

Umedeço os lábios, um sorriso brinca em meu rosto.

— Nós somos a escória? — Questionei, meu sorriso cresce. — Pelo que me recordo, você que foi expulso de casa pelo seu pai. — Acuso, deixando meu sorriso morrer.

— Filho da puta! — Amaldiçoou entre dentes.

— O quê? Esqueceu? — Avanço um passo para frente. — Eu ajudo a refrescar sua memória: seu pai te expulsou de casa porque você, seu pervertido deturpado de merda, ficou com o pau duro ao abraçar sua irmã… Seu doente do caralho…

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