Capítulo 1 ( As duas fazendas )

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Freen/pov

Hoje, com certeza vai ser um dia cansativo, afinal, temos que juntar gado de duas fazendas diferentes para poder continuar nossa viagem.

Pego as coisas que vou precisar para o dia, junto delas o meu laço bom e rápido, sou até suspeita para falar, mas eu não me lembro qual foi a vez que já errei um laço.

Depois que termino de colocar a sela em meu cavalo, volto para o galpão onde estávamos acampados. sim, a gente fica em galpão a cada viagem que fazemos para facilitar o trabalho de cuidar da tropa de cavalos e não incomodar ninguém.

Ao todo somos 8 peões boiadeiros no momento, sendo um deles meu irmão Heng e minha amiga Nam, que fomos criadas bem dizer como irmãs. o resto são peões que estão com a gente faz um tempo.

Chego no galpão e vejo Nam terminando de preparar o café.

- e aí, sem futuro - falo dando um leve tapa em sua cabeça

- fala, mosquito da dengue - ela mostra o dedo do meio.

pego um copo e coloco um pouco de café para degustar. Sinto ele invadir meu paladar, um café delicioso, forte que faz acordar até difunto. Nam sempre acerta. era o que eu precisava para acordar.

- ficou bom o café? - ela pergunta com um sorrisinho convencido

- não

- admiti, Freen.

- ficou não - ela mostra língua
- cadê o resto do povo?

- foram atrás dos animais pra poder ir

- boa...- não demorou muito e escutamos eles chegando. desci, e fui até eles.

- Heng, tá tudo certo aí com a tropa pra nós ir? - Heng desce de seu cavalo Tom-Tom

- tudo certo, só a mula bailarina que parece está cansada, vamos deixar ela

- certo... Então vão lá tomar um café, pois vamos já descer

Ele dá um joinha e sai com os outros enquanto vou até meu cavalo, que é um lindo cavalo de pelagem dourada.

- e aí garoto, pronto pra mais uma viagem? Hum? - alizo sua clina

- pronto, Freen. nós já estamos no jeito pra ir - fala joaquim meu amigo de longas datas, está com a gente desde sempre

- certo... Então vamos

Hoje eu sinto que vai ser um longo e cansativo dia.

Já na estrada para ir em uma das fazendas, ia vendo Heng e os outros planejando de tomar um litro de pinga que o Heng arrumou sabe Deus onde, reviro os olhos. bando de cachaceiro.

- ainda bem que a cidade fica perto onde a gente acampa - fala Heng rindo.

- sim - falo já sem paciência

- nossa, que mau humor, Freen.

- claro, enquanto não resolvermos isso, eu não penso em encher a cara.

- qual é, Freen, tu é chata pra caralho

- ta bom, agora vamos apertar o passo, e colocar esses sinueiros para andar

Quando chegamos na fazenda, colocamos os bois sinueiros no piquete do curral e saímos para falar com o dono do lote de bezerros que fomos buscar.

Desci do meu cavalo colocando na sombra da casinha do curral e fui até o dono que está na varanda de sua casa

- bom dia, senhor Aldair - cumprimento o senhor já de uma certa idade

- bom dia, Freen - comprimentou com um sorriso.

No Rastro do Amor - FreenbeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora