Capítulo 35 ( só um pouquinho )

359 52 5
                                    

Pov/Freen

Depois de deixar a Becky no trabalho, segui em direção onde os outros estavam, mal eu sabia a dor de cabeça que eu iria passar.

Chegando já deparei com a merda feita. eles estavam mais longe do que pensei, ganharam muita vantagem na viagem, mas em troca, conseguiram cansar várias novilhas, algumas até arrearam na estrada. Por se tratar de um gado muito gordo, fica fácil morrer dessa forma, ainda mais com o calor que estava nesse dia. Por isso sempre falo, andar devagar, não forçar, não estressar, mas os infelizes fazem o que eu mando? Não! Conversei com os meninos e fiquei sabendo que foi um dos peãozinho que eu contratei.
Ele conseguiu convencer a ir com o gado mais rápido, para terminar assim, a viagem em menos de dois dias. Não sei onde o Joaquim mais o Heng estavam com a cabeça, a gente sempre teve o mesmo ensinamento do meu avô, por que eles fizeram essa merda, será que não dava para perceber que ia acabar matando o gado? Vou ter uma conversa com os dois, como eles deixaram esse peãozinho de merda mandar mais do que eles?

O Resultado foi, tivemos que deixar as que cansaram em uma fazenda no caminho, não dava para seguir com elas assim.

Andamos o dia inteiro até chegar no destino final, colocamos as novilhas no piquete, e deu tudo certo, tirando as que ficaram, mas isso eu já resolvi, amanhã o caminhão boiadeiro irá trazer elas pela manhã. Dormimos pela a fazenda para no outro dia pegar o caminho de volta. Meu cansaço foi tão grande que não deu tempo nem de pensar em nada e já peguei em um sono profundo, odeio ter muita raiva, fico cansada três vezes mais do que o normal.

Na manhã do outro dia, acertei tudo com o dono do gado, e logo após, voltamos para o galpão, ainda bem que a volta é sempre mais rápida.

Chegando lá, fizemos toda a rotina de cuidados aos cavalos e mulas para poder solta-los no pasto. Retornei ao galpão para me arrumar. No relógio já marcava 19h, finalmente vai dar de ir pegar minha princesa no trabalho, estou morrendo de saudades.

Meu cansaço é tanto que eu poderia desabar aqui mesmo, minhas costas estão só o pó, devido eu ter deixado o dourado no galpão e ir de moto, tive que andar em uma mula da passada dura, você quer ver coisa ruim é isso, tem horas que a sensação é que o fígado vai parar na garganta.

Pilotei até lá, chegando na frente estacionei a moto. O bar se encontra vazio, certamente é o horário da limpeza. Empurrei a porta e a mesma está destrancada, o ambiente um pouco escuro. Procuro pelo os lindos par de olhos castanhos donos da minha total atenção, mas não os encontrei, não tinha ninguém ali, "ué que estranho". Me sento em uma das cadeiras do balcão e escondo meu rosto encima dos meus braços, se ela não aparecer e o sono me dominar aqui mesmo, do jeito que eu estou aqui no balcão, fico imaginando se os outros chegassem e ver, vão pensar que estou bêbada

começo a rir só de imaginar.

- e aí, boiadeira gata - ela fala no meu ouvido, nem percebi ela se aproximando até porque estou quase dormindo.

- oi... - levanto minha cabeça e me viro para encontrá-la.

- vem sempre aqui? - ela mexe a sobrancelha me fazendo rir.

- na verdade não, só vim buscar minha mulher no trabalho - coloca a mão no peito fingindo mágoa

- que pena, eu te vi e te achei uma gatinha. sabe... eu curto muito uma boiadeira assim - becky coloca as mãos para trás com um sorriso sapeca

- sério? Uma pena mesmo, mas comigo não vai rolar, já tenho a minha linda e amada mulher.- faço um biquinho e me levanto ficando de frente próxima a ela.

- mas não estou a vendo com você, quem é que deixa uma mulher como você assim - passa os braços ao redor do meu pescoço.

- se bem que é verdade né - coloco minhas mãos em sua cintura e puxo com um pouco de força para colar em mim, escuto um suspiro com a atitude - sabe que eu achei você bem gostosa, quer colar lá no meu galpão? para eu te ensinar a cavalgar? - me aproximo para beija-la, mas ela me solta e dar um tapinha no meu ombro - quê isso, deixa para me bater quando chegar, olha as câmeras

No Rastro do Amor - FreenbeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora