Capítulo 15 (dia de trabalho)

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Pov/Becky

Se passaram mais 2 dias e eu estava só indo e vindo para o trabalho, não tinha nenhuma notícia da Freen. Eu conversava muito com dona Maria e ela insistia que eu fosse jantar na casa dela, desde que percebeu que eu estava perdendo peso, ela ficou toda preocupada mesmo eu falando que não precisava se preocupar, ela vinha e me arrastava para o apartamento dela.

Chegando novamente no meu apartamento, avistei dona Maria com um sorrisão do tamanho do mundo, sentada em uma cadeira de balanço na varanda de seu apartamento.

- dona maaaria - falei colocando as mãos na cintura - parece que viu um passarinho azul - ela rir

- sim minha filha, vi sim, e o passarinho era tão lindo... veio uma moça hoje atrás de você... De cara pensei que fosse aquela tua ex e isso me deu uma raiva -  achei fofo a forma que ela falou fechando o punho - mas aí ela falou que o nome dela era Freen, e eu me lembrei que ela ficou de vir te ver

- mas ela já foi? - perguntei já sentindo meu coração acelerar só de ouvir falar o nome dela.

- ela falou que ia sair para dar uma volta e mais tarde voltaria.

- então tenho que ir dona Maria, vou tomar um banho, já já ela chega - falei e vi dona Maria rir do meu jeito todo ansioso.

Também só deu tempo de tomar um banho e escolher a roupa que vi pela frente e correr para abrir a porta.

Jantamos a pizza que ela trouxe. Eu fiquei muito feliz dela ter vindo, Freen falou sobre tudo que havia acontecido. Ela parece ser o tipo de pessoa que gosta de conversar sobre o que fez durante o dia e ouvir  o que a gente fez também, irei contar sobre o que aconteceu nos últimos dias, mas vai ser enquanto faço uma massagem nas costas dela.

- se deita de barriga para baixo, assim fica melhor - falei e ela fez o que eu pedi

Coloquei o produto na minha mão e comecei a passar nas costas dela, apertando e colocando pressão

- isso... Ai - ela fala soltando um suspiro - então becky, como foi esses dias?

contei sobre a venda da moto, as dificuldades até encontrar esse trabalho, mas com o apoio da dona Maria deu tudo certo.

- meu Deus, becky - ela se senta

- Ei! eu não terminei de fazer a massagem - falo e ela olha em meus olhos

- becky, eu quero que saiba que quando precisar de mim, não exite em pedir ajuda, eu poderia muito bem te emprestar o dinheiro, e você me pagava quando podesse - abaixo a cabeça.

- Freen, já deu tudo certo, mas eu fico muito grata por você querer ajudar mais do que já me ajudou - ela coloca a mão em meu queixo para que eu a olhe

- é sério becky, eu sei que você guarda muita coisa, você ainda não me falou quase nada sobre sua vida, mas saiba que quando se sentir confortável o suficiente para dividir comigo todos os seus erros, acertos, medos, gostos, eu vou querer saber de cada um - ela fala e eu sinto meus olhos marejar, que ódio, eu sou besta para chorar.

Ela levanta e me puxa para um abraço. Eu ainda estava com as duas mãos em meu rosto, ela tirou e eu a abracei de volta, senti as lágrimas molharem seu ombro 

- shiiii, eu tô aqui becky, não vou te deixar só - ela falou e eu escondi meu rosto em seu pescoço sentindo o cheiro dela, igual no dia em me acordei assustada no galpão.

Fui me acalmando e Freen estava em silêncio esperando me recompor. Estar nos braços da Freen é tão quentinho, acolhedor. Me desvencilhei e ela tirou o cabelo que estava em meu rosto e colocou atrás da minha orelha e com a outra mão mais uma vez, ela enxugou as minhas lágrimas.

No Rastro do Amor - FreenbeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora