Capítulo 27 ( Cuidado )

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Pov/Freen

Desde a hora em que deixamos o galpão, só paramos para dormir à noite e no outro dia continuamos novamente.
Estávamos levando 20 bois sinueiros para facilitar trazer o gado que é mais bravo. No primeiro dia acampamos na estrada, ainda bem que não choveu.

Quando o relógio marcou 20h naquela noite, lembrei que nessa hora minha princesa estava saindo do trabalho, queria estar lá para jantar com ela, conversar sobre o dia agitado e é claro, ficar nos braços dela. Já vi que essa semana vai durar um ano.

No segundo dia, nos preparamos para passar o primeiro rio, esse era mais de boa, o outro que era mais complicado devido as piranhas.

passamos tranquilamente e seguimos nossa viagem. A fazenda da Renata que era nosso destino, ficava um pouco distante da outra cidade vizinha, porém antes de chegar lá tem uma vila, que era onde eu encontraria a Renata para ir o resto do trajeto de carro. Apressei mais o passo e andamos a noite toda e conseguimos chegar na vila na quarta-feira pela manhã, lá encontrei a Renata e fui com ela na camionete. eu estava um pouco estressada mais do que o normal e a Renata estranhou, nunca tinha me visto assim.

— Freen, eu já te vi estressada, mas como agora é raro - falou entrando no caminho que dava para a fazenda dela.

— é o meu jeito, Renata - falei olhando para outra direção.

— é de jeito nenhum, nunca te vi assim, está tratando mal todo mundo, Freen. os peões me falaram que você anda sem paciência

— são um bando de vagabundo que não quer trabalhar, isso sim.

— Freen, você nunca foi de viajar a noite inteira sem precisão, e agora fez isso, tá querendo acabar a viagem logo para ficar com aquela garota é?

— ah, Renata, me deixa vai - já estava com a paciência esgotada

— ok Freen, vamos fazer assim, você pega a minha camionete e vai ver essa garota, mas amanhã quero você de volta bem cedo e relaxada, tá me escutando?

Nessa hora olhei para ela, até que não era uma má ideia.

— ficou comovida com o meu sofrimento foi? - dou um sorriso e ela faz cara de tédio revirando os olhos.

— essa garota tem efeito mesmo em você em, você tava com cara de quem ia matar alguém a qualquer momento e agora abre um sorrisão do nada. Você deveria trazer ela da outra vez, só ela para acalmar você,
furacãozinho - reviro os olhos, odeio esse apelido.

— então beleza, vou hoje e volto amanhã bem cedo - falei balançando a cabeça em positivo, totalmente determinada

— tá bom - falou concentrada na estrada — já que eu não posso te relaxar, tomara que essa garota consiga - ela joga uma piscada com uma cara sem-vergonha — se bem que... - ela tenta colocar a mão na minha coxa novamente, e eu dou um tapa fazendo ela rir.

chegamos na fazenda dela e lá vi como estava as coisas e o gado que iríamos levar, cerca de 400 cabeças de gado contando entre grandes e pequenos. Devido ter muitos pequenos no meio conversei com a Renata e entramos em um acordo de assim que cruzarmos os dois rios, o melhor seria levar em caminhões boiadeiros para terminar de chegar na fazenda, ela concordou e assim vai ficar mais fácil e eu vou poder chegar no sábado, pois se não a viagem duraria mais tempo.

Depois de tudo resolvido, eu e os outros peões, nos direcionamos para o grande galpão, era um casarão enorme só para as pessoas que trabalham ali. lá tinha de tudo que uma casa precisa para o mínimo de conforto, tinha banheiros, quartos, camas, uma cozinha grande com fogão a lenha e o que precisa de gás também. A Renata é admirável quando o assunto é tratar bem os funcionários dela.

No Rastro do Amor - FreenbeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora