No Rastro do Amor - Freenbecky

Capítulo 36 ( ter foco )

Pov/Freen

Depois que a becky se arrumou, fui deixar ela no trabalho

- baby, esqueci de te falar, não sei se vai dar de vir hoje, tenho que resolver umas coisas, e depois vou em uma fazenda.

- ah não, Freen. vou ter que dormir denovo sem você? - ela fala toda manhosa.

- vida, ontem nós dormimos agarradinhas

- mas eu não me lembro, então não valeu - soltei uma risada

- Becky, você literalmente dormiu encima de mim, falou que não ia deixar a vizinha me tomar de você, então para não facilitar pra ela, você dormiu encima de mim - falei morrendo de rir e ela escondeu o rosto em meu pescoço e deu uma mordida - aaai, amor...

- mas não valeu e pronto

- tá bom, vou ver o que posso fazer - ela me abraça e assim ficamos por alguns instantes até chegar o momento dela ter que entrar.

Depois de se despedir, segui para resolver algumas coisas ainda na cidade, tenho que deixar tudo encaminhado para quando eu partir. Faço algumas compras que serão necessárias, fiz algumas ligações para as fazendas que irão ficar esperando pelo o meu retorno. Dentre elas estão a fazenda da namorada do Heng e a fazenda "água boa" do senhor Mariano. A do Mariano consegui entrar em contato, acertei de voltar para pegar o restante das bezerrada quando voltasse daqui dois meses. Só não consegui entrar em contato com a fazenda da namorada do Heng, mas seria fácil resolver, eu mandaria por ele o recado de nosso retorno daqui dois meses.

Enquanto eu pilotava de volta para o galpão, minha cabeça não parava de processar, o tempo todo pensando em uma certa morena dos olhos castanhos e lábios desenhados. Não vejo a hora de traze-la pra minha vida, irei mostrar aos poucos meu real mundo, ainda tem algumas coisas que ela não sabe sobre mim, na verdade ela não sabe nada. Não vou dizer que sou uma pessoa que gosta de falar sobre minha vida a cada lugar que passo, pelo contrário, são poucas pessoas que sabem sobre mim, o que sabem é só o básico, que eu sou uma boiadeira que topa qualquer parada, pelo menos é o que eu gosto que pensem.

Esses últimos dias vão ser uma correria, até porque são os últimos dessa linha, então temos que caprichar, mas mesmo assim vou fazer de tudo para passar o tempo que eu puder com a Becky.

cheguei no galpão já eram 11h, o dia está um pouco nublado, então vai ser bom para o que vamos resolver. Estacionei a moto debaixo da árvore que ela fica, de longe já avistei a Nam sentada na varanda. Desde que eu fui para a casa da becky naquela noite chuvosa, eu só a vi um instante, pois ela teve que ir na frente para outra fazenda auxiliar em algumas coisas para nosso próximo serviço.

- e aí minha véia - falo subindo na varanda e sentando ao lado dela no banco.

- fala carniça - ela dar um peteleco na minha orelha e eu mostro o dedo do meio - chegando só essa hora? Tava dando ou comendo?

- tava dando e comendo

- eitaaa, o cabaré abriu cedo lá em, então isso quer dizer que vocês estão de bem? Você conseguiu desenbuxar?

- mas é claro né minha filha, tu acha que eu ia sair naquele temporal para não fazer nada, eu tava decidida já, se ela não fosse comigo, me desculpa, mas vocês iriam perder a maior boiadeira do Brasil, porque sem ela eu não vou a lugar nenhum - falo, balançando a cabeça positivamente e Nam faz o mesmo me copiando.

- eu acredito... Ela aceitou?

- sim - não contive o sorriso que brotou em meus lábios

- aí sim em... Eu sabia que uma hora você iria achar uma para te prender. Só fico com dó das meninas que aguardam por sua volta, já pensou? Quando ver você chegando com outra? O pior, com a becky que é bonita pra caralho