Capítulo 6: Apesar de você

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Olá! Espero que todos tenham uma ótima leitura e aproveitem o conteúdo. Deixar um comentário é muito bem-vindo e incentiva a autora, então não hesitem! Também não se esqueçam de marcar como favorito, pois isso é sempre importante.

Lembrando que essa história é um romance lésbico, quem não gosta, não leia! Não é G!P. 💋

Link da playlist da fanfic está disponível no meu quadro dê mensagens, caso alguém se interessa.

Quem chegou agora seja bem vindo, que me acompanha desde do início um beijo amo todos. É sempre um prazer ter as minhas leitoras aqui, vocês me fazem feliz. ❤️

Atualizações: segundas e quintas-feiras, após as 18.

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Toda positividade eu desejo a você
Pois precisamos disso
Nos dias de luta
O medo cega os nossos sonhos
— Só os loucos sabem
Canção de Charlie Brown Jr.

Point Of View — Lauren Jauregui Albuquerque Bittencourt

Com a saída de uma das minhas funcionárias do lar, ficou aberta uma vaga. Após chegar em casa na segunda-feira, minha irmã me informou que uma moça havia deixado meu número caso eu necessitasse de uma nova funcionária. Como estava tarde para ligar naquele dia, entrei em contato hoje de manhã bem cedo. A moça, chamada Camila, avisou que estaria aqui no primeiro horário da tarde, e, como prometido, é exatamente meio-dia e cinquenta e nove quando a campainha toca.  Vou em direção a porta abrindo para a moça.

Camila é mais jovem do que imaginei, uma mulher bonita, embora seu rosto mostre sinais de cansaço. Sorrio para ela, dando espaço para entrar. Camila estava vestindo um vestido florido, justo na parte de cima e soltinho nas pernas, que se encaixava bem em seu corpo. Seus cabelos estavam presos em um coque meio desajeitado, mas que combinava com ela. A moça sorria bonito, embora seu olhar fosse cansado.

— Sente-se por favor! — pedi educada, indicando o sofá, e assim ela fez. — Como não sabia do que você gostava, pedi para servir café e suco, mas se quiser temos chás e até refrigerante! — disse de forma sintética, e ela arregalou os olhos negando com a cabeça. — Quero que se sinta bem aqui. Não liguei ontem porque cheguei muito tarde e não quis ser inconveniente. Peço desculpas pela pequena demora! — falei sorrindo, oferecendo uma xícara de café que ela aceitou de bom grado.

— Não se preocupe, dona Lauren. Foi mais rápido do que imaginei, e só o fato de você já ter ligado foi um grande alívio. — ela disse claramente aliviada, levando a xícara aos lábios para beber um gole do líquido. — Fui demitida ontem mesmo, e hoje você me dar um retorno e quis me entrevistar já é muito bom. — declarou simpática, e sorri concordando. Camila parecia ser uma boa mulher.

— Você pode me contar o motivo da sua demissão, quanto tempo ficou na casa dos antigos patrões, essas coisas de currículo...— comentei interessada, e a vi ficar claramente desconfortável. — Não estou aqui para te julgar, Camila. Só quero conhecer a minha possível nova funcionária. — disse calmamente, tentando transmitir segurança para ela, que concordou.

— Bom, eu fiquei quase seis anos na casa do seu Otávio. Entrava às oito e saía às cinco de segunda a sexta-feira, às vezes ficava até mais tarde também. Meu salário não era o dos melhores, mas era algo certo. Eu limpava tudo sozinha, e só tinha outra moça para cozinhar! — começou a dizer sem me encarar, demonstrando uma postura submissa, sempre com a cabeça baixa e sem encarar. — Dona Lídia, a patroa, queria que eu ficasse a semana no trabalho e fosse embora só no final de semana, mas eu tenho filhos, dona Lauren, não podia simplesmente deixá-los! — explicou-se, e sorri compreensiva. — Eu e a cozinheira fomos demitidas ontem porque eles afirmam que roubamos uma quantia em dinheiro, mas não têm provas nenhuma para comprovar isso. — ela disse envergonhada. — Sei que vai ficar uma má impressão de mim, mas em momento algum eu fiz isso, dona Lauren, nunca mesmo! — ela disse rapidamente e, pela primeira vez, olhou para mim, transmitindo sinceridade em suas palavras.

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