Capítulo 41: A Vida Inteira

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Olá, queridxs leitorxs .

Espero que estejam bem. Hoje venho com um coração um pouco mais pesado. No último sábado, perdi uma pessoa muito querida, e essa perda mexeu profundamente comigo. Esses últimos dias não têm sido agradáveis, mas acredito que a escrita é a melhor forma que tenho para encontrar um pouco de paz e distração. Então, decidi compartilhar com vocês um novo capítulo.

Sei que mencionei anteriormente que este seria o capítulo em que ocorreria a passagem de tempo, mas acabei mudando de ideia. Resolvi trazer para vocês o ponto de vista da Camila sobre os acontecimentos do último capítulo. Por isso, a passagem de tempo ficará para o capítulo quarenta e dois.

Espero de coração que vocês gostem deste capítulo. Não se esqueçam de FAVORITAR e COMENTAR! Isso significa muito para mim e me ajuda mais do que vocês podem imaginar.

Vou revisar e corrigir os erros ao longo do tempo, então, por favor, tenham paciência comigo.

Boa leitura a todos, e obrigada por estarem aqui comigo neste momento. ❤️❤️

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Já me fiz a guerra por não saber
Que esta terra encerra meu bem-querer
E jamais termina meu caminhar
Só o amor me ensina onde vou chegar
(Por onde for quero ser seu par) — Andança
canção de Beth Carvalho

Point Of View — Karla Camila dos Santos e Souza

Quando Lauren deixou o Dendê, entrei no quintal e fiquei ali, sentada na porta, olhando para o nada. Minha cabeça estava a mil, com tantos pensamentos que já começavam a me dar dor de cabeça. O domingo, que eu tinha planejado passar ao lado dela, havia chegado ao fim de uma forma abrupta e dolorosa. Não queria entrar e fingir que estava tudo bem, porque não estava. Eu idealizei um dia diferente, um dia com ela aqui, e não com esse vazio.

— Neguinha... ô Camila — ouvi a voz da minha avó, e fui puxada de volta à realidade. Olhei para trás e lá estava ela, em pé, me observando com aquele olhar cheio de preocupação. — O que aconteceu? Cadê a Lauren? — ela perguntou, sem entender. Suspirei profundamente, levantando-me e entrando em casa.

— Ela teve uma emergência no trabalho... precisou ir embora. Não quis se despedir para não demorar mais — disse, enquanto seguia para a cozinha em silêncio. Não iria contar o real motivo, não por agora. — Podem almoçar, eu... tô me sentindo meio indisposta, acho que vou deitar um pouco — confessei, sentindo uma onda de tristeza e ansiedade me tomar por completo.

— Vou avisar o pessoal e fazer um chá pra você. Deita um pouquinho então, filha — respondeu com carinho, se aproximando para tocar minha testa. — A vovó já vai cuidar de você... — assegurou, e eu forcei um sorriso, concordando sem realmente querer.

— Pede pra Carol não aumentar muito o volume do som — pedi, e ela assentiu. Peguei meu celular, que estava em cima da cama, e fui em direção ao quarto. Ao entrar, o cheiro da Lauren ainda estava lá, aquele perfume suave e marcante, que me trazia uma sensação de conforto. Fechei a porta, puxei as cortinas e liguei o ar-condicionado. Troquei de roupa, colocando uma camisa que roubei dela e um short de pano confortável. Me deitei, encolhida, abraçando o travesseiro dela e fechando os olhos, tentando buscar um pouco da presença que ela deixou ali.

— Ô mãe — a voz da Carolina soou alta, me chamando, e logo se calou ao abrir a porta do quarto. — Ué, o que aconteceu? Você tá bem? — perguntou preocupada, fechando a porta atrás de si. Eu não me virei para encará-la.

Onde Estará O Meu AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora