Capítulo 44: Singular

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Olá, meus amores! Como estão?

Sejam muito bem-vindos a mais um capítulo! Este, em especial, é dedicado a todas as minhas amigas leitoras, leitoras amigas que são professoras, que tornam o mundo mais bonito com seu trabalho. Vocês exercem uma das profissões mais lindas que existem, e merecem ser celebrados todos os dias!  Feliz Dia dos Professores! Agradeço a vocês pela mudança que fazem na vida de todos que têm a sorte de passar pela sua sala de aula. Desejo muito sucesso e todo o reconhecimento do mundo para cada um de vocês. Um beijo carinhoso no coração de todos! E espero que gostem desse capítulo. ❤️❤️

Não se esqueçam de FAVORITAR e COMENTAR! Isso significa muito para mim e me ajuda mais do que vocês podem imaginar.

Vou revisar e corrigir os erros ao longo do tempo, então, por favor, tenham paciência comigo.

Esse capítulo tem a nossa família vivendo oficialmente como família. 🥹

Boa leitura a todos, e obrigada por estarem aqui.

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É singular
Tua vergonha e tua forma de pensar
O teu abraço que me enlaça devagar
E enfeita todos os meus dias e horas
É tão particular o meu encontro quando é com você
O meu sorriso quando tem o teu pra acompanhar
As minhas histórias quando você para pra escutar
A minha vida quando tenho alguém pra chamar
De vida...— Singular canção de Anavitória

Point Of View — Karla Camila dos Santos e Souza

O silêncio estava se tornando uma presença estranha em minha vida, algo com o qual eu não sabia lidar. Quando me deito ao lado de Lauren, o som mais alto que ouço é o de sua respiração tranquila. Às vezes, ligo a televisão para quebrar o silêncio profundo que reina no quarto. No dendê, a situação era bem diferente; muitas vezes, não conseguia pregar o olho por conta do barulho incessante ao meu redor. Aqui, tudo é diferente.

Primeiramente, não há gritos, nem funk alto, muito menos o barulho de tiroteios que costumava ser tão comum. Não escuto o galo cantando às cinco da manhã, me despertando como um despertador implacável. As brigas dos vizinhos e as porradas que ecoavam pela rua simplesmente desapareceram. E, acima de tudo, não tenho a minha história em cada canto desta casa.

Não quero dizer que a cobertura é um lugar ruim para se viver; na verdade, é o espaço mais seguro e confortável que já tive a oportunidade de desfrutar. Mas mudanças sempre trazem novos sentimentos e emoções à tona, e é isso que estou enfrentando agora. A ausência de barulho é, ao mesmo tempo, reconfortante e desconcertante. Por um lado, tenho a paz que sempre desejei, mas por outro, a falta do caos familiar que, de alguma forma, me mantinha ancorada à realidade que conhecia.

Faz uma semana e dois dias que estamos vivendo como uma família aqui, e a mudança é evidente. A cobertura, que antes parecia tão fria e vazia, agora está repleta de vida. Minhas antigas fotos estão espalhadas pelas paredes, as roupas das crianças estão por toda parte, e os brinquedos de Maria se espalham pelos cantos, trazendo uma nova energia ao espaço.

As crianças, mesmo que ainda não tenham se adaptado completamente, já estão mais à vontade. Elas se encontram com os amigos no playground e até vão à praia com Lauren antes do dia acabar, aproveitando cada momento. Carolina passa os dias em seu quarto, finalizando tudo o que precisa para a faculdade, mergulhada em estudos, mas sempre sabendo que a família está ali por perto.

Quanto a mim, estou tentando me ajustar a essa nova realidade. O closet de Lauren agora abriga também as minhas roupas, e os meus produtos de higiene se misturaram aos dela, como se nossas vidas estivessem se entrelaçando em um só espaço. À noite, nossos pés se entrelaçam na cama, criando uma conexão ainda mais profunda. A sensação de ter alguém ao meu lado, tão próximo, é gostosa, e percebo que, mesmo quando ela sai da cama, me sinto um pouco incompleta.

Onde Estará O Meu AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora