Capítulo 2: Amor para recomeçar

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Olá! Espero que todos tenham uma ótima leitura e aproveitem o conteúdo. Deixar um comentário é muito bem-vindo e incentiva a autora, então não hesitem! Também não se esqueçam de marcar como favorito, pois isso é sempre importante.

Lembrando que essa história é um romance lésbico, quem não gosta, não leia! 💋

🚨🚨 O wattpad não está notificando, já não sei o que fazer k k k k...então peço que salvem aí na biblioteca na história e cuidem o meu quadro de mensagens e Twitter que vou postar toda vez que atualizar (única forma que achei de avisar) 🚨🚨🚨

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Desejo que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda exista amor pra recomeçar
Pra recomeçar

Point Of View — Lauren Jauregui Albuquerque Bittencourt

Ter nascido em uma família com prestígio e renome tinha suas vantagens, e uma delas era a possibilidade de optar por não trabalhar em uma sexta-feira, algo que eu apreciava. Costumava usar esse dia para organizar minha vida. Enquanto a maioria das pessoas escolhe as segundas-feiras para isso, eu preferia fazer tudo de maneira diferente. Juíza há dez anos, compreendia que nasci para essa profissão. Meu pai foi um grande juiz, e minha mãe é uma respeitada desembargadora, então seguir os passos de ambos parecia natural. Apesar de gostar do que faço, por vezes me sentia acorrentada demais, desejando uma leveza que aumentava cada vez que olhava para o rosto da minha irmã.

Luísa, uma talentosa fotógrafa, destoava um pouco de nossa família. Ela era o ser humano mais livre e autêntico que já conheci, mesmo que isso resultasse em desavenças com nossos pais. Luísa não se curvava aos caprichos de ninguém, mesmo que isso custasse sua paz. Essa liberdade dela sempre me intrigou, e por mais que amasse minha profissão, às vezes me questionava sobre o quão leve poderia ser se escolhesse um caminho diferente.

É Luísa quem faz com que eu me permita viver um pouco mais, algo que para mim é desafiador. Minha irmã se tornou minha grande parceira. Lembro-me de ter desejado intensamente uma irmã, pedi tanto que o universo atendeu meus pedidos, enviando a gatinha espivitada que veio alegrar minha vida dez anos após meu nascimento. Foi um dos dias mais felizes da minha existência.

Luísa é como um raio de sol que contagia as pessoas, inspira e nos faz querer aproveitar a vida. São nas pequenas coisas que ela se mostra genial e uma mulher extraordinária. Foi ela quem trouxe cor novamente para minha vida quando perdi minha esposa para a leucemia. Amélia e eu estávamos casadas por dois anos quando o diagnóstico chegou. Parecia que, naquele momento, tudo desmoronou em nossas mentes, e me senti sem chão. Tínhamos planos de fazer uma inseminação artificial e, finalmente, ter filhos, mas tudo se dissipou em segundos. Amélia tinha pouco tempo entre nós; não poderia gerar um bebê e, muito menos, vê-lo crescer. A partir desse momento, soube que não seríamos mães, que não teríamos nossa família, mas eu precisava garantir que o restante da vida dela fosse o melhor possível.

Me empenhei em fazer Amélia Albuquerque Bittencourt Topazzi a mulher mais feliz até seu último suspiro, e cumpri com a minha palavra. Saímos mundo afora, conhecemos os quatro cantos do Brasil e as diferentes culturas que existem em nossa terra. Dançamos, choramos, sorrimos e, acima de tudo, nos amamos. Nos amamos como duas adolescentes prestes a entrar em colapso, nos amamos como duas belas almas destinadas a se encontrarem, mas não a permanecerem juntas. Do diagnóstico até a morte de Amélia, tivemos um ano juntas, e foi o suficiente para entender que ela sempre estaria presente em meus pensamentos e em meu coração.

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