Capítulo 15: Flores e Amores

3.8K 396 672
                                    

Olá meus amores, sentiram minha falta? Estou de volta, depois de tanta pressão, brinks! Espero que aproveitem esse capítulo, que já é meu xodó.

Lembrando que essa história é um romance sáfico, quem não gosta, não leia! Não é G!P. 💋

Link da playlist da fanfic está disponível no meu quadro dê mensagens, caso alguém se interessa.

🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀

Tudo de bom que você me fizer
Faz minha rima ficar mais rara
O que você faz me ajuda a cantar
Põe um sorriso na minha cara
Meu amor, você me dá sorte

Point Of View — Narradora

Soldado Matias Cardoso encarava a sala da delegacia, mergulhada em silêncio. Depois de muitas horas de interrogatório, ele havia revelado tudo o que sabia sobre o caso de desaparecimento dos dois jovens. No fundo, ele já não via razão para ocultar informações, pois o medo o consumia por dentro. Não tinha ideia do que o delegado Alexandre poderia fazer para proteger sua família, mas também compreendia o quão complicada sua situação poderia se tornar, especialmente considerando o envolvimento de uma das maiores juízas do estado no caso.

Sua mente estava em turbilhão, e, sem perceber, acabou revelando mais do que planejava. Surpreendentemente, sua franqueza pareceu animar a delegada. Ele já não tinha como se livrar da culpa ou mudar o que ocorreu e, mesmo com muito medo, fez o que pareceu certo. Talvez, se não fosse tão medroso, teria revelado tudo antes e talvez pudesse ter mudado algo, mas seu silêncio poderia custar caro. Sua carreira na polícia, recém-iniciada, estava desmoronando, e tudo o que ele testemunhou e omitiu iria cobrar um preço alto. Ele estava bem representado por advogados de renome, mas nada poderia deixar sua consciência tranquila, pois no fundo ele sabia que havia feito algo terrível, mesmo que de forma indireta.

— Recapitulando: naquele dia, depois de deixarem Cleyton no Dendê, vocês saíram do Rio de Janeiro levando com vocês Jorge e Jeferson, procede? — a delegada perguntou seriamente, percorrendo a sala enquanto a escrivã digitava todo o depoimento do homem. — Os dois menores estavam vivos, feridos, e vocês os levaram para o Espírito Santo em uma viagem de quase oito horas, correto? — ela questionou, e o homem limitou-se a responder com sim ou não. — O senhor disse que um dos garotos está morto. Se você estava lá, como não sabe qual desses meninos faleceu? — a delegada perguntou, interessada, cruzando os braços e sentando-se em frente a ele.

— Durante toda a viagem, houve muitas discussões. O Cabo Tiago Márquez estava irreconhecível, e eu tentava entender por que ele agia daquela forma, mas não compreendi. Ele usava muito de sua influência familiar para fazer ameaças, e eu, como um policial recém-apto para trabalhar, não podia me comprometer! — o homem explicou, com a cabeça baixa, movendo as mãos que estavam presas por algemas que já machucavam seus pulsos. — Porém, aquilo tudo também estava me deixando com a consciência pesada. Eu não queria fazer nada daquilo com os meninos, então continuei insistindo para que ele voltasse para o Rio e parasse com a loucura. Ele acabou acertando minha cabeça com a arma e me apagou. Quando acordei, ele já havia feito o trabalho sujo, e não sei se matou um ou os dois, porque sinceramente, não tive coragem de ir ver. Era demais para mim, eram duas crianças... — ele declarou, com a voz trêmula.

A delegada Andrea analisava o homem atentamente. Era difícil determinar se era um teatro bem elaborado ou se ele realmente estava tomado pelo remorso. Levando em consideração o histórico do soldado, ela acreditava que a ficha dele estava caindo agora, e ele estaria indiretamente com sangue em suas mãos devido à morte desses meninos, ou de um deles, pelo menos. — E qual seria a motivação disso tudo? Ele fez isso por prazer? — a delegada questionou, mantendo-se atenta.

Onde Estará O Meu AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora