Capítulo 39: Intimidade

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SEXTOUUUU COM CAPÍTULO NOVOOO!

Olá, meus amores! Como vocês estão? Espero que estejam todos super bem. Desculpem a demora, mas finalmente apareci! Acho que acabei mal acostumando vocês, né? Quando demoro um pouquinho, já vem aquela ansiedade pelo próximo capítulo.

Esse aqui, em especial, é mais focado no outro casal da história, que eu sei que muitos de vocês adoram acompanhar. Espero que curtam! Cronologicamente, ele acontece no mesmo dia do capítulo anterior, só que em outro cenário.

Erros corrijo depois.

Tenham uma boa leitura.

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Arrumei a casa, preparei o coração
Esperando sua chegada, tão sonhada
Vesti o melhor sorriso
Espalhei pelo chão
O perfume da rosa mais enfeitada
Pra te colorir e te cobrir de bem querer — Tão sonhada canção de Banda Eva

Point Of View — Geise Carolina dos Santos e Souza.

Eu acho que minha mãe teve dois filhos mais novos só para me traumatizar e garantir que eu não queira ser mãe. Ser a irmã mais velha é uma tarefa cansativa e extremamente estressante, especialmente quando fico sozinha cuidando das pestinhas. Maria Aparecida é a mais complicada—ela pergunta sobre tudo, e às vezes parece até que ela vai me perguntar algo sem sentido em sonho, como um papagaio ambulante. Isso me deixa doida. Jorge, por outro lado, é um preguiçoso. Quando nossa mãe está em casa, ele faz as coisas rapidamente, mas quando ela não está, ele demora muito mais e, às vezes, só faz as coisas sob gritos e ameaças.

Não me entenda mal, eu amo meus irmãos, mas tem dias em que eu me pergunto como seria a vida sem essa responsabilidade constante, que é ficar responsável por eles quando nossa mãe não está. Talvez, quando eu tiver minha própria família, eu pense duas vezes antes de ter mais de um filho... ou talvez nenhum!

Admito que nunca pensei em ter filhos, pelo menos não até a Luisa aparecer na minha vida. Bastou ela se tornar minha namorada para que eu começasse a imaginar todas aquelas breguices que eu nunca tinha sonhado, como formar uma família e até adotar um bichinho de estimação. Se fosse há alguns meses, esses pensamentos jamais passariam pela minha cabeça, mas agora parecem mais reais—mesmo que ainda não seja algo que eu precise compartilhar com ninguém. No momento, meu foco continua sendo exclusivamente a minha carreira. Talvez, daqui a um tempo, eu comece a pensar em algo além de ser uma ótima profissional.

Não me levem a mal, a família é importante, no entanto mais importante do que formar uma família é ter um trabalho digno e estável que possa, no futuro, proporcionar uma vida segura e confortável. Quando alguém cresce nas condições em que eu vivi, o que mais ouvimos é: "Estuda para ser alguém na vida." E sim, já somos alguém, mas o que nossas mães realmente querem dizer com essa frase é: estude para não precisar trabalhar em algo que não ama, apenas por necessidade. Cresci ouvindo isso e outras verdades duras, que só agora, na vida adulta, consigo compreender plenamente a dimensão e o peso de cada uma delas.

Com o passar dos anos, essas palavras foram se enraizando em mim, moldando minhas decisões e ambições. Agora, mais do que nunca, vejo como elas são verdadeiras. Ter um emprego que me permita viver com dignidade e realizar meus sonhos é algo que sempre esteve no topo da minha lista de prioridades. É por isso que, mesmo com todos os pensamentos sobre família que surgiram depois de conhecer a Luisa, eu ainda mantenho meus pés firmemente plantados na realidade.

A ideia de constituir uma família é bonita, mas eu sei que preciso estar pronta, tanto emocional quanto financeiramente, para que isso aconteça da maneira que eu desejo. E, enquanto isso, estou determinada a construir uma base sólida para meu futuro. A vida não é fácil, especialmente quando você vem de uma realidade onde o esforço é constante e a luta diária. E mesmo que eu imagine, vez ou outra, uma vida com Luisa, filhos e um cachorro correndo pelo quintal, sei que o que realmente vai garantir essa felicidade é o trabalho duro e a conquista de um futuro estável.

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