Olá! Espero que todos tenham uma ótima leitura e aproveitem o conteúdo. Deixar um comentário é muito bem-vindo e incentiva a autora, então não hesitem! Também não se esqueçam de marcar como favorito, pois isso é sempre importante.
Lembrando que essa história é um romance sáfico, quem não gosta, não leia! Não é G!P. 💋
Link da playlist da fanfic está disponível no meu quadro dê mensagens, caso alguém se interessa.
Vi que tem gente que chegou pois viu a indicação no insta e tik tok, obrigada a todos pelo carinho e por estarem aqui, um beijo grande para vocês, seguimos juntos! 🥰💕
🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀🥀
Por você eu dançaria tango no teto
Eu limparia os trilhos do metrô
Eu iria a pé do Rio a Salvador
Eu aceitaria a vida como ela é
Viajaria a prazo pro inferno
Eu tomaria banho gelado no inverno
Por você eu deixaria de beber...— Por você
Canção de Barão VermelhoPoint Of View — Karla Camila dos Santos e Souza
Lidar com a culpa proveniente dos problemas de Geise com o álcool é um fardo pesado que carrego. O início desse desafio remonta à sua adolescência, por volta dos doze anos, quando ela começou a consumir álcool de maneira oculta. Infelizmente, meu antigo marido, Luiz Felipe, foi um agente catalisador dessa situação, exercendo abuso psicológico sobre Geise. Manipulador e cruel, ele plantava sementes de dúvida e insegurança na mente dela, fazendo-a acreditar em atrocidades sem fundamento.
As investidas cruéis de Luiz Felipe eram meticulosamente planejadas e executadas às minhas costas, ciente de que, se eu descobrisse, não permaneceria casada com ele por tanto tempo. Essa descoberta tardia só agravou minha culpa, pois percebi que minha ingenuidade e falta de conhecimento permitiram que tais abusos ocorressem. Agora, meu desafio é enfrentar essa realidade dolorosa e encontrar formas de apoiar Geise em sua jornada de recuperação, ao mesmo tempo que lido com as feridas deixadas por um passado marcado pela manipulação e destruição.
Ao chegar em casa, deparei-me com a cena impactante de Geise sentada à mesa, encarando uma garrafa repleta de cachaça. Sem hesitar, deixei minha bolsa na cadeira e me aproximei, envolvendo seu corpo em um abraço reconfortante. Apesar de não perceber nenhum vestígio do odor característico do álcool, sabia que sua intensa vontade de beber poderia desencadear uma potencial recaída. O desafio estava em oferecer apoio e compreensão, buscando alternativas para lidar com a tentação que se materializava diante dela.
— Eu não bebi, embora esteja com uma vontade absurda! — Ela diz com uma amargura na voz. — Te decepcionei mais uma vez, e toda vez que me sinto uma merda ambulante, lembro de todas as vezes que Luiz Felipe falava que eu era um peso morto, o seu peso morto, e atrapalhava a vida de vocês — disse soltando um riso doloroso e baixando a cabeça. — "Nem seus pais quiseram você, por que iríamos querer"? É o que ele sempre dizia. Era como jogar álcool em ferida aberta, exposta... Essas coisas nunca somem da minha mente, e toda vez que me sinto fraca e inútil, elas voltam! — Confessou, e ouvi seu soluço alto. — Queria não me lembrar disso, e nem me sentir rejeitada como me sentia a vida toda. Eu dormia implorando para que alguém trouxesse a inaraí de volta e assim eu poderia te dar sossego para viver sua vida...— admitiu e senti um dor na alma ao ouvi-la. Queria chorar, mas paralisei.
Nesses momentos, tudo em mim doía muito, pois não fui capaz de enxergar o mal que meu ex-marido fazia para ela. Ao mesmo tempo, não notava que ela bebia escondida. Tinha tantas obrigações que não conseguia estar ali para ela cem por cento do tempo. Geise sempre foi grudada em mim, e às vezes parecia que tinha saído de mim e não da nossa "mãe". Ela sempre me procurava depois de pesadelos e em momentos difíceis. Nunca soube se expressar bem, pois tinha seus traumas, mas eu entendia sua linguagem, a linguagem da menina dos meus olhos, o meu primeiro grande amor. É isso que ela sempre foi, o meu primeiro e mais verdadeiro amor.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Onde Estará O Meu Amor
Hayran KurguKarla Camila dos Santos e Souza, reside no Morro do Dendê, no Rio de Janeiro, enfrenta as adversidades da vida ao criar seu casal de filhos em meio a dificuldades. Como tantas outras mães, Camila se vê imersa na angustiante realidade de ter um filho...