Capítulo 18: Aguei

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Olá meus amores! Espero que aproveitem esse capítulo, que esta um amor,

Lembrando que essa história é um romance sáfico, quem não gosta, não leia! Não é G!P. 💋

Link da playlist da fanfic está disponível no meu quadro dê mensagens, caso alguém se interessa.

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Eu gosto tanto desse doce lado
O lado que tu me faz entender
Se Deus do céu me permitiu o amor
Eu que não posso mais dele correr
Pode se achegar
Já era hora, tome teu lugar
O que eu mais quero é tua companhia

Point Of View — Karla Camila dos Santos e Souza

Lauren estava determinada a tornar o meu domingo o melhor do ano. Começamos o dia tomando café da manhã no forte de Copacabana, e foi uma experiência incrível. A vista era deslumbrante, a companhia de Lauren era a melhor possível, e eu me sentia verdadeiramente nas nuvens. Apesar de viver no Rio, raramente tinha tempo ou condições para agir como turista e visitar os pontos turísticos da cidade. Parecia que Lauren havia percebido isso, pois até me levou ao Cristo Redentor. A única exceção foi o Pão de Açúcar, pois eu estava insegura em andar no bondinho. Cheguei até a sentir um certo constrangimento, mas Lauren compreendeu completamente a minha hesitação.

A cada momento, Lauren se revelava mais perfeita do que jamais imaginei. Ela não tinha hesitação em demonstrar afeto em público, parecia até se orgulhar de passear de mãos dadas comigo. O que mais me tocava era o fato de que aos olhos dela, eu parecia uma deusa, e por sua causa, eu me sentia como tal. Lauren me ouvia com uma atenção e carinho genuínos, sempre ansiosa para ouvir minhas histórias. Era reconfortante ser ouvida e saber que alguém genuinamente queria me conhecer melhor, algo que não acontecia há muito tempo. Sempre pensei que falava demais, até que ela apareceu e mudou completamente minha percepção sobre isso.

— Eu aprendi a tocar instrumentos de percussão com meu avô; ele era como um pai para mim e me criou imersa no mundo do samba. Tanto ele quanto minha avó foram mestre-sala e porta-bandeira da Portela por um bom tempo. Todos nós da família já desfilamos, mas nos últimos anos não tínhamos uma escola específica. Para mim, é tão difícil escolher entre elas; cada uma tem algo especial que me encanta, mas o samba sempre tem meu coração! — compartilhei sinceramente, revivendo uma parte da minha vida que amava profundamente. — Minha avó costumava desfilar na ala das baianas recentemente, enquanto eu já fui passista, mas sempre preferi a bateria. Não há nada melhor do que isso! — afirmei com um grande sorriso. O samba era a minha fonte de felicidade indiscutível e a lembrança mais bonita do meu avô.

O samba foi a primeira expressão culturalmente forte que tive contato em minha vida. Meu avô costumava tocar com os amigos nos bares do morro, e eu cresci imersa nesse ambiente de música e dança. Era lindo ver meu avô tocando para minha avó Ana dançar; apenas observando, eu absorvia os passos que a velha senhora reproduzia. Meu avô tinha discos, instrumentos, e tudo isso fazia parte da nossa família. Aprendi a cantar samba antes mesmo de aprender a ler; seu José não deixava um dia passar sem entoar uma música pela casa. "Quem canta seus males espanta, filha!", era o que ele sempre me dizia.

Talvez seja por isso que eu canto tanto, canto de tudo, canto músicas de amor, músicas de dor e, principalmente, samba. Quem não gosta de samba bom sujeito não é, pois ainda não nasceu o gênero musical melhor que esse. O samba tem o poder de nos animar até nos momentos mais tristes, e algumas músicas chegam a ser um bálsamo para nossas almas aflitas. Sempre fiz questão de ouvir samba, e fazer com que meus filhos gostassem disso. Era uma forma minha também de não esquecer do meu avô, de mantê-lo vivo em minha memória, cultivando as coisas que ele gostava de fazer.

Onde Estará O Meu AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora