The Morningstar ~ Hogwarts/ Draco Malfoy.

Chapter. 56

               filha da mentira.

O jogo se encerrou.

E a Corvinal ganhou.
Eu ganhei.

Nos últimos 4 minutos do jogo eu e Draco estávamos acima de todas as arquibancadas procurando pelo maldito pomo de ouro.

Logo o vi perto de um dos arcos mais altos do campo, e eu logo fui na direção dele, mas, Malfoy era mais rápido e chegou mais perto antes.

Em um movimento rápido, eu consegui contornar ele e fazer o loiro ficar confuso de onde o pomo de ouro realmente estava.

Rapidamente eu subi mais no ar e consegui pegar o pomo de ouro somente com uma mão.

Desci para o térreo e logo anunciaram a vitória para a Corvinal. O time logo desceu e me levantaram do chão em forma de comemoração.

Eles me chamaram para tomar uma cerveja amanteigada de tarde com eles, mas, acho que isso já seria demais então neguei.

Pansy me parabenizou com pulinhos animados e frases de afirmação, como "Você conseguiu! Eu sempre soube que conseguiria. Bom, depois do primeiros 10 minutos porque antes eu achava que o pomo iria atingir sua cabeça e você iria cair."
Ela é sempre muito sincera como podemos ver.

Os meninos não falaram nada, eles nem olharam na minha cara desde o jogo. Simplesmente saíram andando com a cara da derrota.

E eu entendia que eles não queriam falar comigo, e tinha um segundo motivo nisso: Eu sou uma péssima vencedora.

Eu gosto do gosto da vingança de esfregar na cara deles que eu ganhei. E eu iria deixa isso bem claro o dia inteiro.

Agora estavam sentados na comunal e eu estava descendo as escadas, e já era possível vê-los daqui.

Estavam todos lendo livros aleatórios, e Pansy estava pintando as unhas do modo tradicional, com esmalte de verdade.

Cheguei mais perto e fiquei atrás do Mattheo, coloquei as mãos no ombro dele e respirei fundo atraindo olhares pra mim.

— Eu não queria atrapalhar o momento derrota de vocês, mas, só porque perderam pra mim porque duvidaram da minha capacidade de ser melhor que vocês, não é motivo para ficarem me ignorando.

— Ninguém está te ignorando, Ella. — Blaise diz.

— Qual é? Eu ganhei e vocês nem me parabenizaram.

— Não se faz de vítima, Ella. Você ganhou jogando no time adversário, você é uma traidora. — Meu irmão diz.

— Porque quando eu quis jogar com vocês, vocês duvidaram da minha capacidade só por eu ser uma mulher.

— E então você foi lá e nos apunhalou pelas costas jogando no time adversário. — Draco diz.

— Vão me tratar assim agora? — Eu digo e eles não respondem. — Então vão se foder. Todos vocês! Vocês são tão egocêntricos que agem da maneira errada e não conseguem admitir então me colocam como a culpada da situação.

— Como é que é? Você é a culpada Morningstar! Você nos apunhalou pelas costas só porque não aceitamos você no time. Você nunca tinha demonstrado interesse em quadribol, como iríamos adivinhar que você é boa? — Theo diz.

— Se vocês pararem de prestar
somente atenção em si mesmos perceberiam que eu falo de quadribol quase sempre! Mas, seus perdedores, fiquem aí com essas suas caras de derrota enquanto eu vou andar pela escola recebendo elogios por ser uma das melhores jogadoras de quadribol desse ano. Enquanto vocês vão receber somente caras feias de todos os sonserinos que apostaram em vocês. — Digo e me viro para sair da comunal.

— PELO MENOS NÃO TRAÍMOS A NOSSA CASA! — Draco diz e eu somente levanto meu dedo do meio para direcionar a eles.

Saio da comunal e começo a caminhas pelos corredores de Hogwarts até chegar ao jardim.

Chego perto do lago negro e posso ver Harry Potter de frente ao lago, de costas pra mim.
Eu começo a voltar pra trás lentamente sem ele perceber minha presença mas é tarde demais.

— Sabe, Morningstar. Eu percebi que seu instinto de traição é com todo mundo que fica do seu lado em algum momento da sua vida.

— Como? — Pergunto incrédula, ele não sabia de porra nenhuma para vir opinar.

— É. — Ele diz se virando pra mim e vindo lentamente na minha direção. — Seus amigos Sonserinos estiveram com você desde que chegou aqui; e você entrou pro time da Corvinal. Eu te ajudei quando você precisou de mim, e você matou meu padrinho.

— Eu não matei seu padrinho, Potter! Eu não sei sobre o que você está falando.

— Não se faça de uma sonsa burra. Você é somente sonsa. — Ele diz e não consigo conter meus olhos revirando.

Eu queria ser má com Harry, mas não conseguia.
Ele estava certo por parte, mas não era dessa forma que ele dizia.

— Algumas pessoas não tem escolhas na vida. — Digo com sinceridade.

— Ah, então o capitão do time da Corvinal colocou uma faca no seu pescoço e te obrigou a entrar no time?

— Não seja idiota, não estou falando disso.

— Ah, então é sobre você ter matado meu padrinho?

— Eu não matei seu padrinho! — Digo.

— Mas você estava lá! — Potter grita.

— Eu não sabia que aquilo iria acontecer, Potter. Eu não tive nada a ver. Eu não tive escolha.

— Claro que teve. Você poderia ter falado com Dumbledore, ele ajuda sempre aqueles que procuram ajuda.

— Ele é apenas um mentiroso! Ele não poderia me ajudar! Isso envolve questões muito maiores do que você imagina, Harry.

— Não me chame de Harry.

— Ok, Potter. Não se meta onde não é chamado, eu só vou avisar uma vez. Muito obrigada por tudo que você fez por mim, mas, você não pode mudar o passado.

— Mas você poderia ter mudado ele. Você a deixou matar Sirius. Sirius gostava de você! Sua mãe e ele eram amigos.

— Eu não dou a mínima para minha mãe e os amigos dela! Eu sinto muito pelo o que aconteceu com Sirius, Potter. Mas eu não tive nada com isso.

— Não minta. Mentira não combina com você.

— Combina sim. Eu sou filha do criador dela.

Digo e saio, deixando Harry Potter ali.
Eu sabia que eu poderia ter mudado o destino de Sirius.
Mas eu não tive como impedir ali.
Era somente eu e outros comensais muito mais experientes.
E sendo sincera, aquele grupo do Potter não poderia me ajudar nem no pior momento.
Como eles ajudariam a filha do Lúcifer?

Com um pozinho de bondade?