Para o Prazer do Bilionário

01

— O seu jato particular está abastecido e pronto para partir às cinco da manhã. O piloto estará esperando por você e, assim que pousarmos em Viena, terei um carro esperando por nós. Faremos o check-in no nosso hotel, dormiremos um pouco e depois nos prepararemos para nosso encontro com Pascal Breunig naquela noite — disse Tristan.

— Você reservou uma suíte na cobertura? — perguntei.

— Eu reservei.

— E o carro tem vidros escuros?

— Tem.

— E você estará dirigindo. Não é outra pessoa?

— Eu nunca o colocaria com alguém que você mesmo não inspecionou. Não desde o incidente.

— Ótimo. É a única pessoa em quem confio remotamente no momento. E até resolvermos essa questão com o Sr. Breunig, você é o único em quem confio. Estaremos lá esta semana, correto?

— Sim senhor. Uma semana em Viena, bebendo e jantando com o Sr. Breunig até que ele não possa fazer nada além de dizer sim. No entanto, há uma última preparação que precisamos discutir.

Balancei a cabeça enquanto girava a cadeira e olhava pela janela do meu escritório.

— Já falamos sobre isso — eu disse. — Não preciso de uma noiva falsa pendurada no meu braço durante esta viagem.

— Você me disse para preparar isso para que estivesse em posição de vencer, não importa o que acontecesse. Pascal Breunig vem da realeza. Essa é a idade do dinheiro dele. E já que estaremos no seu território, temos de respeitar as suas regras e tradições.

— E a tradição diz que preciso de uma noiva?

— A tradição diz que um homem com a sua riqueza e idade já deveria estar casado e ter um filho, mas estou me contentando com uma noiva.

— Não.

— Will, a perspetiva de Pascal em relação à estabilidade e segurança é fundamental. Ele não confia num homem que não tem uma mulher ao seu lado.

— Explique-me novamente por que isso acontece? Sem usar a palavra tradição.

— De onde Pascal vem, se uma mulher aprova um homem, qualquer outra pessoa pode. No seu mundo, as mulheres são as mais fortes defensoras dos homens que existem. Pascal não confiará nem fará negócios com um homem sem pelo menos uma noiva porque, aos seus olhos, se um homem não consegue fazer com que uma mulher confie nele, um homem não é capaz de fazer mais nada. Além disso, fiz algumas pesquisas sobre os seus outros parceiros.

— Deixe-me adivinhar. Eles são homens de família.

— Todos eles. Cada um com a sua própria esposa, filhos e, às vezes, uma amante ao lado.

— É bom saber que eles têm um código moral — eu disse categoricamente.

— Você tem de desempenhar o seu papel se quiser garantir isso para a nossa empresa — disse Tristan. — Pelo menos até que o acordo seja assinado. A noiva falsa dará a perspetiva de que você está estável o suficiente para assumir isso, e então poderemos arranjar algum tipo de discussão. Uma dissolução do noivado. Permanecerá sozinho, Pascal terá uma ideia de como está solteiro, sem família, e tudo ficará resolvido.