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Protegi os meus olhos do forte sol de Los Angeles enquanto respirava fundo

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Protegi os meus olhos do forte sol de Los Angeles enquanto respirava fundo. Eu havia esquecido os meus óculos escuros no carro e não estava correndo pelo enorme estacionamento ensolarado para buscá-los. Tudo o que tive de fazer foi pegar alguns alimentos básicos no supermercado antes de voltar para o hotel que arrumei para minha mãe e eu. E tive de me apressar. Deixar a minha mãe sozinha num lugar estranho significaria problemas se eu não conseguisse voltar para ela o mais rápido possível.

Peguei uma cesta e andei pelos corredores, enchendo-a com todas as coisas que precisávamos. O quarto que reservei para nós era mais agradável, mas eu poderia pagar com o dinheiro que ganhei do meu último trabalho. Era assim que estava me referindo agora. O meu último trabalho. Dizer o nome dele — ou mesmo pensar nele — fez o meu coração doer. Tinha um micro-ondas e um frigorífico, então, a menos que eu pedisse comida para viagem, comeríamos muitos sanduíches e refeições preparadas no micro-ondas.

Então, fiz questão de estocar frutas frescas.

Joguei um saquinho de maçãs e um pouco de melancia fatiada na cesta. Peguei um pouco de carne e queijo para o almoço, além de mais mostarda picante. Peguei macarrão numa tigela para colocar no micro-ondas e alguns jantares pré-cozidos. Quando estava prestes a pegar um carrinho para continuar com as compras, o meu telefone tocou.

Eu me encolhi enquanto corria para pegar um carrinho. Estava perdendo tempo tendo de mudar tudo. E esse telefonema certamente me atrasaria por mais tempo. Poucas pessoas tinham o meu novo número, então eu sabia que não era uma boa notícia, fosse quem fosse. Joguei tudo no carrinho e corri pelo corredor de bebidas, puxando o meu telefone do bolso para ver quem era.

Suspirei quando vi o número de telefone marcado como "Privado".

— Está falando com a Kelly, como posso ajudar? — eu disse enquanto atendia.

— Belo sotaque sulista — disse Jolene.

— Bem, obrigada. Estou trabalhando nele.

— Como Los Angeles está lhe tratando?

— Estou me adaptando. O que você quer?

— Isso é jeito de falar com alguém que tem um trabalho para você?

— Eu disse que não estava procurando mais trabalho.

— É dos bons, e você é a única garota que conheço que consegue fazê-lo.

— Este trabalho requer atividades de bónus? — perguntei.

— Eles sempre vêm com esse risco.

— Não estou interessada.

— Nem mesmo por setenta mil dólares?

— Jolene, eu já te disse...

— Essas suas economias vão acabar mais cedo do que você pensa. A Califórnia é cara, e passar o tempo num hotel, comprar todos aqueles alimentos orgânicos caros e locomover-se de táxi vai drenar dinheiro mais rápido do que consegue piscar. Só faz sentido ganhar algum dinheiro enquanto pode.

Para o Prazer do BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora