Trabalhar. Isso é tudo que eu faço.
Depois que o meu melhor amigo me passou a perna, isso é tudo que posso fazer. Estou tentando fechar um contrato enorme. Um que colocará a minha empresa à frente das demais.
Mas, claro, ele é um tradicionalista.
O...
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— Sr. Breunig! Você realmente é um homem louco. Esse seu senso de humor é demais — eu disse com um sorriso.
— Um homem nunca consegue fazer uma mulher rir muito. Se não há lágrimas nos seus olhos pela alegria que trago, então de que adianta fazer uma mulher sorrir? — ele perguntou.
— O seu rosto realmente se ilumina com o seu sorriso. É o meu atributo favorito nela — disse William.
Olhei para ele antes de me inclinar perto do seu corpo. Eu estava gostando do nosso "encontro". Estava gostando de fingir ser sua noiva. Especialmente quando ele ficou inquieto com o quão perto dele eu estava. Para um bilionário, ele corou ingenuamente. E gostei muito. Ele agia como se não namorasse muito, pois ainda era bastante reservado nas suas ações. Fiz uma nota mental para pesquisar um pouco sobre o meu cliente assim que nos separássemos naquela noite. Sempre recebia um breve resumo de Jolene e os seus arquivos, mas a maioria dos homens não eram interessantes o suficiente para pesquisar mais a fundo. Normalmente as informações nos seus arquivos eram suficientes.
Mas William? Havia algo nele que era cativante. Algo que era inocente por trás daqueles olhos tortuosos. Ele era como um cachorrinho perdido e eu queria conhecê-lo melhor.
Mesmo que eu só conseguisse essa informação na internet.
— Senhorita Victoria, você trabalha?
William engasgou praticamente com o vinho quando os meus olhos caíram sobre a única outra mulher na mesa.
— William está lutando para engolir a sua bebida porque trabalho — eu disse. — E geralmente isso não é encontrado nos círculos pessoais que ele mantém. Administro o meu próprio negócio. Certamente não é na escala que o meu noivo tem, mas me susteve antes de conhecê-lo e me sustém agora.
— Linda e independente. Como você teve tanta sorte? — Pascal perguntou.
— Não se preocupe. Assim que começarmos a ter filhos, não tenho intenção de continuar a trabalhar. Eu disse a William que nunca desistiria do meu negócio até que começássemos a encher a nossa casa de crianças. Então? Seria hora de ser mãe.
— William, se você não tomar cuidado, posso estar apenas olhando para a minha segunda esposa — disse Pascal.
— Não deixe a sua esposa pegar você falando desse jeito. Ela pode te dar um chute por alguém mais rico — eu disse brincando.
— Eu te desafio a encontrar alguém mais rico que a antiga realeza.
— Isso é um desafio?
Pascal era um personagem, mas todas as pessoas na mesa eram típicas do dinheiro antigo. Intitulados. Elitistas. Sexistas das formas mais dissimuladas. Geralmente mais ignorantes do que deixam transparecer. Então tive de jogar com essa mentalidade. Tive de me retratar exatamente como o tipo de mulher que pessoas como eles gostariam de ver ao lado de William. Mesmo que nada disso fosse verdade. Recostei-me na cadeira enquanto Pascal continuava a rir da nossa brincadeira e senti William deslizar o braço em volta da minha cintura.
