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Rolei naquela manhã e senti a cama ao meu lado

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Rolei naquela manhã e senti a cama ao meu lado. Fria, vazia, distante, como o homem que William era. Olhei para o teto enquanto a minha boceta latejava entre as minhas pernas, uma forte lembrança da noite anterior. Fechei os olhos e gemi, tirando as cobertas do meu corpo e me levantando. Mas no segundo em que tentei andar, os meus joelhos dobraram debaixo de mim.

Cada parte do meu corpo gritava por ele. Cada movimento torto que fiz da cama até a casa de banho lembrava da beleza que havia vivenciado com ele. Enquanto eu ficava ali olhando no espelho enquanto escovava os dentes, apenas uma palavra passava pela minha mente.

Erro.

Fechei os olhos e lembrei-me de como implorei por ele. Cuspi a minha pasta de dente na pia e respirei fundo. Eu estava ficando muito envolvida na fantasia de tudo isso. Tive de manter a cabeça no jogo e lembrar que tinha um trabalho a fazer. William não era nada além de um cliente, e isso era tudo que ele seria. No final da semana, ele voltaria para sua cobertura e seu negócio ou onde quer que ele passasse o seu tempo, e eu voltaria a correr. Fingindo. Ao lado dos corpos de homens que me pagaram bem para sorrir e ficar bonita para os jantares.

E parecia que eu não era a única arrependida da nossa noite.

William me evitou o dia todo. Cada vez que eu virava uma esquina, se ele estivesse lá, ele movia-se. Até o peguei na biblioteca uma vez, e ele levantou e foi para outro local onde estava envolto em escuridão. Longe de mim. Como se eu fosse uma espécie de pária ou alguma entidade nojenta com a qual ele não ousasse ficar cara a cara.

Isso me deixou mal do estômago.

Quando ele era tão frio comigo, sentia-me suja. E eu não gostei dessa sensação. Claro, o que fiz não foi perfeito. Não era "próprio de uma dama" ou qualquer outra coisa que as pessoas quisessem dizer. Mas fiz tudo o que fiz com o melhor que pude. A minha mãe me ensinou isso. Não importa o que estivesse a fazer, tinha de ser bem-feito ou não valia a pena ser feito.

Eu odiava me sentir suja. Mas toda a vez que William se desculpava da minha presença, reforçava essa noção de que não passava de um brinquedo danificado.

Aventurei-me nos fundos e segui para os estábulos. Os cavalos me animariam; eles sempre fizeram. Pelo menos, quando eu era menina, eles sempre faziam isso. Atravessei os estábulos e acariciei todos os cavalos que apontavam a cabeça para mim até chegar a Atrevida, o lindo cavalo que cuidou tão bem de mim na trilha alguns dias atrás.

— Olá, doce menina — eu disse enquanto ela me acariciava.

Fechei os olhos e coloquei a minha testa contra o seu rosto e suspirei. Queria esquecer tudo o que estava acontecendo, mas os cavalos só serviam para me lembrar do que havia perdido. Minha mãe, com os cabelos soltos atrás dela enquanto galopava pelos campos. Meu pai, com o seu sorriso orgulhoso toda a vez que eu aprendia um truque novo ou galopava mais alguns metros num cavalo sem sela.

Para o Prazer do BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora