47

1K 117 12
                                    

Estendi a mão e enxuguei as suas lágrimas enquanto observava a quantidade de pessoas se virando e olhando na nossa direção

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Estendi a mão e enxuguei as suas lágrimas enquanto observava a quantidade de pessoas se virando e olhando na nossa direção. Eu não tinha certeza do que eles estavam olhando, mas dado o que acabei de descobrir sobre essa mulher forte e firme na minha frente, não queria correr nenhum risco. Limpei as últimas lágrimas com os nós dos dedos antes de pegar o guardanapo da sua mão, enxugando um pouco mais a sua pele.

Então, ela me seguiu enquanto eu me levantava e a levei até o elevador.

A viagem até a minha suíte foi silenciosa enquanto os nossos dedos se entrelaçavam. A história dela passou pela minha cabeça. Os nomes e rostos de Natalie e Gloria Maldonado foram estampados em todos os noticiários durante meses depois que o esquema de lavagem de dinheiro do seu pai foi revelado. Stanford Maldonado foi o principal gestor de fundos contratado na Costa Leste. E ele roubou dezenas de milhares de clientes, incluindo todo o Departamento de Polícia de Nova York. Essa foi a maior história que surgiu da queda de Stanford.

Ele convenceu a maior parte do departamento de polícia a investir as suas aposentadorias nele e, quando ele caiu, todos ficaram sem nada.

Quanto mais olhava para Natalie, mais via nela partes do pai dela. A sua altura. O seu olhar estoico. O seu nariz ligeiramente arrebitado. A abertura das portas do elevador me tirou do transe, mas não terminei de estudá-la. Eu não terminei de aprender sobre ela. Não terminei de fazer perguntas a ela. Puxei-a para dentro da suíte e ela me seguiu sem pensar. Eu podia ouvi-la ainda fungando com as lágrimas.

Sentei-me numa cadeira enorme no canto e puxei-a para meu colo, passei os meus braços em volta dela e a segurei perto. A sua cabeça aninhou-se na curva do meu pescoço enquanto as suas pernas se enrolavam no meu colo.

— Sinto muito por tudo que você passou — eu disse.

— Fiz o que tinha de fazer — disse ela.

— Não deve ter sido fácil tomar a decisão de ser acompanhante.

— Nem tudo foi sexo. Na maioria das vezes, não passava de uma acompanhante sofisticada. Geralmente era contratada por minha capacidade de falar vários idiomas ou conversar sobre coisas como música e artes. Raramente os homens aproveitavam os bónus.

— Mas tinha de realizá-los às vezes — eu disse.

— Sim. Tudo fazia parte do trabalho. Mas Jolene tentou me dar clientes que pelo menos não especificassem que queriam algum bónus.

Balancei a cabeça lentamente, absorvendo tudo o que ela estava me oferecendo.

— Posso te perguntar uma coisa? — perguntei.

— Claro que pode — disse ela.

— Como você se sentiu em relação à Viena?

Eu senti-a enrijecer no meu aperto antes que ela respirasse fundo.

Para o Prazer do BilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora