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↳˳⸙;; ❝ ＡＮＧＥＬ ᵕ̈ ೫˚∗:
Eu olhava pela janela do carro a neve caindo do céu e suspirei sabendo que eu ia sentir saudade daqui, eu amo o Alasca, esse é o meu lar.
Por motivos de trabalho do meu pai, a gente vai ter que se mudar para o Brasil, meu pai se tornou o novo dono da adidas a alguns meses atrás, e o país que mais tem parceria com a adidas é o Brasil, por isso a gente vai se mudar pra lá.
A adidas é a empresa fundada pela família bachi desde as gerações bem antigas da familia, e esse legado de cuidar da empresa agora é do meu pai.
- em que cidade especificamente do Brasil a gente vai morar? - meu irmão tom perguntou.
Meu pai e minha mãe já tinham dito que íamos morar no Rio de Janeiro, mas meu irmão não prestou atenção porque estava com fones no ouvido, ele costuma ser bem lerdinho mas eu gosto dele, ele é o meu gêmeo.
Somos bem parecidos fisicamente, mas a nossa personalidade é bem diferente, tom e bem extrovertido e ele adora fazer piadas.
Já eu sou mais introvertida, não sou muito de socializar com outras pessoas e prefiro ficar sozinha na maior parte do tempo, lendo meus livros de romance, e assistindo filmes tristes, não sou muito de ficar no celular, na verdade eu não tenho nenhuma rede social a não ser o WhatsApp, esse eu tenho que ter por causa que as vezes tenho que falar com minha família por mensagens.
- tá preparada irmã? - tom perguntou me olhando e eu fiz uma cara confusa.
- preparada pra que? - perguntei curiosa.
- pra virar um frango frito, porque a gente vai torrar lá no Brasil. - tom falou eu ri fraco.
- não exagera, lá não deve ser tão quente. - falei sem ter certeza disso.
- lá é muito quente sim irmã, só vamos poder sair a noite lá, vou me sentir um pássaro preso em uma gaiola. - tom falou bufando.
- talvez lá tenha dias que são nublados, aí você pode sair. - falei e ele me olhou.
- eu acho que não vou ter paciência pra esperar, mas o que nos albinos podemos fazer sobre isso né? - tom falou.
- chorar igual a angel chora vendo os filmes tristes dela. - minha mãe falou e eu dei uma risada.
- ei mãe! Não fala dos meus filmes em, eles são bem emocionantes ok? - falei e ela deu uma risada.
- eu tenho que te indicar filmes de verdade filha. - meu pai falou enquanto dirigia a caminho do aeroporto.
- não pai, não sinto vontade de assistir os seus filmes de terror. - falei e ele bufou derrotado.
- que pena, não sabe o que tá perdendo. - meu pai falou.
Estou perdendo a chance de ter pesadelos a noite, é isso que eu estou perdendo.
Ia ser algumas horas de viagem daqui do Alasca pro Brasil, então eu teria um grande tempo pra dormir, porque eu amo dormir.
