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  Depois de toda a confusão, a inauguração do bar foi um sucesso

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  Depois de toda a confusão, a inauguração do bar foi um sucesso. Tatto e eu limpamos toda a bagunça e fechamos tudo. Agora, este lugar é oficialmente o nosso ponto de encontro e também a minha casa, já que aproveitei para fazer um quartinho lá em cima. É muito melhor ficar aqui do que morar com a minha mãe. Ela vive insistindo para que eu assuma o controle das empresas e do restaurante, o que me deixa muito irritado. Por que ela não pede para o meu irmão assumir tudo? Ele que é o filho exemplar, não eu.

    Tatto se joga ao meu lado no sofá e me encara.

    — Cara, você está um lixo. Precisa tomar um banho logo, está fedendo demais.

    — Pra que ter inimigo se eu tenho você, né, Tatto? — dou um soco de leve no seu ombro e ele sorri.

    — Eu sou o melhor amigo que você pode ter. Por isso estou avisando que a situação está feia, irmão. Vá logo para o chuveiro, a Jade vai aparecer aí.

    Reviro os olhos e esfrego o meu rosto com as mãos.

    — O que a Jade vem fazer aqui a essa hora? Ela não tem casa? — pergunto, já sabendo que Tatto vai defendê-la como sempre faz.

    Desde que nos conhecemos, há um ano, Jade e Tatto andam juntos como se fossem irmãos. Os dois cresceram no mesmo orfanato e, quando finalmente saíram de lá, decidiram seguir a vida juntos. E hoje somos nós três contra o mundo. Ou talvez seja o mundo contra a gente.

    — Você sabe que se ela quiser morar aqui, ela vai. Ninguém impede a Jade quando ela quer alguma coisa. — Ele diz quando se levanta e começa a arrumar as mesas que ainda estão com as cadeiras em cima.

    — Ela que durma no chão, o quartinho lá em cima é meu.

    De repente a porta se abre, fazendo um baita barulho. Ela sabe como chamar a atenção.

    — O que estão falando de mim aí, seus caras de bunda? — Jade entra com uma mochilinha nas costas e Tatto logo a abraça.

    Jade é doidona. Tem um metro e cinquenta de altura, mas já vi ela derrubar um cara de quase dois metros. Ela acredita em fadas, signos e essas besteiras que eu particularmente acho uma bobagem. Mas, por mais que seja grossa, chata e insuportável, sei que lá no fundo (bem lá no fundo), ela é uma pessoa boa.

    — Dante disse que o quarto lá de cima é todinho seu. — Tatto mente na cara de pau e eu mostro o dedo do meio pra ele.  Filho da mãe. Ele sabe que compramos esse bar justamente porque ele é grande o suficiente para eu morar.

    Jade se esparrama no sofá e coloca sua mochila no colo.

    — Relaxa, eu não vou mudar pra cá. Gosto do meu cantinho. E o que você arrumou na cara, Dante?

    Ela olha para o meu rosto. Passo a mão levemente pelo machucado, que já parou de sangrar depois que Tatto colocou um curativo.

    Dou de ombros.

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