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    Dante não aparece há 31 dias

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    Dante não aparece há 31 dias.

    Não que eu esteja contando, mas durante todo esse tempo tenho estado angustiada por não saber onde ele está. Ele poderia ter me mandado uma mensagem, ou ligado.

    E se ele estiver morto?

    Não, eu não suportaria.

    Ele prometeu que não iria embora. Que ficaria ao meu lado, que resolveríamos tudo juntos. E agora ele simplesmente desaparece como se eu não fosse nada, sem ao menos me avisar.

    Mas ok, tudo bem. Eu vou me apresentar sozinha hoje no concurso. Sempre dei o meu melhor na dança, e não será agora que será diferente. Ensaiei muito todos esses dias.

    Dia e noite, noite e dia.

    Cada vez que pensava em Dante, eu simplesmente focava meus pensamentos na dança. É isso que vai me ajudar. Preciso vencer esse concurso e pagar Hunter logo. Pelo menos a metade, e assim vou me sentir mais aliviada. Sei que ele não estava de brincadeira quando me ameaçou aquele dia.

    Por falar naquele crápula, ele não me perturbou mais. Nem mesmo recebi mais borboletas, nem nada parecido. Esses dias foram mais calmos do que imaginei que seriam e isso, ao mesmo tempo que me deixa aliviada, me traz um certo receio.

    Qualquer coisa pode acontecer a qualquer momento. E não sei se estarei preparada.

    — Ei, Pê! — grito quando Pedregulho sobe em cima da maleta de maquiagem que Carol me emprestou hoje mais cedo.

    O gatinho simplesmente pula em meu colo e começa a lamber a patinha, tranquilamente.

    Sim, já faz uma semana que estou com ele. Por isso tem pelos espalhados por todo meu quarto e alguns arranhões pela cortina.

    Mas pelo menos tenho ele como companhia.

    Quando fui ao bar procurar Dante e saber notícias dele, vi Jade saindo com Pedregulho nas mãos. Ela estava com pressa, e quando me viu quase saiu correndo, mas a confrontei. Perguntei se ela sabia alguma notícia de Dante, mas ela simplesmente balançou a cabeça e disse que também estava aflita e não sabia de nada. Foi nesse momento que Pedregulho saiu das mãos dela e pulou para mim. Jade tentou pegá-lo de volta, mas não conseguiu. O gatinho enfiou suas unhas afiadas em minha blusa, se prendendo a mim para que ela não o pegasse.

    Foi então que depois de alguns bons minutos, ela simplesmente desistiu e perguntou se eu queria ficar com ele. E é lógico que eu disse sim.

    Me concentro no espelho em minha frente e tento passar o rímel em meus cílios. Pedregulho derruba um dos batons no chão e começa a brincar, empurrando com as patinhas o objeto por todo quarto.

    Ele não se cansa nunca. Sempre fica correndo pra tudo que é lado, pela casa toda. Austin amou que eu trouxe o gatinho pra cá, e claro, antes eu perguntei pra Carol se o Pê podia ficar aqui.

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