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Uma coisa que com certeza Sabrina Bailey não tem é sorte. Sua vida está de cabeça para baixo e tudo piora quando ela acidentalmente joga uma rolha de garrafa em sua chefe e, consequentemente, é demitida. Para agravar sua situação, ela quas...
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Os talheres são deixados sobre a mesa, rostos se viram para mim e metade das pessoas no restaurante olham em minha direção com expectativa estampada em suas faces.
Agora sou o centro das atenções. Não só eu, mas principalmente a mulher à minha frente. A mulher que resolveu me odiar só por causa de uma maldita rolha de garrafa. Ou talvez não seja só por isso. Seus olhos alternam entre mim e Dante, como se o que estivesse diante de seus olhos fosse seu pior pesadelo.
Dante se levanta. A cadeira à minha frente quase cai, mas James a segura a tempo.
— Tenho certeza de que não precisamos... — a boca de James se fecha assim que seu irmão fica de frente para Alessandra.
Ao encarar sua mãe, os olhos de Dante parecem querer saltar para fora.
— Mãe, tenho certeza de que você não vai falar mais nem um A para insultar a minha namorada, vai? — a pergunta de Dante faz Alessandra engolir em seco e levar as mãos próximo ao peito.
Que mulher mais baixa. Age como se ela fosse a única que pudesse ficar ofendida aqui. Só porque tem dinheiro, que tem "poder", pensa que pode fazer tudo que quer, com quem quiser. Só que para o azar dela, as coisas não funcionam assim.
— Namorada? Ela?
O queixo da mulher quase cai, e tenho certeza de que vejo uma lágrima brotar em seus olhos quando eles recaem sobre mim. Ela fica tão espantada que mal percebe quando James se aproxima dela e segura sua mão.
— Mãe, pare com isso, você está afastando os clientes! — ele tenta controlá-la, mas em um gesto com a mão, ela o afasta, fazendo-o dar um passo para trás.
Os olhos dela ainda continuam em mim, e por um momento tenho quase certeza de que ela vai repetir o mesmo que fez comigo na festa de Emma.
Mas nem morta que vou deixar ela fazer aquilo de novo.
Antes mesmo de que ela possa pegar o copo de suco sobre a mesa, levanto da cadeira e me ponho à frente dela. A impressão que tenho é que estou prestes a exalar fumaça pelas narinas de tanta raiva. Estou com tanto, mas tanto ódio dessa bruaca, que se não fosse pelo Jay, eu trataria de deixar a cara dela roxa que nem uma berinjela.
— Se eu fosse você, Alessandra, ficaria bem longe de mim, ou...
— Ou o quê? — ela solta uma gargalhada forçada e aponta o dedo diretamente para meu rosto. — Você por acaso está me ameaçando, sua...
Ela levanta a mão, mas Dante imediatamente se coloca em minha frente e segura os braços da mãe. A maioria dos clientes se levanta, e com murmúrios vão a caminho da saída. Os demais que ficaram, se ajeitam no sofá, outros já estão com os celulares apontados para nós.
E é claro que uma hora ou outra eles fariam isso. Afinal, não é uma qualquer que está ameaçando me bater. A mãe de Dante é uma das pessoas mais ricas e influentes da cidade e todos estão esperando o momento em que a dondoca vai descer do salto e se mostrar uma completa sem educação.
