— Dante... — ouço Sabrina sussurrar ao meu lado e abro os olhos, assustado.
— O que foi? Aconteceu alguma coisa? Está sentindo alguma dor? — pergunto, já erguendo meu corpo e despertando do sono.
Ela se ajeita, puxando o lençol.
— Não. Estou bem. Só não consigo dormir. Só consigo pensar na borboleta, no meu irmão, em Hunter...
Uma raiva se apodera de mim só de pensar em Hunter, só de ouvir o nome dele.
Tento me controlar.
— Quer conversar?
— Acho uma boa ideia. — ela diz.
Fico uns segundos pensando em como fazer ela se distrair.
— Bom, vamos brincar de perguntas e respostas. Eu faço uma pergunta aleatória, você responde. Depois você faz o mesmo comigo, até você pegar no sono, ok? — sugiro e estendo meu braço para ligar o abajur na mesa de cabeceira.
Os lábios dela se curvam em um sorriso singelo, então entendo como um sim.
— Você começa. — Sabrina olha para mim.
— Ok... — coloco minha mão no queixo. — Filme preferido?
— Essa é fácil. Crepúsculo, óbvio.
— Nunca assisti. — admito e ela logo arregala os olhos.
— Como assim você nunca assistiu?! Isso está errado, cara. Você tem que assistir! — Sabrina grita.
Solto uma gargalhada.
— Sempre gostei mais de filmes de ação, algo mais James Bond.
— Nunca assisti esse aí não.
Agora é minha vez de arregalar os olhos.
Como alguém nunca assistiu 007?
— Então temos que marcar urgente uma sessão de cinema aqui em casa. — ela beija minha boca assim que dou a ideia.
Continuamos com as perguntas, falamos sobre nossos sonhos e descobri que o maior sonho de Sabrina é conhecer o oceano. Ela contou com tanto entusiasmo que acabou pegando no sono enquanto falava o quanto queria velejar pelo mar, dessa vez dormindo abraçada a mim sem nenhuma preocupação.
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Borboletas de papel
Romance(+16) Uma coisa que com certeza Sabrina Bailey não tem é sorte. Sua vida está de cabeça para baixo e tudo piora quando ela acidentalmente joga uma rolha de garrafa em sua chefe e, consequentemente, é demitida. Para agravar sua situação, ela quas...