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Uma coisa que com certeza Sabrina Bailey não tem é sorte. Sua vida está de cabeça para baixo e tudo piora quando ela acidentalmente joga uma rolha de garrafa em sua chefe e, consequentemente, é demitida. Para agravar sua situação, ela quas...
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Sabrina está pálida diante de mim, como se tivesse visto um fantasma. Coloco a mão em seu rosto, chamando sua atenção para mim.
— Está bem? — pergunto, e ela logo balança a cabeça.
— E-estou, claro. Só... — ela engole em seco e olha para algo atrás de mim. Não preciso me virar para saber o que está chamando a atenção de Sabrina.
— É o Hunter, né? — olho para Jade, que balança a cabeça. — Conhece ele, Sabrina?
Ela não responde, deixando-me ainda mais curioso para saber a resposta.
— Pela cara dela, conhece além do que deveria. Tome cuidado com suas novas amizades, Dante. Ninguém merece ter uma pessoa que gosta do Hunter por perto. — Jade se afasta de nós, deixando um clima estranho no ar.
Sabrina acompanha ela com o olhar, e percebo que ela não gostou tanto assim de Jade. E não tiro sua razão. Jade é difícil demais de lidar. Ou as pessoas gostam demais ou odeiam demais. É sempre 8 ou 80.
Seguro a mão de Sabrina, e me assusto quando sinto que estão tão trêmulas. Ela está suando frio.
— Me responda, o que foi? Você está estranha... — pergunto novamente, e dessa vez ela olha bem no fundo dos meus olhos.
— Aquele cara ali. Foi ele...
— Ele o quê? O que o Hunter fez com você?
Ela demora a responder, e meu coração se aperta quando vejo seus olhos se encherem de água.
Se ele tiver feito algo com ela...
Se ele tiver encostado um dedo sequer em Sabrina, eu o mato. E dessa vez não vou errar, nem atirar na pessoa errada, vou fazer questão de arrancar os olhos dele exatamente como ele faz com os outros.
Ver ele ali, sorrindo como se nada tivesse acontecido, me dá náuseas. Tatto agora está no hospital por causa dele, por ele ter mandado um de seus comparsas causar aquele acidente. A sorte é que mesmo que eu tenha atirado na pessoa errada, matei a pessoa que ajudou a colocar meu melhor amigo na cama daquele hospital.
E não me arrependo nem um pouco disso.
— Responda, Sabrina! O que aquele filho da puta fez com você?! — fecho meus punhos com força.
Ela balança a cabeça e abaixa o olhar.
— Meu pai deve dinheiro para ele. Ontem ele o ameaçou, disse que mataria a mim e toda minha família se meu pai não pagasse. Então, eu...
— Então, o quê? — ranjo os dentes.
Levanto meu queixo, e sinto minha garganta ficar seca. Juro que estou com uma vontade imensa de quebrar a cara de Hunter. De mostrar para ele que em Sabrina ninguém mete a mão, que ele não pode simplesmente colocar medo nela e achar que pode sair impune. Ele mexeu com a pessoa errada. E vai se arrepender amargamente por isso.
