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Uma coisa que com certeza Sabrina Bailey não tem é sorte. Sua vida está de cabeça para baixo e tudo piora quando ela acidentalmente joga uma rolha de garrafa em sua chefe e, consequentemente, é demitida. Para agravar sua situação, ela quas...
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Olho meu reflexo no espelho e me sinto diferente da Sabrina de minutos atrás. Não é a roupa azul apertada em meu corpo, nem a maquiagem repleta de glitter que Charlotte fez em mim. Não, a mudança em mim é interior. Estou bem mais tranquila e as expressões em meu rosto estão relaxadas depois que vi Dante.
Depois que soube que ele estava bem.
E vivo.
A questão é que uma parte de mim, por mais pequena que seja, ainda sente que estou me precipitando com tudo que está acontecendo entre nós. Ele é totalmente diferente de mim. Tem a sua vida, uma vida que eu nunca entenderia mesmo se eu quisesse. Já eu vivo no mundo da lua sonhando com o dia em que tudo que sonhei vai enfim se realizar. Quero mudar minha vida, quero viver, aprender, quero me sentir bem comigo mesma e saber que estou no caminho certo.
Com Dante isso talvez nunca aconteceria.
E isso me machuca, porque meu coração sabe que vai doer quando isso acabar.
Passo a mão em minha nuca, sentindo falta dos meus cabelos soltos como sempre deixo. Prendi todos os fios em um coque alto para que não me atrapalhe na hora da minha apresentação.
Meus olhos vão até o embrulho dourado em cima da mesa de cabeceira. Ainda não sei o que é e a curiosidade está me matando. Simplesmente Dante deixou isso em minhas mãos, nem disse o que era e o porquê do presente.
Chego perto e estico meu braço para pegar, sentindo o tecido macio passar por minha pele enquanto observo com mais atenção. Desfaço o nó feito com um laço preto e coloco minha mão por dentro.
As minhas mãos passam pela joia, e me apaixono assim que olho para o pingente de uma pequena bailarina feita de pedrinhas brilhantes. Parecem até diamantes, mas me nego a pensar que Dante gastaria tanto dinheiro assim comigo.
Ou gastaria?
Bom, sendo diamantes ou não, é o colar mais lindo que já vi na vida.
— Ei, já estamos indo... — Luke bate de leve na porta, me fazendo encará-lo.
Dou um sorriso sutil.
— Oi, já vou descer, só estou terminando de me arrumar. — me olho no espelho e tento fechar o colar, mas não consigo encaixar as duas pontas de metal uma na outra.
Luke percebe minha frustração quando solto um longo suspiro. Ele sorri e se aproxima de mim.
— Posso? — ele me olha pelo espelho.
Meneio a cabeça e lhe dou o colar.
Ele põe a joia sobre meu pescoço. Sinto o toque de suas mãos em minha pele e tento manter a tranquilidade, mesmo sendo estranho tê-lo assim tão perto.
