15.

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    O corte no braço de Hunter não é profundo, mas o sangue em sua pele é visível

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    O corte no braço de Hunter não é profundo, mas o sangue em sua pele é visível. Ele encara o machucado com a respiração ofegante, franze o nariz e fecha os olhos por alguns segundos antes de me olhar.

    — Sabe que se me matar aqui e agora, o próximo a morrer será você, né? — ele ri.

    Olho ao redor e todos estão nos observando quietos e sem expressar qualquer reação. Isso está estranho demais, calmo demais. Eles deveriam estar tentando proteger o chefe deles, mas nem sequer se mexem. Volto meu olhar para Hunter.

    — Matar você vai ser meu maior privilégio, não me importo com o que vier depois.

    A gargalhada que Hunter solta me assusta. Ele está olhando para algo além de mim e quando me viro, sou surpreendido com uma arma apontada bem para minha cabeça. Um homem grande me olha sério e segura a arma como se fosse um brinquedo.

    — Solta esse canivete agora, Dante. Ou a sua cabeça vai virar farelo. — Hunter manda, mas nem sequer dá tempo de eu fazer qualquer movimento, já que outro homem surge e me pega pelo braço.

    — Me solta, caralho! — grito, mas é em vão. Outros homens se juntam para me segurar e eu começo a me debater, chutando tudo e todos em minha volta. O canivete cai da minha mão, e de repente estou desarmado e sem qualquer chance de fugir.

    Hunter continua dando risada, como se tudo fosse uma diversão para ele. Ele coloca a mão no corte em seu braço e se vira para mim com o mesmo olhar de deboche.

    — Você ter vindo aqui tentar me matar apenas com um canivete é muito corajoso. Admiro isso em você, Dante. A sua coragem é mesmo invejável.

    — Você é um filho da puta, Hunter. Mandem me soltar e vamos acabar com isso só eu e você.

    — Eu prefiro assim. De te ver morrer, de poder ver o seu sofrimento. De que você saiba que sou eu que mando nesse caralho e não você. E que se eu quiser que te matem agora, eles vão matar. E ninguém da sua 'ganguezinha' vai poder te salvar, ouviu?

    O fuzilo com o olhar, desejando com todas as forças que ele engula todas as palavras que está falando. Mas ele tem razão, estou sozinho aqui no meio desse covil de cobras, que com certeza vão arrancar minha cabeça depois de me matar. Não pensei, fui burro e agora não dá pra voltar atrás.

    Irei morrer nas mãos da pessoa que mais odeio no mundo.

    — Quem disse que não vamos salvar o nosso Dante? — Meu corpo simplesmente paralisa quando escuto a voz de Jade.

    Olho para trás e vejo ela, Tatto e o resto da gangue. Todos armados até os dentes e prontos para me ajudar a sair dessa enrascada que me enfiei. Dou um sorriso de orelha a orelha, agradecendo aos céus por eles terem vindo.

    A expressão de Hunter muda e ele faz um sinal com os olhos para o homem que está me segurando. Então ele me segura mais forte e entrega a arma para o outro ao lado dele.

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