A primeira coisa que percebo quando entro é: que lugar incrível. Sei que bar não é bem o lugar que gosto de frequentar, mas esse lugar é muito bem feito. O chão é todo de madeira, as cadeiras também. No lado esquerdo do salão, tem uma mesa de sinuca enorme e do outro lado um daqueles touros motorizados. É uma mistura de bar country com algo mais moderno.
Deixo minha mochila no balcão e me sento no sofá de couro ao lado. Passo a mão pelo meu joelho, que dói bastante, apesar de não ter quebrado nada. Olho para o cara que me trouxe e que agora está atrás do balcão, mexendo em algo que não consigo identificar daqui. É estranho estar aqui em um ambiente dele e ainda não saber seu nome. E além de ser estranho é algo muito irresponsável da minha parte. Então, me levanto devagar e quando iria até ele, algo peludo passa por minha perna, me fazendo olhar para baixo no mesmo instante.
É um gato imenso acinzentado com os olhos pretos e grandes. A coisa mais fofa que já vi. Sem pensar duas vezes, me esforço para abaixar e o pego no colo.
— Olá, amiguinho, qual é seu nome? — pergunto fazendo voz de criança.
— Miau!
Fico tão entretida com o gatinho fofo que nem percebo quando o seu dono aparece em minha frente.
— Vejo que já conheceu o Pedregulho.
Olho para ele e solto uma gargalhada. Quem coloca esse nome em um gatinho?
— Ele me recebeu muito bem.
O gatinho começa a lamber minhas mãos e depois pula do meu colo indo em direção ao sofá.
— Então, aqui é onde eu fico. Não é lá essas coisas, mas tá de bom tamanho pra... — ele diz, mas ignoro totalmente e o interrompo.
— Antes de mais nada, preciso saber o seu nome. Já fui atropelada por você, carregada por você, conheci seu gato e ainda não sei como você se chama. — lembro com as mãos na cintura e ele cai na gargalhada.
— Meu nome é Dante. E ele não é o meu gato, só tá ficando aqui por um tempo por causa da minha amiga.— explica enquanto vai para atrás do balcão novamente. — Você quer tomar banho? Comer?
Olho para meu estado. Estou um trapo. Meus cabelos estão molhados, minha roupa suja e pra variar estou fedendo a suor. Então sim, claramente preciso de um banho.
— Bom, acho que sim. Preciso mesmo de um banho. — respondo e coço a nuca.
Estou incomodada com essa situação. Mal conheço esse cara e estou aqui, na casa/bar dele depois dele ter me atropelado (ou quase me atropelado). Além do mais não confio muito nele. Por mais que seja bonito, seu jeito irônico e chato me faz ter um pé atrás.
— Sem problemas. Enquanto você toma banho, faço algo pra gente comer. Venha comigo, o banheiro é lá em cima. — ele começa a subir as escadas e quando para no topo, olha para baixo.
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Borboletas de papel
Romance(+16) Uma coisa que com certeza Sabrina Bailey não tem é sorte. Sua vida está de cabeça para baixo e tudo piora quando ela acidentalmente joga uma rolha de garrafa em sua chefe e, consequentemente, é demitida. Para agravar sua situação, ela quas...