10.

416 65 4
                                    

    A primeira coisa que percebo quando entro é: que lugar incrível

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

    A primeira coisa que percebo quando entro é: que lugar incrível. Sei que bar não é bem o lugar que gosto de frequentar, mas esse lugar é muito bem feito. O chão é todo de madeira, as cadeiras também. No lado esquerdo do salão, tem uma mesa de sinuca enorme e do outro lado um daqueles touros motorizados. É uma mistura de bar country com algo mais moderno.

    Deixo minha mochila no balcão e me sento no sofá de couro ao lado. Passo a mão pelo meu joelho, que dói bastante, apesar de não ter quebrado nada. Olho para o cara que me trouxe e que agora está atrás do balcão, mexendo em algo que não consigo identificar daqui. É estranho estar aqui em um ambiente dele e ainda não saber seu nome. E além de ser estranho é algo muito irresponsável da minha parte. Então, me levanto devagar e quando iria até ele, algo peludo passa por minha perna, me fazendo olhar para baixo no mesmo instante.

    É um gato imenso acinzentado com os olhos pretos e grandes. A coisa mais fofa que já vi. Sem pensar duas vezes, me esforço para abaixar e o pego no colo.

    — Olá, amiguinho, qual é seu nome? — pergunto fazendo voz de criança.

    — Miau!

    Fico tão entretida com o gatinho fofo que nem percebo quando o seu dono aparece em minha frente.

    — Vejo que já conheceu o Pedregulho.

    Olho para ele e solto uma gargalhada. Quem coloca esse nome em um gatinho?

    — Ele me recebeu muito bem.

    O gatinho começa a lamber minhas mãos e depois pula do meu colo indo em direção ao sofá.

    — Então, aqui é onde eu fico. Não é lá essas coisas, mas tá de bom tamanho pra... — ele diz, mas ignoro totalmente e o interrompo.

    — Antes de mais nada, preciso saber o seu nome. Já fui atropelada por você, carregada por você, conheci seu gato e ainda não sei como você se chama. — lembro com as mãos na cintura e ele cai na gargalhada.

    — Meu nome é Dante. E ele não é o meu gato, só tá ficando aqui por um tempo por causa da minha amiga.— explica enquanto vai para atrás do balcão novamente. — Você quer tomar banho? Comer?

    Olho para meu estado. Estou um trapo. Meus cabelos estão molhados, minha roupa suja e pra variar estou fedendo a suor. Então sim, claramente preciso de um banho.

    — Bom, acho que sim. Preciso mesmo de um banho. — respondo e coço a nuca.

    Estou incomodada com essa situação. Mal conheço esse cara e estou aqui, na casa/bar dele depois dele ter me atropelado (ou quase me atropelado). Além do mais não confio muito nele. Por mais que seja bonito, seu jeito irônico e chato me faz ter um pé atrás.

    — Sem problemas. Enquanto você toma banho, faço algo pra gente comer. Venha comigo, o banheiro é lá em cima. — ele começa a subir as escadas e quando para no topo, olha para baixo.

Borboletas de papelOnde histórias criam vida. Descubra agora